Paulo— PAI. — Me levanto da cama assustada assim que ouço Nina me gritar.
Já se passa das 21h, Emíli e eu estamos deitados, já que estamos bem cansados.
— Amor.. — Emíli me chama sonolenta.
— Fique aqui, eu vou ver o que aconteceu. — Falo e ela afirma voltando a de deitar.
Coloco uma blusa e saiu do quarto, indo até a sala, encontrando minha filha chorando desesperadamente.
— Filha, o que aconteceu?— Pergunto preocupado.
— O Antonio e eu.. — Começa a falar, e aí percebo que Antonio não esta na sala.
— O que aconteceu?
— Estávamos em um restaurante, eu tinha marcado de conversa com a mamãe, já que ela estava me ligando toda hora. — Fala e respira fundo. — Eu chamei Antonio para ir comigo, e quando a gente chegou lá, minha mãe estava entrando ela caiu no chão.— Começa a chorar novamente. — Ela morreu papai, ela morreu!— Grita e me abraça.
De todas as formas eu tento processar tudo que acabei de ouvir. Gisele morreu, ela morreu! Não estou triste por mim e sim pela minha filha, chocado!
— Mataram ela, na frente de todos? — Pergunto e ela afirma. — Cadê o Antonio?
— Ele ficou respondendo algumas pergunta aos polícias.
— Que barra. — Sussurro e vejo Emíli descendo as escada.
— O que aconteceu?— Emíli pergunta nos olhando.
—Minha mãe morreu. — Nina se solta de mim e vai até minha noiva, abraçando a mesma.
Ouço Bernardo chorar e subo correndo. Imagino como esta a cabeça da minha filha, viu a mãe ser morta, a mãe que não via a muito tempo e não ligava pra ela, não muito. Mas é claro que náo vou falar isso, minha filha já esta triste de mais.
×××
Semanas depois...
— Papai, já tem alguma notícia?— Nina pergunta.
— Ainda não querida, assim que ficar sabendo de algo, te ligo. — Falo e ela suspira.
— Obrigado. — Desliga.
— Como ela esta?
— Não muito bem.
— Ela é forte, vai ficar bem. — Emíli fala me olhando seria. — Como você esta?— Pergunta e olho-a confusa. — Ela foi sua mulher, mãe da sua filha...
— É,ela foi. Me sinto triste pela minha, pelo o que ela viu. — Explico e Emíli afirma. — Como estão as crianças?
— Estão no berço, acordadas. — Ri pelo nariz.
— Vou tomar um banho e já volto okay?— Pergunto e ela afirma. Lhe dou um selinho e vou para o banheiro.
Esses dias tem sido tão cansativos, tudo que eu quero é minha cama e um bom sono. Confesso que desde a morte de Gisele, não tenho conseguido dormir. Quem mataria Gisele, se bem que aquela mulher era o demônio quando queria. É tudo tão estranho. No interro, Nina estava neutra, não demostrando nada, mas ela queria e ainda quer saber quem matou a mão.
×××
Acordo com o choro de Alice e me lavanto rapidamente, vendo Emíli dormindo, toda jogada. Sorriu ao vê-la, tão linda.
Vou para o quarto dos gêmeos e vou até o berço de Alice.
- O que aconteceu filha?— Pergunto e ela me olha chorosa. — Fala com o papai. — Peço e ela sorri banguela.— Você quer conversa?— Pergunto e ela me olha curiosa. — É o que estamos fazendo... Na verdade estou falando sozinho. — Falo e ela gargalha. — É feio deixar o papai no vaco. — Falo deixando ela em pé no meu colo.
Alice põe a mão na boca e depois coloca na minha.
— ECA filha, que porca! — Beijo sua barriga e ela gargalha puxando meu cabelo. — Filha isso dói. — Finjo choro e ela para, me olhando seria e curiosa. — Mentira. — Sorriu e ela gargalha.
Ser pai é tão bom, tão maravilhoso. Me sinto tão feliz, tão completo, só me sinti assim quando soube de Nina e quando foi seu nascimento.
— Paulo.. — Emíli me chama e eu olho-a. — Você não estava na cama, fiquei preocupada. — Fala e eu nego.
— Nossa filha queria alguém para conversar. — Falo e ouço Alice fazer barulho, para chamar atenção da mãe.
Emíli vê, mas finge que não. E simula sair do quarto, Alice faz biquinho e começa a chorar baixinho, em seguida mais alto.
— Oh meu Deus..Vem ca amor da mamãe.— Emíli faz voz de bebe, pegando ela no colo e ela para de chorar.
— Que cheiro é esse? — Emíli pergunta e cheira Alice. — Bernardo. — Falamos juntos. — Boa sorte ai papai. —Emíli fala e saí do quarto.
Praguejo e vou até o berço do Bernardo, o coco sempre fica pra mim. Reclamando? Jamais!
— É filhão, diminuir nas fezes. — Brinco e ele ri. — Nem sabe o que estou falando.— Sussurro pegando o mesmo no colo.
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Penúltimo capito, terá esse e o epílogo. Okay?
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Um Homem Mais Velho - Livro 3
RomanceSinopse: Paulo sempre foi um homem muito sério, mas ao mesmo tempo carinhoso. O mesmo vivia horas do dia no emprego, já que a vida de casado não ia muito bem. Depois de se divorciar do casamento que durou anos, Paulo coloca na cabeça que não quer um...