Capítulo Vinte

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Serena

Acordei me sentindo um pouco mais leve do que a madrugada anterior. Era isso, eu era minha e não daria o gostinho de ninguém me decepcionar novamente.
Ao acordar, fui direto dar os medicamentos à Patrick.
- Bom dia melhor pessoa da vida! - falei.
- Bom dia querida. Vejo que está animada. - ele diz sorridente.
- Até que sim. - respondi entregando-lhes alguns dos remédios.
- Aconteceu algo entre você e o Patrício? Ele está em um humor do cão hoje e querendo a todo custo ir embora.
- Nós " terminamos" o que tínhamos essa madrugada. - dê ênfase no terminamos. - Ele é explosivo, ciumento, rude e eu não preciso de um homem desse do meu lado, espero que me desculpe. - respondi sem graça.
- Não tenho o que te desculpar. Cada um é responsável pelas próprias escolhas, eu na verdade, sabia que isso não daria certo. Não é dele que você gosta.
- Eu não gosto de ninguém na verdade. - expliquei.
Ele sorriu.
- Minha menina, ou você finge que não vê, ou não quer enxergar mesmo. Tanto você quanto eu sabemos a quem seu coração pertence, e não precisamos dizer quem é. O dono do seu amor não me contou nada mas eu, como um velho experiente, já notei.
- Mas... - falei boquiaberta.
- Você vai entender com o tempo. Deixa acontecer! Quais os nossos planos pra hoje?
- Esse hotel tem tantas atividades que não sou capaz de opinar, Patrick.
- Vamos pescar então! - ele levanta da cadeira. - Vou pedir nossas varas e tudo que temos direito.
Ele saiu do quarto, deixando-me sozinha.
Procurei não pensar em quem meu coração quase inexistente nessas alturas do campeonato, pudesse pertencer. Fingi demência e sai dali, sabia que ainda, por um bom tempo, ele pertenceria à Gael.

Paixão SublinhadaOnde histórias criam vida. Descubra agora