Anna narrando :
Entro na sala e ele está sentado na cadeira virado para a janela.
-Boa tarde senhor, a Isabella me avisou que queria falar comigo - falo me aproximando da mesa.
- Sim. - falou se levantando e vindo em minha direção, puxou a cadeira e disse - Sente-se por favor - ele estava muito gentil para o meu gosto.
Eu sentei e ele sentou em uma cadeira do lado da minha. Estava me encarando com um enorme sorriso no rosto.
- Se for sobre a discussão que teve mas cedo, eu peço mil desculpas eu não deveria ter misturado o pessoal com o profissional. - falo sem parar, eu não posso perder esse emprego de jeito nenhum.
- Calma, tudo bem. - ele coloca seus dedos em minha boca - eu realmente fiquei impressionado por você ter discutido no horário de trabalho, mas eu te entendo é bem difícil aturar algumas pessoas. Eu não vou te demitir por isso.
Dou um sorriso confortável para ele, nunca pensei que o Senhor Sérgio pudesse ser tão gentil.
- Mas não te chamei aqui para falar disso - ele começa a passar a mão na minha perna - Eu sempre te achei muito bonita Anna, desde que você entrou aqui eu não paro de pensar em você.
- Desculpe Senhor Sérgio mas você deve estar entendendo tudo errado. - me levanto e ele segura meu pulso.
- Estou entendendo tudo perfeitamente bem, eu queria te fazer uma proposta. - ele fala passando a mão em meu rosto, eu me afasto rapidamente de seu toque.
- Que tipo de proposta?
- Eu sempre me atrair por meninas novas, como você. E eu posso aumentar seu salário se você resolver sair comigo. No bom sentido se é que você me entende. - ele fala com um sorrisinho no rosto.
Encaro ele incrédula, é isso mesmo que estou ouvindo? Ele quer que eu vá pra cama com ele só para receber um aumento? Isso só pode ser alguma brincadeira.
- O que você acha que eu sou? - falo me soltando de seu aperto.
- Minha empregada.
- Não, eu sou uma atendente aqui. Não sou sua empregada e muito menos uma prostituta, eu nunca irei aceitar ir pra cama com você só por causa de dinheiro.
Ele me olha irritado e logo depois sinto um ardido em minha bochecha, ele teve a coragem de me bater?!
- É melhor você realmente pensar direito, te dou três meses se não aceitar até lá você já pode ir pegando suas coisas. - ele fala e volta a sentar em sua cadeira.
Saio correndo de lá, ouço a Isabella chamar meu nome mas eu não quero conversar com ninguém no momento. Vou correndo pela rua e lágrimas já estão presentes em meus olhos, escuto um barulho de uma freada e olho pro lado a tempo de ver um carro vindo em minha direção, depois disso sinto uma batida muito forte no qual me faz cair.
Sinto minha visão começar a escurecer, antes que eu apagasse por completo sinto braços fortes e quentes me envolvendo e a última coisa que ouço é sua voz pedindo ajuda.
(...)
Acordo com a visão um pouco embaçada, olho o teto branco e depois todas as lembranças voltam a minha memória. Eu tento me mexer mas sinto uma dor muito forte nas costas, e também estou me sentindo um pouco tonta.
Na hora que abro os olhos por completo vejo minha irmã sentada em uma poltrona mexendo no celular, quando me vê levanta e me abraça.
- Anna, fiquei tão preocupada.- ela fala com a voz de choro - pensei que iria te perder também.
- Eu nunca iria te deixar pequena - falo com a voz um pouco fraca.
- Você ficou inconsciente por 2 dias, a Isabella que ligou pra gente. - diz sentando na beirada da cama.
- Cadê a vó?- pergunto.
- Foi tomar café, ela ficou muito preocupada quando descobriu.
- Eu imagino... - alguém nos interrompe batendo na porta e entrando logo em seguida.
- Bom dia senhorita Anna, sou a enfermeira Pietra como está se sentindo? - ela fala vindo em minha direção.
- Tirando a dor eu estou bem. - dou um sorriso pra ela.
- Anna vou ir procurar a vóvó, volto já. - diz saindo do quarto.
- O que aconteceu com as minhas costelas? Toda vez que me mexo sinto elas doerem. - pergunto para a enfermeira.
- Na batida você acabou fraturando sua perna direita e suas costelas, mas fique tranquila já fizemos todos os exames daqui a alguns dias essas dores param. E o Dr. Vargas depois virá ver você.
-Tudo bem, obrigada.
- Vou avisa-lo que a senhorita já acordou. - ela avisa e vai em direção a porta - fique bem, Anna. - ela diz e sai.
Não sei se é cisma minha, mas eu acho que ela não foi com a minha cara...
Fico no quarto sozinha e começo a pensar como as coisas aconteceram rápido demais comigo.
Flashback On:
Antes que eu apagasse por completo sinto braços fortes me envolverem e a última coisa que ouço é a sua voz pedindo ajuda.
Flashback off
Eu me lembro pouca coisa de seu rosto, ele tinha cabelos claros e olhos azuis...alguém interrompe o meu pensamento batendo na porta.
- Pode entrar - digo me ajeitando na cama. Na hora que entra meu coração parece parar de funcionar, é ele...o cara que me ajudou na hora do acidente. E por pura coincidência ele é um cirurgião bem conhecido. Ele fica me encarando por um tempo e depois se apresenta.
- Prazer Dr. Vargas seu médico cirurgião - meu Deus do céu que voz era essa? Eu estou em algum sonho? Porque se eu estiver não me acordem.
- Prazer Anna Bennett - sorrio tímida por conta de seu olhar atento, desvio meus olhos e começo a mexer em minhas mãos.
Continua...♥
VOCÊ ESTÁ LENDO
Amor por Acaso
RomansAnna Bennett tem 21 anos e tem somente como família sua irmã Agatha e sua avó, Maria. Cria sua irmã sozinha desde que sofreu uma grande perda em sua vida. Além disso, ela precisa lidar com um assunto delicado relacionado ao seu chefe. Entretanto, su...