A última carta

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Terras desconhecidas, 18 de março de 2017

Querido Marco,

Isto está horrível. Em uns simples míseros dias, o Toffee voltou com tudo, a minha mãe está exausta, arrasada e está a dar tudo de si para vencer a guerra, pois a maior parte dos nossos soldados... bem, morreram.
Portanto, é oficial: a guerra começou.

Eu sinto que o fim está próximo, não só para mim, mas como para todos daqui e de Mewni. A minha mãe é a única que está a combater, a lutar por algo, verdadeiramente. Eu e as empregadas da casa estamos escondidas, encolhidas, à espera de um milagre que acabe com a guerra.

Desculpa se eu não aguentar, eu jurei para mim mesma que tentaria ser forte e não desistir, mas eu estou mal, sozinha, fraca, triste, perdida.
Espero que tu consigas ser feliz, ao contrário de mim. Sê feliz com a Jackie, cresce e orgulha-te de ti. Forma uma família. Eu ficarei feliz por ti.
Eu nunca deixei de te amar, nem nunca deixarei. Nunca te esquecerei, nem à Janna, nem à Jackie. Tu serás sempre a pessoa mais especial da minha vida. Por mais difícil que fosse o momento, tu estavas lá para mim. E eu estarei lá para ti.
Obrigada por tudo o que fizeste por mim, Marco. Eu ainda não sei como viver sem ti, mas ao menos se morrer, poderei ver-te de lá de cima.
E lembra-te: eu nunca te irei abandonar. Mesmo que não me vejas, mesmo que não me sintas, mesmo que não me ouças, eu estarei a teu lado.

As lágrimas já estão a começar a cair, mas é porque já me confirmei com o meu destino e infelizmente não te voltarei a ver. Espero que a morte não me cause muita dor ou sofrimento. Mas não te preocupes, um dia voltamo-nos a ver. Lá em cima. No céu.

E Marco...  a distância impede que eu te veja, mas não impede que eu te ame.

Com amor,
Star Butterfly

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