Capítulo X

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"Apenas humano"Human - Rag' n Bone Man

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"Apenas humano"
Human - Rag' n Bone Man

Capítulo sem revisão.

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Ela é louca!

Mulher louca!

Me senti um menino sendo repreendido por um adulto. Como se tivesse feito alguma merda e precisasse  ouvir umas verdades sobre isso.

Aquele boca atrevida!

Fiquei alguns instantes ainda parado sem saber como agir e meio fora de orbita antes de  voltar ao meu carro e segui em direção ao meu apartamento.

Sorri que nem um idiota com a situação, apesar de absurdo e ser completamente atípico sorri de tudo.

Vendo por outro ângulo chegava a ser cômico me envolver nessa confusão toda com essa mulher de várias facetas.

Porra e como era linda! Frita meus neurônios e me tira do meu mundo perfeitamente organizado.

Toda cheia de verdade. Gostei no fundo da sua postura, mostra que sabe seu valor. Ela sabe do seu potencial e sua paixão pela profissão é nítido e admiro isso em um profissional.

É um fato que era a melhor opção para preencher o cargo mas mais uma vez ela me deixou perdido e acabei não contratando ninguém.

Pela primeira vez em muito tempo dormi relaxado lembrando da boca atrevida envolta de uma colher de madeira melada com alguma coisa marrom e aquela camisola deliciosamente indecente que me fazia viajar a lugares maravilhosamentes  proibidos.

***

A tão esperada, por mim, reunião foi marcada depois de tantos contra tempos esses dias, pouco mais de duas horas veria novamente a senhorita González.

Não que esteja contando mas preciso dizer que esse é o tempo exato que a reunião foi marcada com a mulher mais intrigante que já conheci.

Tive uma semana infernal quase achei que não fosse me concentrar em nada e dar conta da demanda atual da empresa.

Flashes de uma certa camisola vez ou outra surgem em minha mente sem aviso ou permissão e acaba atrapalhando o que estiver fazendo na hora. Juro que em certos momentos posso até sentir o cheiro do seu perfume floral cítrico no ar.

Deveria ser um cheiro estranho ou até mesmo desagradável mas nela se tornar algo memorável.

Com o trabalho e os pensamentos perturbadores com uma certa morena não tive muito tempo para nada e isso inclui aceitar os convites de Liz para jantar, almoçar ou até mesmo conhecer seu novo apartamento.

Tudo feito com muita discrição e cuidado como só a mesma tem.

Não sei ao certo o que faço com a nossa situação totalmente indefinida mas por hora não vou me atentar a esse pequeno detalhe.

Em algumas horas minha futura arquiteta estará aqui para acertamos o que já deveria estar certo a muito tempo e que por descontrole e bom senso não foi feito no dia certo me livrando assim de tanta dor de cabeça.

Depois do almoço tinha a bendida reunião com a mesma e confesso para meu íntimo que estava ansioso para o reencontro.

Iria almoçar na empresa mesmo e ganhar tempo no trabalho mas quando escuto o telefone tocar com a música destinada ao Lucas, meu irmão do meio, já sei que alguma coisa aconteceu.

Lucas não é de incomodar por nada, meu irmão pacificador, é extremamente reservado e só nos vimos em encontros marcados e organizados com antecedência devido aos nossos trabalhos exaustivo. Enquando minha área é a da construção a do Lucas envolve as leis e justiça, meu irmão é um grande e honrado juiz, conhecido por ser implacável nos tribunais mas sempre justo e ético.

Apesar de tudo ele seguiu um caminho do bem.

Amo meus dois irmãos mas o Lucas me compreendia muito mais que o Lex justamente por saber o que realmente vivemos no passado.

-Lucas! Saldei meu irmão me acomodando mais na cadeira tentando em vão não me perturbar com a sua ligação.

-Como vai Léo, não queria te incomodar mais recebi uma ligação de um colega delegado informando que o Lex foi preso por desacato a autoridade e vandalismo em local público. Eu mesmo iria resolver isso mas tenho uma audiência daqui a poucos minutos, um caso sério de pedofilia, infelizmente não posso adiar.

Eu sabia que se fosse o caso o mesmo iria sem nem deixar que eu descobrisse essa merda toda mas na situação em que estava não tinha escolha.

Respirei fundo a ponto de tentar controlar meus nervos e não xingar quem não merecia. E me limitei a apenas pedi o endereço e negligência meu almoço para tirar meu irmão mais novo da cadeia.

Tinha vontade de deixá-lo apenas por uns dias para aprender uma lição mas Lucas e Adolfo iriam infartar de desgosto por eles e apenas eles fui fazer.

O bairro era violento, vários olhares estranhos na minha direção assim que estacionei meu carro em frente a delegacia. Mal sabe esses marginais juvenis que vive tempo na rua suficiente para não me intimidar por nada.

O lugar tinha um cheiro estranho, paredes com tintura desgastada. Alguns policias circulavam de maneira intensa, xingamentos eram soltos pelos detidos e tudo o que queria era sair logo dali.

Pedi ajuda a um guarda e logo fui levado a sala do delegado que depois de vinte minutos exaustivos liberou a mim e ao meu irmão irresponsável.

Segui aquele corredor gradeado não foi fácil e ainda saber que meu irmão casula estava ali era pior ainda.

Cabeça baixa, cabelo bagunçado, olhar perdido e lábio cortado. Lex estava uma merda. E eu não sabia se o tirava logo daqui ou lhe deixava um pouco mais.

Um guarda abriu a sela, alertando meu irmão que enfim estava livre. E seu suspiro de alívio foi nítido mas sua cara de choque ao me ver quase apagou minha fúria.

Pensou que dessa vez era novamente o Lucas, seu merda!

-Léo! Sussurrou sem jeito.

Estava sem graça porquê? Pensasse antes.

-Vamos. Virei minhas costas e segui rumo a saída daquele pequeno inferno. Não me virei para olhá- lo mas sabia que me acompanhava. Logo estávamos no meu carro seguindo rumo a seu apartamento no centro.

O silêncio reinava de maneira sufocante. Ele sabiamente não disse nada e eu preferi manter minha boca fechada.

Assim que chegamos na entrada do prédio dele me virei para encara-lo.

-Um dia Lex você não vai poder contar nem comigo e nem com o Lucas e vai ter que lhe dá com sua própria merda.

-Eu não sou perfeito como você e nem o Lucas Léo. Eu sou humano. Cometo erros e eu não pedi sua ajuda.

-Moleque. Humano não, moleque. Sem um pingo de respeito ou consideração por ninguém. Egoista! Agi como se fosse só no mundo mas não é.

-Eu...

-CALADO! Gritei perdendo a paciência. - Errei com você por sempre tentar de proteger mas a partir de hoje eu lavo minhas mãos. Eu te amo Lex mas você está fora de controle e chegou a hora de crescer.
Agora cai fora porque tenho trabalho.

Meu coração apertou quando o mesmo zangado bateu a porta do meu carro e saindo pisando duro.

Vou ter uma conversar com o Lucas e Rodolf definitiva. Pois eu temo perder meu irmãozinho para a escuridão do mundo. E esse é um caminho sem volta.

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Leonardo Watt Onde histórias criam vida. Descubra agora