Capítulo Quarenta e Seis

3K 244 1
                                    

Capítulo Quarenta e Seis

Serena
Semanas depois...

Algumas semanas se passaram desde o dia em que eu e Patrick nós perdoamos. Eu o vi mais algumas vezes antes dele ir embora, o mesmo aproveitou Cecília ao máximo ao lado de Richard e ela os adorou, assim como eu.
Minha menina estava cada vez mais arteira e inteligente, a escolinha só estava lhe fazendo bem.
O fim de semana finalmente havia chego, a semana no café tinha sido corrida e pela manhã de sábado, optei por ir à praia com minha mãe e Cecília.
O dia estava propício para pegar um bronze.
Assim que chegamos, não tinha muita gente. Deixei Cecília ir brincar com a terra e fiquei conversando com minha mãe.
Depois de colocar todos os assuntos em dia, fui para água com minha pequena.
Por volta das duas da tarde, Cecília já estava bocejando de sono. Minha mãe propôs ir embora com ela para fazê-la dormir, e eu optei ficar um pouco mais por ali.
Entre um flerte e outro com alguns dos carinhas que passavam por mim, encontrei Gael, encostado em uma pedra próxima da praia onde todos gostavam de tirar fotos por conta da vista.
Ele não parecia estar bem.
Infelizmente me preocupei, mas nada disse, apenas o observei.
Foi tão rápido quanto o vento. Bastou eu piscar os olhos para vê-lo cair no chão.
Assustada, sai correndo até ele, de biquíni e com meu celular em mãos.
Parecia que eu não ia chegar nunca aonde ele estava.
- Gael. - o balancei de um lado para o outro, nada de acordar. - Por favor, fala comigo Gael. - o balancei mais um pouco.
Desesperada, com medo dele ter falecido, liguei para o corpo de bombeiros que já estava vindo pra cá.

Quinze minutos depois, estávamos dando entrada no hospital da cidade. Gael ainda estava desacordado e o caminho todo, pedi à Deus para que o protegesse e não o levasse.
Jennifer não suportaria a dor de perdê-lo.
E talvez, nem eu.
Por Gael ser maior de idade, não pude entrar com ele. Optei por esperar por notícias na sala de espera onde mal tinha lugar para sentar de tão cheio que o hospital estava.
Cerca de vinte minutos ou mais, uma enfermeira chegou na sala e disse: Acompanhante ou responsável por Gael Monteiro?
Ergui a mão.
- Pode falar. - me aproximei dela.
- O doutor quer conversar contigo.
Respirei fundo e a acompanhei.
Sua sala era perto da porta em que ela havia surgido. Bati na porta e entrei, ele estava com a ficha do Gael em mãos.
- Boa tarde. O que você é do Gael?
- Amiga. - respondi.
- Entendo. O caso dele não é tão grave quanto pensamos, porém, ele vai precisar ficar internado por alguns dias até que se recupere.
- E o que ele tem doutor?
- Pneumonia.
Arregalei os olhos.
- Isso é muito sério doutor.
- A nossa sorte é que está no começo e tem como se recuperar. Mais perigoso seria se ela já tivesse instalado no corpo dele. Poderia levá-lo à morte.
- Não gosto de pensar em mortes. - lembro-me da filha que perdi.
- Ele está no quarto oitenta, quer ir lá?
- Por favor. - pedi e o acompanhei.

Paixão SublinhadaOnde histórias criam vida. Descubra agora