32. A Problemática Amor/Paixão

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Este tópico vem na sequência dos dois que o antecederam. Para a história ser verosímil é importante saber estabelecer um romance realista, que contribua para o desenvolvimento da história.

Na chamada vida real, as pessoas não se costumam apaixonar à primeira vista. Aliás, está cientificamente provado que o homem demora apenas uma hora para se apaixonar, enquanto uma mulher demora quinze dias. Portanto, há que ter cuidado com o tratamento deste tipo de paixão.

Mais, existe a paixão física e a platônica. Ou seja, a personagem pode estar apaixonada por alguém que conheça e sentir desejo carnal, ou então por alguém que desconheça na totalidade mas especule sobre. Há que ter em atenção que são dois tipos diferentes e que não devem ser tratados da mesma forma.

Enfim, se quiserem, ainda assim, desenvolver uma paixão realista, têm de ir por fases, muito lentamente: por exemplo, primeiro, as personagens têm de "clicar", depois vem a atração, depois vem uma amizade forte que se torna em carinho especial, depois a paixão e, enfim, o amor. Podem mostrar que a personagem não se apercebe exatamente do que se passa com ela, ou então que se apercebe mas o nega.

Ainda há outra hipótese. Se quiserem que as personagens "comecem logo bem", podem contribuir com as reações, bem descritas, que são produzidas pelo simples toque ou olhar.

A imaginação não tem limite, mas devem sempre de ter cuidado ao abordar histórias de amor, pois têm de ser credíveis!

Mais uma coisa, o amor e a paixão NÃO são a mesma coisa. A paixão é a loucura, é querer estar com a pessoa o tempo todo, é a falta de apetite, é o sangue que nos arde nas veias; enquanto o amor é algo mais calmo, é o mar depois de uma tempestade, as pessoas estão ligadas por algo forte, mas não sentem tudo e mais alguma coisa, porque a paixão não dura para sempre e quando se transforma em amor, muda tudo, passa a ser mais desprendida, mais espaçosa, embora não deixe de ser necessária, o amor não implica a falta de carinho, mas sim o fim da "maluqueira".

Um "amo-te" não se troca assim, significa algo para lá de estar apaixonado e isso é muito significativo. Mesmo nos livros é importante saber quando e como o utilizar.

Espero que vos tenha sido útil borboletas ;)

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