Capítulo 2

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"Deus dá filhos especiais para pais especiais.

Não é um fardo, é um presente.

Então, não há o que se questionar, e sim, apenas agradecer. "

Fernando Goifer

— O que aconteceu? — Perguntei ao abrir os olhos e sentir a claridade me incomodar

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— O que aconteceu? — Perguntei ao abrir os olhos e sentir a claridade me incomodar. Á cortina branca estava aberta e raios de sol começavam a chegar ao meu rosto, fiz uma concha com a mão pousando sobre os olhos para evitar a claridade.

— Onde está meu filho? — Questionei olhando para meu marido que tinha uma expressão triste no rosto.

Ele fechou a cortina para que os raios não me incomodassem mais e passou a caminhar para o meu lado.

— Ele está com os médicos, estão fazendo alguns exames, em breve poderemos vê-lo — Meu marido explicou segurando minhas mãos, ele deu um sorriso, mas não chegou aos olhos. Téo estava triste.

— O que aconteceu? — Quis saber agitada — O que tem de errado com nosso bebê? Porque não me deixaram pegar ele? Nem ao menos ver?

Estava desesperada, nada aconteceu como eu havia imaginado e ninguém me explicava nada e a cada segundo novas perguntas se formavam em minha mente.

As coisas não faziam sentido para mim, e me sentia angustiada.

Como podia estar tudo perfeito em um minuto e no instante seguinte eu estar tão perdida? Téo não conseguiu responder, pois mamãe entrou no quarto rapidamente, e, pela sua reação, ficou surpresa ao me encontrar de olhos abertos.

Mamãe fechou a porta com cuidado, deu um beijo na minha testa e trocou um olhar cúmplice com meu marido.

Cada vez mais, gostava menos daquilo.

— Alguém pode, por favor, me explicar o que está acontecendo? — Supliquei olhando minha mãe nos olhos — Mamãe, me conta! O que deu errado?

Meus olhos já estavam cheios de lágrimas, que sem que eu percebesse abriam caminhos pelas minhas bochechas.

Erick não podia ter morrido.

Eu tinha ouvido meu filho chorar... Ele estava bem, e vivo. Eu sabia disso. Mamãe se aproximou com uma expressão desolada no rosto.

— Vai ficar tudo bem, querida. — Tentou me acalmar, entretanto suas palavras surtiram o efeito contrário.

— Como você está, amor? — Téo perguntou passando o indicador por meu rosto. Fazia carinho entre meu queixo e têmporas em um sobe e desce que me fazia sentir um pouco mais confortável. Ele sabia que eu amava aquilo.

— Ficarei bem quando souber o que aconteceu com o Erick. — Respondi impaciente virando o rosto para o lado contrário onde meu marido se encontrava. Ele suspirou.

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