Capítulo 18

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Naquela tarde, não consegui prestar muita atenção na aula, a sorte minha era que a aula era de pouca importância, então fiquei na sala pensando no que a delegada Silvia havia me falado no almoço. Não conseguia me concentrar no que o professor explicava, pois, o meu pensamento estava em João e na sua irmã, e depois do que a delegada Silvia havia me contado eu estava com muita raiva com o que eles tinham armado para mim. Eu tinha vontade de levantar e sair daquela sala e ir atrás de João e dar uma bela de uma surra nele, mas se eu faria isso eu perdia toda a razão, pois não era do meu feitio agredir as pessoas.

Fiquei feliz quando o sinal tocou e que a aula havia terminado, então levantei peguei meu material e saí da sala, fui direto a sala dos professores para preparar a aula que tinha que dar à noite. Eu nem ia voltar a república antes do final da minha aula da noite, pois a noite o meu papel era o professor e à tarde eu era o aluno. Este era meu último semestre como aluno, pois eu me formava na metade do ano e depois tinha terminado a faculdade de informática, faltava só pós-graduação, mestrado e doutorado que eu queria fazer e daí sim, poderia ser chamado de gênio da Informática. Porque havia passado quase 6 anos na faculdade como aluno e 4 anos como professor.

Ao entrar na sala, vi que estava só a professora Paula preparando seu material para a sua aula de psicologia, entro na sala e a cumprimento e guardo minha mochila, pego o material que eu precisava preparar para a aula da noite.

O professor Ricardo que havia dado aula para mim a pouco, entrou na sala, assim que sentou ele olhou para mim e perguntou:

— Percebi que você estava longe e prestou pouca atenção na minha aula, está com algum problema?

Penso por alguns segundos antes de responder, em seguida olho para ele e respondo:

— Alguns problemas particulares.

— Se puder ajudar em alguma coisa, é só falar. ─ Ofereceu o professor Ricardo.

— Obrigado professor, mas tudo vai se resolver.

Ricardo levantou e disse em seguida:

— Na hora que precisar é só falar que estamos aí para ajudar, uns aos outros... ─ Ele arrumou alguns papéis e voltou a olhar para mim e disse em seguida: — Mesmo que suas notas em minha matéria sejam excelentes, não deixe que os assuntos particulares interfiram na aula.

— Não se preocupe professor, porque tudo vai ficar bem, foi só uma distração. Prometo que não irá se repetir... ─ Digo e volto a organizar meu trabalho para aula da noite.

— Assim espero... ─ Diz o professor Ricardo e sai da sala.

Alguns minutos depois ele volta a sala, pega suas coisas e diz antes de sair:

— Eu vou nessa. Tchau para vocês, até amanhã.

— Até amanhã professor... ─ Respondo.

Paula também responde, sem tirar os olhos do que ela fazia.

Pego meu celular e vou direto ao aplicativo que havia instalado sobre a câmera da janela do meu quarto, para ver se ainda funcionava, no primeiro toque o aplicativo mostrou as imagens que ela captou, então isso significava que a câmera ainda funcionava. Fico olhando o aplicativo por alguns minutos e vejo o meu carro estacionado no estacionamento e algumas pessoas passando ao lado, coloco o celular sobre a mesa e penso: "Se o aplicativo continua funcionando, então no HD da câmera deve haver alguma imagem de João e da Marcela". – Respiro aliviado, pois o assunto estava encerrado naquele momento e assim que chegasse em casa à noite iria olhar no HD da câmera.

A secretária entra ali na sala e diz:

— Eu estou indo para casa, meu horário de trabalho terminou, vocês vão precisar de alguma coisa antes que eu vá embora?

AMOR A TRÊS - O ENCONTRO.Onde histórias criam vida. Descubra agora