Capítulo XII

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"Sou aquele pedacinho de esperança

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"Sou aquele pedacinho de esperança."
The world's Gretests

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#PEDIDOIMPORTANTENOFINAL

Pov. Léo

Ela era intrigante!

Decidida, inteligente e ao mesmo tempo doce. 

Como sei disso então pouco tempo? Simples, observação.

Desde que chegamos a esse almoço, ela é o centro das atenções. Seus olhos brilham ao ouvir a história de amor do velho Bartolomeu, que recentemente perdeu a esposa para um terrível câncer de mama há cerca de um ano. 

Um casamento que durou 60 anos.

Essa obra em questão é a construção de um centro de dança para ensinar jovens e crianças carentes.Sua esposa foi uma grande bailarina e fez um último pedido ao marido. 

Bartolomeu à seis meses não chega a uma conclusão final do que quer para que enfim possamos fazer o sonho da gentil Cassandra se tornar realidade.

A mulher era uma figura singular que esbanjava alegria e humildade. Por muitas vezes me fez companhia em eventos e sempre foi agradável e respeitosa com todos. Bartolomeu apesar de ranzinza sempre foi justo e verdadeiro, por isso tinha meu respeito e apesar de ter pouca gastava a paciência que tinha com ele. Além de ser um dos poucos amigos de Rodolf e conhecer a minha história desde o início.

O velho era um típico italiano ranzinza, mas agora é só sorrisos para a morena sentada à minha frente.

O caminho até aqui foi um martírio prazeroso inundado pelo perfume afrodisíaco da sra. González. 

Era o cúmulo para um homem da minha idade perder tempo com esses pensamentos tão juvenis, mas ela sempre me despertava sensações assim, novas e intensas.

Ela sorria com os olhos e por um período me esqueci de tudo que não fosse a mesma. Tudo que estava perturbando minha mente. Era só ela e a sua luz. 

Tomei um gole do meu vinho e tentei focar na conversa. Minha mente não podia se perder assim. 

-É lindo a sua história de amor,

Sr. Petrov meus pais morreram jovens mas se amavam muito e meus avós nem se falam. Sorriu emocionada.

Como é possível alguém ser tão transparente assim?

Seus olhos falam por ela. Olhos doces e expressivos. 

-Comecei o trabalho hoje mas lhe dou minha palavra que essa instituição vai ser uma extensão da sra. Cassandra. Seu sonho não vai morrer, muito pelo contrário viverá através de muitos outros. Sorriu limpando as lágrimas.

-Não duvido disso, sra. González. Conheço pessoas e você é transparente demais para tentar me enganar como aquele idiota do seu antigo engenheiro Leonardo. Me surpreendi com você por mantê-lo por tanto tempo. Disse antes de enfiar um garfo cheio de macarronada na boca.

-Tudo já está resolvido. Disse apenas

O almoço transcorreu calmamente onde enfim detalhes foram conversados e amanhã iríamos a obra fazê-la andar mais depressa. Bartolomeu tinha pressa, queria inaugurar no aniversário de Cassandra em três meses, então o tempo estava curto e precisamos agilizar as coisas. 

Bartô parecia até mais leve , era sem dúvidas o efeito da Sra. González .

Talvez não fosse o único afetado. 

Talvez fosse algo dela mesma, um tipo de carisma , não sei.

Ou sou só eu inventando desculpa para negar esse súbito interesse nela.

Irracional!

Fora dos meus padrões. 

Ela era tudo o que eu nunca quis na vida mas agora parece tão agradável que chega a ser tentador.

Resolvi focar na comida porque na conversa já não podia mais.

E assim a reunião mais diferente da minha vida terminou, o velho Bartô convidando Sra. González para ir na sua casa visitar a estufa da sua falecida esposa. Detalhe só ele e a Cassandra entravam lá.

Ele entrou no seu carro e seguiu e era o que faríamos também se não fosse por uma cena completamente vergonhosa e antes que pudesse intervir, Esmeralda González tomou a frente.

-Mas o que está acontecendo aqui? Perguntou colocando as mãos na cintura.

-Senhorita esse senhor já está sendo retirado daqui, não se preocupe. Tudo está sob controle.

- Tudo sobre controle é isso que disse. Para mim não tem nada de controle aqui. Porque vocês estão machucando o homem assim. Só porque ele aparentemente está num nível abaixo do de vocês é isso. Acham certo criar essa cena. 

Ela voltou sua atenção ao morador de rua. 

- Porque eles estão arrastando você desse jeito, você foi agressivo ou algo parecido? Perguntou ao homem.

-Soltem ele, deixem o homem falar. Disse brava.

Muito brava na verdade, sra. González parecia que soltava fogo pela boca. 

A cena chamou a atenção de todos. Uns olhavam curiosos, outros com nojo e uns até fingiam ignorar tudo.

É tão mais fácil ignorar a situação do outro, eu sei disso porque já fui aquele homem.

-Eu só pedi um pouco de comida senhorita, podia ser depois que o expediente acabasse o resto da comida dos clientes, eu não me importo, só estou com fome. Disse humilhado.

Aquilo partiu algo dentro de mim.

O homem forte e destemido voltou no tempo e lembrou o que era sentir fome.

-Qual o seu nome, senhor? Perguntou com a voz embargada. Ela parecia que ia chorar a qualquer momento.

E eu queria abraçá-la e dizer que resolveria tudo. Não quero suas lágrimas. Nunca!

-Júlio, Júlio César. Respondeu 

Ele era um senhor de no máximo sessenta anos, mas era difícil dizer com precisão pois estava muito sujo e mesmo de longe o mal cheiro podia ser sentido. 

-Prazer Júlio César, nome de rei. Sou a Esmeralda. E hoje você vai comer o que quiser. Se o problema senhores for dinheiro eu pago sua conta. Mas esse homem vai entrar , sentar e comer o que quiser. Quase rugiu como uma leoa mostrando seu poder. 

Era bonito de assistir.

-Senhorita não é necessário... 

O senhor até tentou falar mas que disse que o furacão González deixou.

-Precisa sim. Vamos o senhor vai comer agora.  Segurou sua mão rumo a entrada do restaurante.

-Senhorita... 

Não sei qual função aquele homem tinha no restaurante mas ele deveria saber que a causa estava perdida.

-Sai da frente. Falou já empurrando o funcionário e entrando com o senhor.

Eu apenas queria ter certeza que nada fugiria do controle. Ela parecia que tinha esquecido de mim.

Quase rindo disso.

Entrei e esperei a cena do próximo capítulo onde Esmeralda González era a protagonista.

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