Capítulo 5

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Anna narrando :

Entro na sala e ele está sentado na cadeira virado para a janela.

-Boa tarde senhor, a Isabella me avisou que queria falar comigo - falo me aproximando da mesa.

- Sim. - falou se levantando e vindo em minha direção, puxou a cadeira e disse - Sente-se por favor - ele estava muito gentil para o meu gosto.

Eu sentei e ele sentou em uma cadeira do lado da minha. Estava me encarando com um enorme sorriso no rosto.

- Se for sobre a discussão que teve mas cedo, eu peço mil desculpas eu não deveria ter misturado o pessoal com o profissional. - falo sem parar, eu não posso perder esse emprego de jeito nenhum.

- Calma, tudo bem. - ele coloca seus dedos em minha boca - eu realmente fiquei impressionado por você ter discutido no horário de trabalho, mas eu te entendo é bem difícil aturar algumas pessoas. Eu não vou te demitir por isso.

Dou um sorriso confortável para ele, nunca pensei que o Senhor Sérgio pudesse ser tão gentil.

- Mas não te chamei aqui para falar disso - ele começa a passar a mão na minha perna - Eu sempre te achei muito bonita Anna, desde que você entrou aqui eu não paro de pensar em você.

- Desculpe Senhor Sérgio mas você deve estar entendendo tudo errado. - me levanto e ele segura meu pulso.

- Estou entendendo tudo perfeitamente bem, eu queria te fazer uma proposta. - ele fala passando a mão em meu rosto, eu me afasto rapidamente de seu toque.

- Que tipo de proposta?

- Eu sempre me atrair por meninas novas, como você. E eu posso aumentar seu salário se você resolver sair comigo. No bom sentido se é que você me entende. - ele fala com um sorrisinho no rosto.

Encaro ele incrédula, é isso mesmo que estou ouvindo? Ele quer que eu vá pra cama com ele só para receber um aumento? Isso só pode ser alguma brincadeira.

- O que você acha que eu sou? - falo me soltando de seu aperto.

- Minha empregada.

- Não, eu sou uma atendente aqui. Não sou sua empregada e muito menos uma prostituta, eu nunca irei aceitar ir pra cama com você só por causa de dinheiro.

Ele me olha irritado e logo depois sinto um ardido em minha bochecha, ele teve a coragem de me bater?!

- É melhor você realmente pensar direito, te dou três meses se não aceitar até lá você já pode ir pegando suas coisas. - ele fala e volta a sentar em sua cadeira.

Saio correndo de lá, ouço a Isabella chamar meu nome mas eu não quero conversar com ninguém no momento. Vou correndo pela rua e lágrimas já estão presentes em meus olhos, escuto um barulho de uma freada e olho pro lado a tempo de ver um carro vindo em minha direção, depois disso sinto uma batida muito forte no qual me faz cair.

Sinto minha visão começar a escurecer, antes que eu apagasse por completo sinto braços fortes e quentes me envolvendo e a última coisa que ouço é sua voz pedindo ajuda.

(...)

Acordo com a visão um pouco embaçada, olho o teto branco e depois todas as lembranças voltam a minha memória. Eu tento me mexer mas sinto uma dor muito forte nas costas, e também estou me sentindo um pouco tonta.

Na hora que abro os olhos por completo vejo minha irmã sentada em uma poltrona mexendo no celular, quando me vê levanta e me abraça.

- Anna, fiquei tão preocupada.- ela fala com a voz de choro - pensei que iria te perder também.

- Eu nunca iria te deixar pequena - falo com a voz um pouco fraca.

- Você ficou inconsciente por 2 dias, a Isabella que ligou pra gente. - diz sentando na beirada da cama.

- Cadê a vó?- pergunto.

- Foi tomar café, ela ficou muito preocupada quando descobriu.

- Eu imagino... - alguém nos interrompe batendo na porta e entrando logo em seguida.

- Bom dia senhorita Anna, sou a enfermeira Pietra como está se sentindo? - ela fala vindo em minha direção.

- Tirando a dor eu estou bem. - dou um sorriso pra ela.

- Anna vou ir procurar a vóvó, volto já. - diz saindo do quarto.

- O que aconteceu com as minhas costelas? Toda vez que me mexo sinto elas doerem. - pergunto para a enfermeira.

- Na batida você acabou fraturando sua perna direita e suas costelas, mas fique tranquila já fizemos todos os exames daqui a alguns dias essas dores param. E o Dr. Vargas depois virá ver você.

-Tudo bem, obrigada.

- Vou avisa-lo que a senhorita já acordou. - ela avisa e vai em direção a porta - fique bem, Anna. - ela diz e sai.

Não sei se é cisma minha, mas eu acho que ela não foi com a minha cara...

Fico no quarto sozinha e começo a pensar como as coisas aconteceram rápido demais comigo.

Flashback On:

Antes que eu apagasse por completo sinto braços fortes me envolverem e a última coisa que ouço é a sua voz pedindo ajuda.

Flashback off

Eu me lembro pouca coisa de seu rosto, ele tinha cabelos claros e olhos azuis...alguém interrompe o meu pensamento batendo na porta.

- Pode entrar - digo me ajeitando na cama. Na hora que entra meu coração parece parar de funcionar, é ele...o cara que me ajudou na hora do acidente. E por pura coincidência ele é um cirurgião bem conhecido. Ele fica me encarando por um tempo e depois se apresenta.

- Prazer Dr. Vargas seu médico cirurgião - meu Deus do céu que voz era essa? Eu estou em algum sonho? Porque se eu estiver não me acordem.

- Prazer Anna Bennett - sorrio tímida por conta de seu olhar atento, desvio meus olhos e começo a mexer em minhas mãos.

Continua...♥

Amor por AcasoOnde histórias criam vida. Descubra agora