Capítulo 15

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Capítulo 15


Combinamos de estar atravessando a fronteira no dia seguinte pela manhã, bem cedo. Por ser uma missão arriscada só fomos eu, Laura, Rictor e Erik. Passei aquela noite na casa de Erik. As crianças estariam seguras na casa dele, então só nos preocuparíamos com a missão. Antes que o Sol nascesse Magneto nos acordou discretamente.

Erik: Ei, Wolverine! Levanta! – Falou devagar para as crianças não acordarem. – Não me obrigue a te tirar daí à força!

Logan: O Sol nem nasceu ainda, cara! Vai dormir e me deixa em paz! – Cobri o rosto com a coberta. – Não tenho culpa se os velhos acordam cedo!

Essa foi demais para ele. Em um instante, meu cobertor estava caído no chão e eu estava levitado verticalmente sobre o chão. Eu me debati, mas ele não me soltou. Segundos depois deixou a gravidade me dar uma lição.

Logan: Ai! Já levantei! – Disse rabugento enquanto me erguia do chão e recolhia o cobertor.

E assim iniciamos a jornada. Já que não éramos obrigados a ir andando, Magneto nos levou em sua caminhonete, com caçamba para trazer o corpo de X-24. Lhe dei esse nome pois vi na ficha da Laura que ela é a 23° tentativa de me clonar e por isso é a X-23. Ele será o X-24.

Preciso confessar algo... Atravessar aqueles 13 quilômetros entre o Canadá e os EUA de carro é mil vezes melhor que atravessar à pé. Erik me deixou um aviso antes de sairmos.

Erik: Logan, precisamos levar comida e água. Não podemos consumir nada que tenha origem americana, ou os nossos poderes se vão. Não sei se é necessária uma exposição prolongada aos supressores, mas é melhor não arriscar.

Logan: Sim, chefe! – Ironizei.

Tanque abastecido pegamos nosso rumo. A floresta não seria difícil de achar, eu dirigia e Erik rastrearia o X-24 com seus poderes. Estávamos chegando perto, muito perto...

Erik: Sabia que eu consigo farejar Adamantium em um raio de um quilômetro?

Logan: Muito legal, só não se confunda, pois eu também estou cheio de Adamantium. Laura também, tome cuidado para não nos fazer perder tempo procurando a nós mesmos.

Erik: O dele é diferente... Ele não tem o esqueleto inteiro, só as garras revestidas com o metal, é uma quantidade muito menor que a sua. Siga em frente que ele está perto.

Laura: Igual a mim. Eles também apenas revestiram minhas garras.

Logan: É um metal muito raro, não disperdiçariam revestindo um corpo inteiro.

Rictor: E por que revestiram você por completo?

Logan: Na minha época existiam poucos mutantes. Eu era um dos poucos que aguentariam o procedimento. Assim, não teria outro mutante em que precisassem por o metal. Mas com a descoberta do DNA, houve a possibilidade de clonagem. Daí tinha muita gente como eu que aguentaria o processo. Faça as contas, foram 24 tentativas.

Erik: Que dizer que eu posso estar rastrando qualquer um dos seus 24 clones?

Logan: Não, exatamente. Os primeiros 22 nem conseguiram nascer, pelo que soube. A Laura foi a primeira que obteve sucesso.

Laura: Se isso é sucesso, nem quero saber o que é fracasso.

Logan: E X-24 foi o primeiro com 100% do meu DNA.

Erik: Ele fala?

Logan: Não, ele não fala.

Rictor: Você também achou que a Laura não falava.

LoganOnde histórias criam vida. Descubra agora