Capítulo 11

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Anna narrando:

- Eu vou ficar aqui esperando com você tá? - Erick fala enquanto me dá um beijo na bochecha.

A enfermeira Dantas me leve para um canto da sala e começa o procedimento de tirar e trocar o curativo das minhas costas.

(...)

Erick teve que ir pra sala dele resolver alguma coisa urgente mas prometeu que não demoraria, depois de ter trocado os curativos eu fiquei na sala sozinha com Pietra.

- E então, o Erick gosta bastante de você né? - ela me pergunta enquanto separa alguns medicamentos.

- Não sei...ele está sendo bem gentil comigo. - falo e ela me lança um sorriso forçado.

- Ele é assim mesmo bem gentil com todas, principalmente com as enfermeiras. - ela fala.

- Quer dizer principalmente com você? - eu olho pra ela sarcástica.

- Como você sabe? - ela pergunta fingindo demonstrar interesse.

- O tempo que eu fiquei aqui no hospital deu pra notar. - falo séria.

- É...não conseguimos disfarçar. Só não conta isso pra ele, ele não gosta de falar da nossa relação. - eu concordo e me preparo para levantar. Eu não sou obrigada a ficar ouvindo isso, ele não é nada meu mas eu não quero saber com quem ele sai ou não. - Onde você vai?

- Embora. - falo pegando minha muleta e indo em direção a porta.

- Mas o Erick falou que era pra você esperar ele.

- O Erick não manda em mim. Agradece ele por mim, se vocês não estiverem ocupados. - digo isso e saio. Caminho um pouco com dificuldade mas consigo chegar a calçada. Avisto um táxi e faço sinal para ele parar.

O motorista me ajuda a entrar no carro e logo dirige, eu falo meu endereço pra ele e vamos o caminho todo em silêncio.

Depois de uns minutos ele para em frente ao prédio, eu pego minha bolsa e pago ele. Saio do táxi e passo pela recepção, mas quando estava indo entrar no prédio ouço meu nome ser chamado.

- Nick? O que faz aqui? - eu pergunto me virando mas no movimento acabo torcendo o pé e Nick me segura para que não caia.

- Ei vai com calma.- ele me pega no colo e na hora eu me lembro de Erick - Vem eu te levo até seu andar.

- ele me pega no colo e na hora eu me lembro de Erick - Vem eu te levo até seu andar

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- Não precisa Nick. Pode me soltar eu só estou com uma perna quebrada, não aleijada.

- Não interessa, agora fica quieta. - ele fala enquanto entramos no elevador.

- O que veio fazer aqui? - eu pergunto.

- O que eu mais iria vir fazer aqui? Te visitar né. - ele fala sem me encarar.

- Não sei...esqueceu que a Fernanda mora aqui também? - Sim, isso mesmo que você leu. Além de fazer minha vida um inferno, aquela cobra ainda mora no mesmo prédio que eu.

- Não vejo a Fernanda desde o dia que...- ele para de falar e me encara. Sei muito bem o que ele iria dizer.

- Desde o dia que vi vocês dois no seu apartamento.

- Anna, eu sinto muito eu não...- ele tenta se desculpar mas eu não deixo.

- Nick não, aquilo já aconteceu e não tem volta. Acabou e ponto final. - o elevador abre e ele vai andando pelo corredor comigo no colo.

- Não acabou, você ainda me ama e eu te amo. Não adianta você negar. - paramos em frente a minha porta e ele me coloca no chão.

- Nick, eu e você - falo apontando o dedo pra ele e pra mim - acabou. O meu amor por você acabou no momento que eu te vi naquela cama com outra. Isso não tem perdão, eu fiquei mal? fiquei. Eu chorei por você quase todas as noites chorei, mas agora chega. Eu não quero mas sofrer, eu só quero aproveitar a minha vida sem ninguém para me machucar de novo.

- Mas...- ele está com os olhos marejados.

- Não tem mas Nick, segue a sua vida. Obrigada por ter me trazido até aqui. - eu também já estou com os olhos marejados mas não vou chorar, não na frente dele, eu não posso fazer isso. Dou um beijo em sua bochecha e entro dentro de casa, me encosto na porta e fico pensando na nossa conversa.

Eu já sofri demais, perder meus pais foi a pior coisa que me aconteceu e quando eu achei que não podia piorar descubro da pior maneira uma traição.

Eu chorei muito mesmo, chorei pelos meus pais, chorei pelo Nick, chorei por mim por não estar dando conta das dividas da casa, e chorei por estar sozinha. Sozinha não por conta da família pois eu tenho minha vó e minha irmã, mas por estar enfrentando tudo sozinha, no momento eu já não sei mas oque vou fazer da minha vida. Eu simplesmente não sei...

Entretanto, eu vou continuar como sempre continuei : vou colocar um sorriso no rosto e vou dizer para todos que estou bem. Eu tenho que ser forte por mim e por minha irmã, no momento eu não posso demonstrar fraqueza, não agora...

Continua...

Amor por AcasoOnde histórias criam vida. Descubra agora