"Quem é aquela mulher sexy que vejo na frente do espelho?
Sim, sou eu..."
Meghan Trainor - Me tooPov. Esmeralda
Sou Esmeralda González, uma arquiteta maravilhosa, com um currículo invejado. Independente, bem resolvida e logo, muito rapidamente mesmo arrumo um novo emprego.
Repito essas palavras incansavelmente enquanto caminho rumo ao estacionamento da empresa que até poucas horas era meu local de trabalho com ódio correndo nas veias.
Hoje foi o último dia que fui assediada pelo filho da puta do meu chefe. Olhar, soltar indiretas constrangedoras e até levar crédito pelo meu trabalho sou capaz de aturar agora me tocar sem meu consentimento JAMAIS.
Rodei a mão na cara dele mesmo e ainda mandei ele passar a mão na mãe, cansei.
Não esperei ser demitida porque não iria lhe dá esse gostinho, me demiti antes. Sai da sua sala a ponto de bala fui na minha peguei meus pertences e sai sem olhar para trás. Depois com calma quando o sangue tiver saído dos meus olhos volto e acerto minhas contas no rh.
Cheguei no estacionamento e abri meu carro, colocando a caixa com meus poucos pertences e minha bolsa no banco do carona fechando logo a porta e segundo para o outro lado, liguei meu carro e fui em direção a casa dos meus avós.
Tenho meu apartamento mas tudo o que quero é o colo deles e sim eu sou a netinha dos avós lide com isso vocês se tiverem algum problema.
***
-Mas que *hijo de puta, como ele se atreve a tentar abusar de você *mi preciosa. Mas deixe que seu *abuelo vai resolver isso. Amanhã mesmo eu vou lá naquela empresa mostrar que minha neta não é só no mundo.
Meu avô falava nervoso andando de um lado para o outro dentro da cozinha.
Assim que cheguei minha avó notou que algo estava errado além do fato de estar em sua casa no meio da semana no horário de trabalho não devia ter uma cara muito boa, talvez uma divisão entre muita puta e estou desempregada e agora?!
Contei tudo o que aconteceu desde o início quando comecei a trabalhar na empresa, a cerca de dois anos atrás, até o dia fatídico de hoje. E agora estou comendo uma fatia enorme de bolo de chocolate afogando as mágoas no açúcar e me divertindo com a explosão do vovô.
-Inácio González, você pode tirar seu cavalo da chuva. Ninguém vai a lugar nenhum. Disse a vovó com as mãos na cintura encarando um senhor Inácio muito zangado.
-Tancinha meu amor, você ouviu o que nossa preciosa disse. Aquele homem merece uma lição, e eu sou o homem dessa casa. É minha obrigação e direito resolver isso e lavar a honra da minha neta. Estufou o peito para dar mais ênfase a suas palavras.
Vovô era um exagerado à moda antiga, cheio de regras e costumes herdado do seu povo latino sangue quente. Mas mesmo exagerando em tudo ainda me divertia muito e me deixava radiante por ser tão amada por ele, apesar de ser órfã e sentir muita falta dos meus pais, sou abençoada por avós tão maravilhosos.
Eu e meu irmão somos italianos pois já nascemos aqui mas temos dupla nacionalidade por ter pai mexicano. A família da mamãe nunca chegamos a conhecer porque meus avós maternos morreram antes mesmo d'eu nascer e pôr minha mãe ser filha única não tenho tios ou primos.
- Nini, eu sei que você quer dá uma lição muito merecida naquele homem sem carácter e acredite eu também queria esquentar minha não na cara dele mas o melhor é deixar isso para lá como Esmeraldinha pediu. Nossa menina já está longe e segura. Agora é tocar a vida.
Quando vovó usa o Nini, apelido horrível na minha opinião, já sei que você está no papo. Toda aquela carranca some e ele abriu um sorriso gigante para ela com os olhinhos brilhando como se tivessem contando um segredo muito bom só deles.
E em questão de segundos os velhinhos já estão embolados um no braço do outro. Na mesma medida que é lindo ver o amor dos dois mesmo após tantos anos é nojento vê o seu avô com a língua na garganta da sua avó.
Essa visão ainda me faria parar no psicológico.
Já vi que estou sobrando então deixei os pombinhos alí e sai de fininho já que minha situação foi esquecida assim tão rapidamente.
Quando a porta da sala abriu já sabia que era meu irmão Henrique que chamava carinhosamente de Rico. O sem vergonha veio atrás da comida da vovó.
-O que você está fazendo aqui, mi amor? Perguntou já se jogando em cima de mim me dando um beijo na bochecha.
-Longa história mas em resumo pedi demissão e vim para cá afogar as mágoas no bolo da vovó. Resolvi não entrar em detalhes do motivo da demissão, Rico era muito esquentando e sem dúvidas iria arrumar confusão com meu ex chefe.
Se ele queria detalhes não disse nada e agradeci a Deus por isso.
-E onde está a vovó e o vovô? Tomou o controle da minha mão mudando de canal. Folgado!
-Se agarrando na cozinha. Ri da careta que ele fez.
-Isso não é normal não, eles são idosos para essa saliência toda, isso deveria ser proibido, seu lá uma lei do tipo sem sexo após os sessenta. Disse uma de suas pérolas me fazendo rir.
Quem foi que disse que idoso não transa, só o Rico pra achar isso.
-São idosos Rico não estão mortos. Brinquei
-Eu só espero não ouvir nenhum gemido, eu acho que eu nunca mais seria o mesmo. Gargalhei da cara desolada dele.
Ah! Foi por esse motivo que vim para cá, estar perto da minha família sempre renova minhas forças. E ri ainda mais quando meus avós "salientes " vinham da cozinha ajeitando as roupas e corados se assustando ao nos ver como se tivessem esquecido de mim aqui ou o fato de Rico sempre passar para comer a qualquer hora.
Eu amo minha família!
*Filho da puta.
*Minha preciosa.
*Avô ( ó ).
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Leonardo Watt
RomanceJá sobrevivi à fome, à dor, ao abandono. Sou um guerreiro! Criei barreiras internas necessárias para proteger aqueles que amo, mas desde que você chegou elas começaram a ruir. E no final eu só posso te agradecer por isso, obrigado por me amar, obrig...