Capítulo 11

120 6 0
                                    


Capítulo 11


Quando recupero a consciência não estou onde eu acho que estaria. Eu imaginei duas coisas, das quais uma deveria acontecer após eu injetar aquela dose cavalar em mim.

Primeira suposição: Morrer. Obviamente isso não aconteceu, pois estou consciente novamente. Segunda opção: Deitado em algum lugar passando muito mal e, com alguma sorte ser resgatado por alguém. Mas nada disso aconteceu.

Olho ao meu redor e vejo corpos de soldados da Alkali. Estou de pé, ferido, corberto de sangue e Laura está perto de mim me encarando. Eu devo ter virado o animal de sempre por alguns minutos, o que deve ter ajudado e muito as crianças. Só lembro de muitos gritos e violência.

Logan: Fica atrás de mim! – Homens atiram em mim, mas eu não ligo, corro e mato eles. Laura mata alguns e terminamos o serviço, eu acho.

Uma fraqueza toma conta de mim e eu sinto que vou cair. Laura me olha e vê que algo de errado está acontecendo.

Laura: Você tomou todo o remédio. Tá passando o efeito.

Pego a arma do coldre de um dos homens da Alkali derrubados. Nós ganhamos aqui, mas as outras crianças perderam lá. Ando com Laura e vemos de longe que todos foram capturados. Eu tenho um plano.

Logan: Vai com os seus amigos. Vai. Laura. – Ela para e me olha. – Vai saber quando.

Ela vai e se esconde dos homens, ficando de tocaia. Eles não querem mata-los, apenas capturá-los. Eu vou pela frente e encontro Donald Pierce com Rictor rendido com uma arma em sua cabeça. Os homens me vêem e pretendem atirar. Mas Donald intervém. Não pareço uma ameaça a eles de tão fraco que estou. E não sou, mesmo.

Homem: À esquerda! – Vêem eu me aproximar.

Donald: O suquinho verde tá perdendo o efeito, é? – Vem segurando Rictor ameaçando matá-lo. – Num mutuna velho que nem você o barato é curto. Vai ficar difícil manter as garrinhas de fora. – Ele está certo, mas eu não preciso de muito tempo.

Rictor: Rasga esse escroto, Logan! – É interrompido por uma coronhada da arma de Donald.

Zander: Por favor pare, senhor Howlett, ou vou ter que pedir que os soldados atirem nas crianças. O senhor não quer isso. Já notou que o efeito do soro está passando, não vai suportar mais ferimentos. Permita que me apresente: Sou Zander Rice. Creio que conheceu meu pai no programa Arma X.

Logan: É... Foi o babaca que pôs esse veneno em mim! – Mostro as garras de Adamantium.

Zander: É... Foi um deles...

Logan: Eu acho que matei ele!

Zander: Eu acho que tem razão.

Donald: Cadê o respeito, mutuna? Está olhando para o homem que erradicou sua espécie!

Zander: Meu amigo Donald exagera. Ele faz parecer mais violento que o desejado... O objetivo não era acabar com os mutantes, e sim controlar. Eu percebi que não precisávamos parar de aperfeiçoar o que comemos e bebemos, que poderíamos usar esses produtos para nos aperfeiçoar, para distribuir terapia genética discretamente em tudo... de refrigerantes a cereais e deu certo! Mutação aleatória teve o mesmo destino da poliomielite. Passamos ao próximo empreendimento...

Logan: Criar seus próprios mutantes?!

Zander: Exatamente.

Donald: Tempos perigosos, James! Você... – Interrompo o discurso deles sacando a arma. Atiro no pesoço de Zander, matando-o instantaneamente e na mão de Donald, para desarmá-lo e libertar Rictor. Essa é a deixa para as crianças agirem.

Donald: Acertem ele! – Homens miram em mim e Laura surge, finalizando-os.

O menino gordinho dá um choque no jipe, que a lataria conduz até o soldado em cima dele. Eu corro para Donald, estou fraco e posso até morrer nessa, mas eu levo ele junto!

Ele tem relativa vantagem de mim na corrida, que logo eu o alcanço. Ele abre a porta de um dos jipes, acertando-a quase na minha cara, mas o pior era o que estava lá dentro.

Donald: Hora do show garoto!

Meu clone sai do jipe e pula em cima de mim para defender o chefe dele. Me joga longe e saca as garras, eu já as tenho expostas desde de quando tomei o remédio. Tenta acertar meu pescoço, mas eu desvio do golpe. Faz vários cortes em minhas costas e me chuta, derrubando no chão.

De longe, um soldado mira em nós, tentando conseguir uma mira boa para atirar em mim. O clone insere suas garras na parte entre o meu pescoço minha coluna e eu grito. O homem idêntico a mim me joga na porta do jipe pelo qual ele saiu, quebrando-a com meu esqueleto de Adamantium. A porta cai em cima de mim e ele se prepara para pular em mim.

Eu bloqueio seu pulo com a porta e o mesmo cai no chão. Ele levanta bem rápido, mas eu vou mostrar quem é que manda aqui! Junto todas as minha forças restantes e acerto a porta em sua face, o derrubando brevemente. É suficiente, pois eu aproveito que está no chão e imprenso a parte fina da porta contra seu pescoço e ele murmura de dor. Cópia falsificada!

Donald: Levanta! Lavanta, garoto! – Aproveita que estou ocupado e torce pelo capanga dele.

O grandalhão vê o Zander Rice morto no chão e o Donald incentiva.

Danald: Ele fez isso! Levanta!

Laura pula no soldado que tentava mirar em mim e o finaliza, pois comigo parado segurando o grandão ele podia me balear. O clone saca as garras e corta a porta de metal que imprenso ele. Me joga longe com o impacto, um pouco perto de Laura.

Laura não deveria, mas ela pula no meu clone, fazendo o que sabe fazer de melhor. É estranho ver eu assistindo eu lutando comigo mesmo, já que nós três temos o mesmo DNA. Porém não é hora para pensar nisso. Me arrasto, tentando chegar neles, mas Donald usa sua arma de arpão e acerta minha coxa, me segurando por alguns segundos.

As crianças vão cuidar de Donald e eu preciso chegar em Laura. Corto a ponta do arpão e me liberto do intruso em minha coxa.

O clone dá um tapão na cara de Laura e ela cai a alguns metros de distância. Laura fez um pequeno estrago nele que vai levar alguns segundos para se regenerar. Daqui a pouco eu penso em algo.

Sem soldados, Donald contido, nosso único problema é o meu clone. A gente não vai vencer ele, ele tem os meus poderes e eu não. Laura, que herdou meus poderes, não pode contê-lo. Ele só vai parar quando todos nós morrermos. Precisamos de uma distração para fugir!

Em poucos segundos ele respira e se recupera do estrago que Laura fez, ela também se recompõe, mas eu não vou deixar que ela lute com ele novamente.

Antes que ele corra até mim, Rictor levita o jipe sem porta e derruba em cima do babaca. Essa é a distração que precisávamos, mas não vai segurar ele por muito tempo!

Logan: Vai! Vai! – Mando a Laura fugir com os amigos. Tenho que segurá-lo quando ele sair para que fujam. A tosse volta e agora é o meu fim. – Vai, vai, vai! Vão, saiam daqui!

O rapaz está cortando o carro com as garras e vai se libertar logo. As crianças me obedecem e fogem, menos Laura.

Logan: Vão, vão, vão!

Ele se liberta, pega impulso em um carro e, com um pulo só, me alcança, cravando as garras em meu peito.

Logan: Foge! – Mando Laura correr e se salvar, enquanto suas garras me machucam.

Nunca pensei que fosse acabar assim, morto por mim mesmo, ou pela pior parte de mim, o animal que eu sou, sei lá... Isso que se pensa segundos antes de morrer?

Ele me arrasta, pendurando-me em suas garras dolorosamente e se dirige a um tronco de árvore quebrado, ótimo para empalar e finalizar o velho Logan.

Laura pega o revólver com o qual matei Zander e corre até nós. Chegamos na árvore quebrada e ele vai me suspender para me acertar no tronco.

LoganOnde histórias criam vida. Descubra agora