Invisivel | Concluída

Mudanças

— Eu sou muito pouca coisa pra ela! - tá, eu posso ser bonito, as garotas da escola podem correr atrás de mim, posso ser gente boa, divertido, um bom amigo e, como vocês podem ver, sou bem humilde! Mas, cara, ela é uma Hyuuga, herdeira de um dos maiores conglomerados de comunicação do mundo ( e eu não exagero quando falo isso), além de ser admiravelmente inteligente, fofinha e bonita, sim, ela sem aqueles óculos parece ainda mais uma boneca, e enquanto isso eu... Sou eu! Um filho de uma cabeleireira, das boas, mas uma cabeleireira, que trabalho em um lava-rápido de bairro, moro em uma casa simples no subúrbio de Suna, sim eu moro no subúrbio do subúrbio, enquanto ela deve morar em uma puta mansão na área mais nobre de Hokage, logo, a mais nobre de Konoha. Imagina o quanto de playboy rico deve dar em cima dela, afinal ela não tinha amigos, nunca disse nada sobre não ter pretendentes, esse todos melhores e mais ricos que eu.
— Garoto, ela não parece te achar pouca coisa. Reparou que ela não te soltou um segundo? - se reparei? Foi até difícil andar com ela grudada em mim, mas foi legal, ela é toda fofinha, da vontade de abraçar mesmo.
— Ela me vê como um protetor, apenas isso, Sasuke! Eu sou o cara que viu ela sofrendo bullying e a salvou, só isso. - eu não sou nenhum brutamontes, mas com 1,80 m e o bando de músculos que eu ganho fazendo uns bicos de pedreiro e trabalhando no lava-rápido dá pra assustar, fora que as meninas que agrediam ela são caidinhas por mim, fica fácil fazerem elas me obedecerem.
— Ta, mais mesmo que você não fosse pouca coisa como diz, não seria bom, eu digo pra ela, que já tem uma vida bem complicada... - nisso ele tem razão. Parando pra pensar, eu não posso estar sempre com ela, do lado dela. Só se...
— Eu posso ajudar ela! - eu já não fiquei se ensiná-la a se defender fisicamente? Posso ensiná-la a não se abalar pelas meninas e a ser mais notável.
— Como assim? Que que você ta planejando? - Sasuke me olhou desconfiado.
— Ué, eu posso deixá-la mais preparada, mais popular, menos invisível...
— E depois chegar algum "muita coisa" e tu se encher de cachaça e ficar cantando Taylor Swift por aí com dor de cotovelo? - eu posso achá-la fofinha, vulnerável, querer protegê-la, mas daí a gostar dela? Não, né?
— Ei, eu não gosto dela!

"Eu era idiota a esse ponto?"

— Você é idiota a esse ponto?
— Sasuke, eu conheci a menina ontem, não tem como eu gostar dela! - ele tá maluco? Como que eu vou gostar da Hinata se até ontem eu nem sabia que ela existia?
— Ei, porque vocês dois não param de papo? Tem uns trinta carros pra lavar ainda! - Sakura surgiu, me salvando daquela situação, um tanto quanto, constrangedora.
— Estamos indo chefinha... - Sasuke bufou irritado, santa rosinha! - Garota irritada!

Autora on:
— Minato-sama, aqui está a ficha que me pediu. - Kurenai entregou ao loiro uma pasta com todas as informações que tinha de Kushina - Trabalha aqui esporadicamente há dois anos. Mais alguma coisa?
— Não, obrigado! - o homem pegou a pasta e foi para a sala de Hiashi, todo animado. - Cara, eu te amo! Na verdade amo os arquivos da sua empresa! - seu sorriso era contagiante.
— A que devo a declaração? - Minato mostrou a pasta que havia recebido de Kurenai.
— A Kushina trabalha aqui! - parecia uma criança que havia ganho um brinquedo. Sentou-se na cadeira em frente ao amigo que apenas o felicitou.
— Eu disse que um dia você a encontrava... E ai, o que diz nessas fichas?
— Atualmente 38 anos, cabeleireira profissional, trabalha aqui por indicação da sua filha.
— Minha filha? Como minha filha ia conhecer uma cabeleireira?
— Se você não sabe e é o pai dela eu que vou saber? - continuou a ler o arquivo - Mora aqui em Konoha, mas em Suna, subúrbio, tem dois filhos e se se chama Uzumaki Kushina. Além disso nada me interessa muito!
— Dois filhos, qual é o seu?
— Os dois, pelo que eu ouvi no camarim, ela teve gêmeos, um casal! - seu sorriso era radiante, feliz em saber que ao menos ela teve seu filho, aliás, seus filhos.
— Meus parabéns! - Hiashi felicitou o amigo - E agora, o que vai fazer?
— Ainda não sei. Eu só sei que quero conhecer esses dois filhos!