Paixão Sublinhada

Capitulo Cinquenta e Três

Capítulo Cinquenta e Três

Nota da Autora: Atenção. Esse é o último capítulo da história. Depois, tem o epílogo. Ok? Ok!
Obrigada à você, por ter chego até aqui! Saiba que você é 10.

Serena
[ Um mês depois...]

E o casamento do homem que eu mais amei em toda a minha vida, em todo esse tempo, havia chego.
Infelizmente, não tive forças para lutar por aquele amor.
Jennifer já tinha o laçado. O meu orgulho foi maior do que a minha vontade em si de lutar por nós dois.
Agora, cá estava eu. Sentada em minha cama, com uma toalha enrolada na cabeça, passando os dedos em seu convite de casamento. Aquele que Jennifer fez questão em me entregar.
Suspirei.
A cerimônia seria no final do dia, por volta das cinco da tarde, agora, eram quase duas e eu estava lutando internamente comigo mesma entre ir ou não ir.
Meu coração dizia que era melhor eu não ir, doeria ainda mais.
Minha cabeça, dizia que é melhor eu ir, assim eu ia ter a certeza que eu havia o perdido de vez por conta do meu maldito orgulho.
E eu, não sabia o que fazer.
Minha mãe estava tendo um dia de beleza no salão ao lado de Cecília, as duas iam acompanhadas de Patrick. Por falar nele, o mesmo estava fazendo minha mãe muito feliz, e sua alegria por tê-la após tantos anos só, era evidente.
Entre tanta indecisão, deitei em minha cama, fechei os olhos e a decisão veio: Eu não iria! Não precisava ver a verdade estampada em minha cara.
Liguei meu notebook, decidi escrever um texto para que sentisse meu coração mais aliviado. Não mostraria à ninguém, somente eu precisava saber. Coloquei uma música aleatória para tocar em um aplicativo, e então começou a tocar: Aqui Estaré - Angélica Vale. Uma parte da tradução era:
" E ainda assim, cuidarei de você
Quase lendo o seu pensamento
E ainda assim, eu ficarei, sempre ao seu lado..."
Respirei fundo. Não gostava quando as musicas começavam a fazer sentido pra mim, em minha vida.
Peguei o notebook, coloquei em meu colo e comecei:
" Hoje eu o deixava partir.
Hoje era o dia do meu adeus. E não, ele não havia falecido e sim se casado. Havia se casado com alguém que não amava, com alguém que usou um filho para segurá-lo.
Hoje dou um fim, na história que tive com um homem que apesar de tantas e tantas dores, eu amei com toda a força do meu ser, com todo meu coração.
Pode soar dramático, mas só quem viveu uma grande história de amor ou apenas um grande amor, saberá o quão doloroso é, ter que abrir mão daquilo que mais fizemos questão um dia.
Hoje meu coração chora! O homem que seria pai dos meus futuros filhos, decidiu ser pai dos filhos de outra.
Hoje eu preciso me acostumar. Acostumar que certos amores foram feitos para acontecer mas não para durar."
Escrevi, chorei, me encolhi na cama e a campainha tocou. Olhei no espelho e meus olhos avermelhados eram notáveis, por via das dúvidas, eu diria que fumei maconha.
Sorri com o pensamento.
Desci as escadas rapidamente porque a campainha tocava sem parar, alguém estava com muita pressa.
Assim que abri, dei de cara com Gael.
- Uau! - soltei. - Você não devia estar se arrumando para seu casamento que é em menos de duas horas?
E então, sem dizer nada, ele me beijou. E eu correspondi.
Eu era uma merda.
Me afastei minutos depois, notei seus olhos cheios de lágrimas.
- Eu te amo! - ele me abraçou. - E é por te amar que estou te deixando livre. Livre de mim, da nossa história que tanto a machuca, que tanto lhe faz mal. Eu posso estar errando, até porque nunca fiz algo certo na vida. Eu posso me arrepender arduamente por estar fazendo isso, mas é o que meu coração manda. Eu vou me casar Serena! Vou fingir naquele altar, perante ao padre que Jennifer é a mulher da minha vida, mas Deus sabe o quanto a amo, o quanto gostaria que fosse você a estar lá, vestida de branco, com Cecília entregando nossas alianças...
Eu já chorava.
- Não meu amor, não chora! - ele secou uma lágrima minha mas derramou uma dela. - Saiba Serena que você é e sempre será a única mulher que eu fui capaz de amar na vida! A única que eu senti prazer em amar apesar de todo o caos que te causei. Hoje, aquela música do Gian e Giovani faz muito sentido: Estou casando mas o grande amor da minha vida é você! E olha... - ele olhou o relógio do pulso. - Eu vou esperar o destino agir, eu vou te esperar Serena! Eu vou deixar com o que o destino nos junte novamente. Com o coração mais maduro, prontos para nos amar com pureza, com o passado deixado para trás. Eu vou te esperar Serena, pra sempre! A nossa história ainda não acabou.
E novamente ele me beijou. Ambos choramos, eu não pude responder nada, pois com a mesma rapidez que ele veio, ele se foi.
Me deixando ali, atônita, em pé na porta.

Já eram cinco horas da tarde, Michele havia me chamado para tomar uma cerveja. Minha mãe já havia ido com Cecília para o casamento e eu fui com Michele à um pub.
Mas, na nossa terceira garrafa meu coração apertou-se e eu precisei sair dali o quanto antes.
Fui para igreja!
Eu tinha que lutar enquanto era tempo.
Assim que cheguei, subi à escadaria correndo, quase trinta degraus para notar que:
Era tarde demais!
Gael já vinha em direção à porta, de braços dados com Jennifer que estava com uma barriga imensa.
Ele já havia se casado.
Eu também esperaria o destino agir.
Por agora, nossa história havia acabado ali.