Capítulo 12

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Acordei às 8:30 da manhã com meu celular tocando, meio sonolento, pego ele no criado-mudo e olho para ver quem estava me ligando. Era uma cliente, então desbloqueio o celular e atendo, dizendo:

— Alô, bom dia!

— Bom dia, tudo bem. É o Pablo? – Era uma voz feminina.

Pensei por alguns segundos: "Espero que não seja uma garota querendo se encontrar comigo para transar". Me deito de costas na cama e pergunto:

— Sou eu sim. Quem está falando?

— É do consultório da doutora Isabela. É que você fez uma manutenção aqui nos computadores, algum tempo atrás, e deu uma pane de novo. Então eu gostaria de ver se você poderia vir até aqui agora para tentar resolver o problema. Pois nós temos a lista dos pacientes que vão ser atendidos hoje no computador, e sem ele funcionando fica meio complicado.

Sentei-me na cama, passo a mão no cabelo e pergunto:

— Qual é o problema do computador?

— Ele simplesmente não liga, já fiz de tudo.

— Você desconectou os cabos e os conectou novamente?

— Já fiz isso por duas vezes, mas ele não liga.

— Ok, em meia hora estarei aí.

Desligo o celular, e o jogo sobre a cama, e vou tomar uma ducha rápida para acordar. Em poucos minutos estou pronto, pego minha mochila e confiro se tenho tudo que preciso nela; coloco o celular no bolso, pego a chave do carro e saio.

Meia hora depois, chego ao consultório da doutora Isabela, e encontrou a secretária sentada atrás da sua mesa falando com alguém ao telefone. Ao me ver chegando, ela faz um sinal com a mão para que eu aguardasse um instante, então enquanto aguardo, olho meu celular para ver se não tinha nenhuma ligação perdida ou uma mensagem. Assim que ela desligou o telefone, ela levanta e vem ao meu encontro, me cumprimenta com um abraço e dois beijinhos no rosto e diz:

— Ainda bem que você pôde vir. Se não teríamos que chamar outro, porque hoje temos vários clientes e sem o computador não sei o que faríamos.

— Sua sorte é que hoje ainda não tem aula, pois se fosse amanhã eu não poderia vir. É esse computador aqui na mesa, né?

— É esse sim.

Vou para o outro lado da mesa e sento na cadeira, e começo a mexer no computador. Como ele não ligou na primeira tentativa, pego minhas ferramentas e começo a abrir o computador e, em poucos minutos, o deixo funcionando, pois havia sido só um cabo que havia desconectado dentro do gabinete. Estou guardando as minhas ferramentas na mochila, quando a doutora Isabela sai da sala com uma paciente, ela sorri e fala:

— Espero que consiga arrumar o computador aqui mesmo.

Ela se aproxima, me cumprimenta com um abraço e dois beijinhos no rosto. Então olho para ela e digo:

— Já está consertado, funcionando em perfeitas condições, pois foi só um cabo que se desconectou, coisa simples... que acontece. Mas se voltar a acontecer, vocês me chamam que eu vou dar um outro jeito, porém acho que não vai acontecer mais.

— Que bom que foi coisa simples... ─ Disse a doutora e olhou para a secretária e continuou falando: — Acerta o serviço com o Pablo... ─ Ela voltou para sua sala acompanhada de outra paciente.

Peguei o pagamento, assinei o recibo e saí do consultório.

Ao chegar no estacionamento, antes de abrir a porta do carro, ouço alguém me chamar e olho na direção que ouvi a voz, e vejo Cinthia vindo em minha direção. Ela vestia um vestidinho de alcinha, com uma rasteirinha nos pés, com o cabelo caído nos ombros. Eu conheci Cinthia na época que ela fazia faculdade de medicina e nós havíamos ficado algumas vezes, após se formar ela havia ido se aperfeiçoar fora do país, desde então, não havia mais visto ela.

AMOR A TRÊS - O ENCONTRO.Onde histórias criam vida. Descubra agora