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Francine Davis

Aos poucos abro meus olhos, me forçando a ver aonde eu estava e o que tinha acontecido. A iluminação faz meus olhos doerem, mas não me impede de perceber que estou no quarto de hospital por causa de algumas agulhas que tem enfiada no meu braço. Minha garganta arranha implorando por água. Olho para o lado vendo uma jarra de água, mais me assusto quando vejo uma mulher alta, de cabelos castanhos na faixa etária de quarenta e poucos anos, entrando com uma adolescente.

-Não se assuste, sou Joana Green e essa é minha filha Alessa Green. -se apresenta de forma gentil se aproximando na cama. Suspiro aliviada ao ver que ela é da família. Agora vendo ela de perto, vejo que é esposa de Joseph um dos líderes da máfia.

-Quero... água. -minha voz sai rouca, e ela sorrir assentindo depositando um pouco de água em um copo com canudo. Ela trás até a minha boca, o qual sugo o líquido que de imediato refresca minha garganta.

-Assim que fomos informados da bomba, por meio de uma carta ameaçadora que não sabemos ainda de quem é, vinhemos o mais rápido possível. Matteo é importante para nós, como as anotações que está na mãos de Sérgio. -Joana me explica quando o homem que presumo ser Joseph adentra beijando as duas na testa ficando de frente para mim.

-Acabei de falar com todos, informando a situação, mais não serviu muito pois Rachel ficou aos nervos, e amanhã mesmo chegará junto com Cristopher. -diz e eu tento me levantar, mais a dor que sinto faz eu recuar me deitando novamente. As lembranças me invade e me lembro de Fernando. Meu coração se aperta, e meus olhos se enchem de lágrimas só em pensar no que aconteceu.

-E Fernando? Como ele está? Já acordou? -pergunto receosa e eles se entreolham me dando mais ainda medo do que pode ter acontecido com ele.

-Ainda não. Falamos com o doutor, e Fernando foi tão ferido, que nos exames constou que ele possui Hidrocefalia. -Joana me diz no tom baixo, e seus olhos tristes junto com as palavras me atinge sem explicação, fazendo minhas lágrimas descerem pelo rosto.

-O que é isso? Ele pode... morrer? -minha voz falha na última palavra.

-Acontece que ele tem líquido acumulado em uma das cavidades do crânio, causando algumas doenças até que ele faça a drenagem por meio de uma cirurgia. -A tal de Alessa fala e me surpreendo por ser tão nova já saber tanto. Mais só em saber que ele pode morrer, e que isso é perigoso eu desato a chorar. Sinto braços me abraçar, e deixo me levar com o medo querendo me consumir.

-Quero vê-lo. Preciso. Por favor. -peço, imploro limpando minhas lágrimas, mais é impossível pois ela teimam em descer.

-Ele não acordou ainda, você está fraca. Espera mais um pouco. -Joana diz colocando uma mecha de meu cabelo atrás da orelha.

-Por favor...

-Ta, vou chamar algum enfermeiro. -diz Joseph saindo, e dentro de alguns minutos um homem todo de branco entra retirando as agulhas. Me coloca numa cadeira de roda, e me leva pelo corredor, quando estamos no final, ele abre a porta da direita me revelando Fernando que estava com vários machucado, pontos no braço, e nas pernas. Agulhas no seus dois braços, e uma tipóia no lado direito.

-Posso chegar mais perto? Me levantar? -pergunto sem desviar os olhos dele, e o escuto dizer "Uhum".

Sem esperar, levanto, apoiando minhas mãos no seu peito delicadamente. Beijo sua bochecha, e com isso choro mais uma vez ao ver o quanto a bomba tinha o machucado. Não sei por quanto tempo fico alí, mais só em está perto, e ver o homem que eu amo respirando, é o suficiente para mim.

Aliso seu rosto, e sorrio me lembrando da primeira vez que nos vimos. Foi o desastre como ele disse. Estava tão nervosa por ser minha primeira aula, que tomava um café para me alcamar. Porém sem querer quando sair do elevador me esbarrei nele derramando café, e ele também segurava seu café que derramou em mim. Estava tão quente, que saímos os dois pro banheiro para nos lavar. Depois daquilo, rimos e se tornamos amigos.

Velhos tempos. Sinto alguém tocar meu ombro, e me viro vendo Joana que me entregava o celular.

-Rachel quer falar com você. -explica e assinto atedendo.

-Rachel?

-Como está minha filha? Sente alguma dor? Amanhã mesmo estarei aí, e irei acabar com a raça de quem mexeu com você. Pode ter certeza. -diz alterada e rio aliviada, ao saber que ela se preocupa comigo.

-Rachel estou bem. Não precisa vim. A senhora Green com seu marido está aqui. -falo e sorrio ao ver a careta de Joana quando meciono o senhora.

-Falou certo, Joana está aí e não eu e seu pai. Fernanda quer que você mande uma foto de Fernando, e que ligue para ela, está em plantos. Não sei ainda como não infartei com essa vida.

-Não se preocupe, repito. Irei ligar para ela. Estou bem, ta bom.

-Amanhã estarei aí. Irei preparar a mala. Tchau filha. -finaliza a chamada. Entrego ao celular a Joana, quando observo uma enfermeira entrando com uma máscara indo para o lado de Fernando com uma agulha.

-O que é isso? -pergunto e ela não responde, e o mais suspeito que ela não tem nada a identificando. -Não escosta nele! -falo firme e ela vai chegando perto do braço dele, forçando-me agarra seu braço quando ela pula por cima da cama, me dando um chute mais seguro sua perna, o qual no movimento ela larga a agulha.

Joana pega a arma, mais o homem aparece também vestido de enfermeiro, que vem por trás dela tampando seu nariz, que em segundo ela desmaia caindo no chão. Tento socá-la, mais sem querer no momento de distração, recebo uma apunhalada por trás. Caio no chão ao lado de Joana, atordoada, mais sem antes em ver a expressão da mulher de surpresa. Mesmo vendo apenas seus olhos, um sentimento de que a conheço me invade.

-Franci! -ela chama meu nome, e só em ouvir sua voz a reconheço, mesmo sem vê-la a cinco anos.

-Carlota...-minha voz sai fraca quando tento mater meu olhar para ela sem entender porque ela fez isso.

-Vamos! Temos que ir. -o homem diz olhando para todos os lados e ela assente beijando minha testa.

-Nos veremos em breve Franci. Nos veremos... -diz por fim, saindo correndo pelo corredor.

-Corram atrás! Agora! -Joseph aparece vindo ao nosso encontro. Ele pega Joana no colo, enquanto um segurança me pega me guiando até meu quarto aonde estava, me depositando na cama. Joana também fica ao meu lado ainda desacordada.

-Viu quem eles são? Sabe que são eles? -Joseph me pergunta abraçando a filha que chorava, escondendo o rosto no peito dele.

-Não. Não sei quem eles são. -nego incapaz de entregá-la sem antes saber o porque ela fez isso.

-Tem certeza?

-Sim. Tenho. -falo fechando meus olhos ainda muito mais confusa. Minha vida a cada dia fica mais complicada.

Naquele mesmo dia, liguei para Fernanda informando que seu filho estava bem, mesmo depois do nosso atentando. Mesmo dizendo que ficaríamos bem, e que depois de amanhã seria a festa de Sergio, Tyler junto com a mulher e Rachel com Cristopher iram vim para me dá apoio. A exaustão chegou, e dormir pensando no que faria, quando a visse novamente.

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Nota da autora:
Eai minha gente 😍😍
O negócio ta ficando bem quente...
Que comece as teorias...
Como que Carlota conhece Francine?
E da aonde?
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