Capítulo 12

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Capítulo 12


Os planos do meu clone falham quando sua cabeça estoura e eu continuo vivo, com o pouco de fator de cura que sobra em mim. Isso vai doer amanhã. A bala derruba ele. É a minha bala de Adamantium. Estamos todos salvos. Tiro suas garras sem vida de meu corpo, pelo menos ainda estou vivo. Respiro, se estou vivo, não devo morrer. Eu consigo me recuperar disso, depois, com repouso.

Rictor: Vamos logo atravessar a fronteira!

Logan: Espere, antes eu quero fazer uma coisinha...

Me dirijo ao lugar onde algumas crianças estão contendo o Donald Pierce com os seus poderes.

Logan: Eu sou um homem de palavra... Prometi arrancar seu coração do peito! – Saco as garras e enfio em seu peito sem piedade. Faço alguns cortes e quando retiro, seu coração sem vida vem em meus ossos metálicos. Jogo seu órgão na mata e deixamos todos aqueles homens mortos ali mesmo. – Ele mereceu. Vocês não viram nada, crianças! Vamos embora daqui!

...

Atravessamos a fronteira e estamos seguros no Canadá. Um mutante nos recebe em sua casa e eu sinto vontade de atacar quando descubro quem é que estava ajudando as crianças...

Erik: Aquele metal extraordinário ainda corre por todo o seu corpo? – Diz e eu não consigo me mover, pois seu poder está me contendo.

Logan: Magneto?! – Rosno para ele.

Laura: Vocês já se conhecem?

Logan: Ah, a gente não só se conhece como ele é mau! Fique longe dele, Laura!

Laura: Ele que nos guiou até aqui, como pode ser um homem mau?

Magneto se sente fraco e me solta. Ele está velho, deve ter a mesma idade de Charles, ou algo próximo... Mesmo com a falha de Magneto, eu não o ataco porque não me deu motivos, ainda...

Logan: Fale agora o que você quer com a minha filha, seu velho babaca e que só sabe se aproveitar da inocência de crianças para protegê-lo!

Erik: Não percebe, Logan? Eu tinha razão, o tempo todo.

Logan: Você o quê? Isso não é... Você sempre... – Não acho argumentos e me calo.

Erik: Eu avisei: os humanos sempre quiseram nos exterminar, nos controlar, nos aprisionar! Se você e Charles tivessem me ouvido, poderíamos ter evitado toda essa desgraça!

Logan: Eu não sei se você sabe, mas... Charles se foi... – Digo com a cabeça baixa.

Erik: Eu sabia que uma hora ou outra você ia acabar o matando!

Logan: Eu o que? Eu não... Isso é um absurdo!

Erik: Então, me diga, como ele morreu?

Logan: Foi perfurado por garras de Adamantium no peito, mas... Isso não significa nada!

Erik: Eu não sabia que você era tão cruel, Wolverine!

Logan: A Laura estava lá quando aconteceu! Diz para ele, Laura!

Laura: Não foi ele! Foi o outro ele, o cara que era e não era ele, só que mau! – Não ajudou muito.

Erik: Então é isso que você inventou para ela acreditar? A polícia encontrou o cadáver enterrado. A perícia encontrou o seu DNA nele Wolverine. Sem contar a perfuração das garras de Adamantium e suas digitais no corpo. Não restam dúvidas! – Me jogou um jornal americano com a notícia que encontraram o cadáver.

Logan: Foi um clone meu! Você não vai acreditar, né? Até porque é totalmente absurdo uma empresa pegar meu DNA e criar uma arma, não é? – Pego a Laura e suspendo perto dele para enfatizar o que disse.

Erik: Laura não matou Charles!

Logan: Eu não disse que... Aaahh! – Grito com tamanha burrice desse velho. – E minhas digitais estão nele porque fui eu que enterrei ele!

Rictor: Erik, ele diz a verdade. Nós vimos o clone do Wolverine na floresta, ele nos atacou. Ele era jovem e tinha os poderes do Logan. Derrotou a Laura na moleza...

Erik: Então é verdade? Desistiram dos clones infantis e agora fabricam adultos?

Logan: É, mané! Estou tentando falar isso há horas!

Quando tivemos essa conversa era pela metade da tarde. Estava decidido, eu e as crianças iríamos ficar um tempo na casa de Magneto, até... Até quando desse. Eu pretendia sair dali com Laura depois de algum tempo, mas ela não gostaria de ficar longe dos amigos. Eu cuidaria dessa parte depois. Nosso objetivo agora era cuidar para que todos estivessem seguros.

...

Pela noite, improvisamos algo para comer para depois decidir o que fazer no outro dia. A casa de Magneto não era uma mansão, mas também não era uma cabana. As crianças conversavam entre si e eu conversava com Erik. Laura e Rictor, por serem os mais velhos, não ficavam perto das crianças e sim de nós dois. As conversas tinham um tom sério.

Erik: Então o Wolverine finalmente envelheceu? O que houve, seus poderes não o mantinham jovem?

Logan: Disse bem: mantinham. Algo mudou e eu não me curo como antes.

Erik: Você é um tolo! Tinha toda aquela saúde e imortalidade e desperdiçou tudo enchendo a cara! Isso que te destruiu, Logan.

Logan: Não! Isso não é verdade! Sempre bebi e nunca me aconteceu nada. Eu garanto que não foi por isso.

Erik: E você acha que foi por que, espertalhão?

Logan: Um palpite... Começa com "A" e termina com "damantium". Esse metal em meus ossos me envenena.

Rictor: Você está com ele há tanto tempo, por que só agora ele te fez estragos?

Logan: Eu não sou o cara das ideias! Não sou obrigado a formular a teoria inteira!

Erik: Os EUA estavam usando supressores gênicos para mutantes em tudo. Eu fugi de lá por isso. O Canadá está livre desse problema.

Logan: Se fosse assim eu estaria curado ao entrar no Canadá!

Erik: A tecnologia utilizada é alta. A reversão da mutação pode ser permanente.

Logan: E por que as crianças tem poderes?

Rictor: Os caras que fizeram os supressores fizeram a gente. Faça as contas. Somos modificados.

Logan: Ainda acho que é o metal. Se pelo menos houvesse uma forma de tirar...

Ao falar isso, todos olhamos para o Erik. Quem aqui manipula metal como ninguém? Ele pode tentar.

Erik: Você pretende se arriscar em um procedimento feito pelos poderes de um mutante que vai literalmente arrancar o que está revestindo seus ossos? É loucura! Isso pode te matar!

Logan: Falando assim, parece mais violento do que realmente é. Eu já estou morrendo. Por pouco não morri naquela floresta. Temo não ter tanta sorte da próxima vez. Nesse ritmo, uma hora eu vou lanhar de vez.

Erik: Isso vai doer.

Logan: Estou ciente e quero continuar. Não tem como eu senti mais dor do que eu já senti em toda a minha vida, chará!

Erik: Ok, você que sabe, mas eu não me responsabilizo pelas consequências...

LoganOnde histórias criam vida. Descubra agora