Anna narrando:
Erick me deixou no trabalho e foi direto pra sua casa, não cheguei tão atrasada como imaginei. Depois daquilo que aconteceu na cozinha, eu perdi totalmente a noção de tempo.
Entro pelos fundos da cafeteria e visto meu avental, vou para o balcão e vejo Isa conversando pelo celular. Ela nem nota minha presença.
- Ethan? - pergunto.
- Oi Anna.. O que perguntou? - ela guarda o celular no bolso do avental e se vira pra mim.
- Estava conversando com o Ethan? - arrumo alguns doces na prateleira.
- Sim... - ela sorri de lado.
Isso que ela tem com o Ethan ainda vai acabar em algo sério. Disso eu tenho certeza, e ela também merece uma pessoa boa em sua vida.
Chega uma cliente e eu vou até sua mesa atendê-la.
- Bom dia, posso ajudá-la? - pergunto já com o caderninho em mãos.
- Sim, eu quero um café expresso com alguns biscoitos.
- Claro, deseja algo mais?
- Agradeceria se pudesse trazer logo o meu pedido.
Saio sem falar nada e decido me apressar para preparar o café. Faço o café expresso com cuidado, coloco alguns biscoitos no pratinho e levo até sua mesa.
- Finalmente. - volto ao balcão e continuo atendendo outros clientes.
Na hora do almoço, eu e Isa pegamos algumas besteiras e ficamos em um banco perto da carreia, caso precisassem de nós.
Ela ficou toda empolgada para saber como tinha sido o jantar com Erick, contei "quase" tudo.
- E sobre o Sérgio, você disse?
- Não era o momento Isa, e também eu não ia estragar o clima com um assunto tão desagradável.
- Pode contar comigo pra tudo. Essa semana pelo menos você vai ter uma folga dele
- Como assim? - pergunto confusa.
- Ele viajou para resolver alguns problemas, e disse que só voltaria semana que vem.
- Poderia não voltar nunca mais.
(...)
No final do expediente, só sobraram eu e Dani para limparmos tudo. Isa teve que ir a um compromisso com sua mãe.
- Dani me desculpa, mas você se importaria de fechar aqui sozinha? Eu tenho que ir correndo pra faculdade. - tiro meu avental e guardo na bolsa.
- Não magina, eu sei como é difícil faculdade. Pode ir. - ela sorri pra mim.
- Obrigada, fico te devendo essa. - pego minha bolsa e saio da cafeteria.
Começo a andar rápido até o ponto de ônibus.
Paro para pegar o dinheiro da condução e quando olho pra trás vejo um cara meio suspeito vindo em minha direção. Fecho a bolsa e começo a andar mais rápido.Vejo o ponto de ônibus logo a frente, mas para o meu azar ele está completamente vazio, torço para que o ônibus chegue logo.
O homem está quase chegando perto quando vejo um ônibus parando, corro logo para dentro.
Entro e me sento no primeiro banco, olhando pela janela vejo o cara me encarando e depois dando meia volta pra ir embora. Agora eu não tenho nenhuma dúvida de que ele estava me seguindo.
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Amor por Acaso
RomansaAnna Bennett tem 21 anos e tem somente como família sua irmã Agatha e sua avó, Maria. Cria sua irmã sozinha desde que sofreu uma grande perda em sua vida. Além disso, ela precisa lidar com um assunto delicado relacionado ao seu chefe. Entretanto, su...