29| Morte

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Paulo

— PAI. — Me levanto da cama assustada assim que ouço Nina me gritar.

Já se passa das 21h, Emíli e eu estamos deitados, já que estamos bem cansados.

— Amor.. — Emíli me chama sonolenta.

— Fique aqui, eu vou ver o que aconteceu. — Falo e ela afirma voltando a de deitar.

Coloco uma blusa e saiu do quarto, indo até a sala, encontrando minha filha chorando desesperadamente.

— Filha, o que aconteceu?— Pergunto preocupado.

— O Antonio e eu.. — Começa a falar, e aí percebo que Antonio não esta na sala.

— O que aconteceu?

— Estávamos em um restaurante, eu tinha marcado de conversa com a mamãe, já que ela estava me ligando toda hora. — Fala e respira fundo. — Eu chamei Antonio para ir comigo, e quando a gente chegou lá, minha mãe estava entrando ela caiu no chão.— Começa a chorar novamente. — Ela morreu papai, ela morreu!— Grita e me abraça.

De todas as formas eu tento processar tudo que acabei de ouvir. Gisele morreu, ela morreu!  Não estou triste por mim e sim pela minha filha, chocado!

— Mataram ela, na frente de todos? — Pergunto e ela afirma. — Cadê o Antonio?

— Ele ficou respondendo algumas pergunta aos polícias.

— Que barra. — Sussurro e vejo Emíli descendo as escada.

— O que aconteceu?— Emíli pergunta nos olhando.

—Minha mãe morreu. — Nina se solta de mim e vai até minha noiva, abraçando a mesma.

Ouço Bernardo chorar e subo correndo. Imagino como esta a cabeça da minha filha, viu a mãe ser morta, a mãe que não via a muito tempo e não ligava pra ela, não muito. Mas é claro que náo vou falar isso, minha filha já esta triste de mais.

×××


Semanas depois...


— Papai, já tem alguma notícia?— Nina pergunta.

Ainda não querida, assim que ficar sabendo de algo, te ligo. — Falo e ela suspira.

Obrigado. — Desliga.

— Como ela esta?

— Não muito bem.

— Ela é forte, vai ficar bem. — Emíli fala me olhando seria. — Como você esta?— Pergunta e olho-a confusa. — Ela foi sua mulher, mãe da sua filha...

— É,ela foi. Me sinto triste pela minha, pelo o que ela viu. — Explico e Emíli afirma. — Como estão as crianças?

— Estão no berço, acordadas. — Ri pelo nariz.

— Vou tomar um banho e já volto okay?— Pergunto e ela afirma. Lhe dou um selinho e vou para o banheiro.

Esses dias tem sido tão cansativos, tudo que eu quero é minha cama e um bom sono. Confesso que desde a morte de Gisele, não tenho conseguido dormir. Quem mataria Gisele, se bem que aquela mulher era o demônio quando queria. É tudo tão estranho. No interro, Nina estava neutra, não demostrando nada, mas ela queria e ainda quer saber quem matou a mão.

×××

Acordo com o choro de Alice e me lavanto rapidamente, vendo Emíli dormindo, toda jogada. Sorriu ao vê-la, tão linda.

Vou para o quarto dos gêmeos e vou até o berço de Alice.

- O que aconteceu filha?— Pergunto e ela me olha chorosa. — Fala com o papai. — Peço e ela sorri banguela.— Você quer conversa?— Pergunto e ela me olha curiosa. — É o que estamos fazendo... Na verdade estou falando sozinho. — Falo e ela gargalha. — É feio deixar o papai no vaco. — Falo deixando ela em pé no meu colo.

Alice põe a mão na boca e depois coloca na minha.

— ECA filha, que porca! — Beijo sua barriga e ela gargalha puxando meu cabelo. — Filha isso dói. — Finjo choro e ela para, me olhando seria e curiosa. — Mentira. — Sorriu e ela gargalha.

Ser pai é tão bom, tão maravilhoso. Me sinto tão feliz, tão completo, só me sinti assim quando soube de Nina e quando foi seu nascimento.

— Paulo.. — Emíli me chama e eu olho-a. — Você não estava na cama, fiquei preocupada. — Fala e eu nego.

— Nossa filha queria alguém para conversar. — Falo e ouço Alice fazer barulho, para chamar atenção da mãe.

Emíli vê, mas finge que não. E simula sair do quarto, Alice faz biquinho e começa a chorar baixinho, em seguida mais alto.

— Oh meu Deus..Vem ca amor da mamãe.— Emíli faz voz de bebe, pegando ela no colo e ela para de chorar.

— Que cheiro é esse? — Emíli pergunta e cheira Alice. — Bernardo. — Falamos juntos. — Boa sorte ai papai. —Emíli fala e saí do quarto.

Praguejo e vou até o berço do Bernardo, o coco sempre fica pra mim. Reclamando? Jamais!

— É filhão, diminuir nas fezes. — Brinco e ele ri. — Nem sabe o que estou falando.— Sussurro pegando o mesmo no colo.








— Sussurro pegando o mesmo no colo

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Penúltimo capito, terá esse e o epílogo. Okay?

Um Homem Mais Velho - Livro 3 Onde histórias criam vida. Descubra agora