Capítulo 4

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Sabe aquele momento que todos os seus sonhos, tudo que você planejou para sua vida se esvai, e só fica a sensação que tudo está acabado, que a felicidade nunca vai chegar, e a perspectiva do futuro e cada vez pior. E assim que me sinto agora, um lixo, um objeto que foi vendido, e que não tem direito a opinião.

Meu sonho de encontrar meu príncipe encantado acabou, estou com o casamento marcado com um noivo que não sei nem o nome, não sei o que vai ser de mim, nem da minha vida, não sei nem se vou viver no Brasil, se um dia poderei ver minha família novamente, pode ser eu nunca conheça minha irmã. Mais lagrimas escorria pelo meu rosto.

Como será meu futuro marido, Será que vai me bater ou querer sexo comigo? Claro que vai querer sexo já que o combinado e ter filhos para dar continuidade nos negócios. Como vou entregar minha virgindade a uma pessoa que eu não amo, sempre e tive muito orgulho de me preservar pura para meu amado. Hoje me sinto patética, o Ricardo meu paquerinha de escola sempre quis me beijar, eu nunca deixei pois até isso queria guardar para meu príncipe, e tudo isso para que? Para me casar obrigada.

Não tenho como fugir do que meu pai planejou para mim, mais tenho certeza de uma coisa, isso não vai ficar assim, ainda vou dar a volta por cima, e fazer meu pai pagar por tudo que está fazendo, a mim, minha mãe e meus irmãos

Estava perdida em pensamentos, quando a porta se abriu, e apareceu a figura de um homem desprezível, todo vermelho e sem camisa, até seu cheiro me deixou enjoada, nesse momento me deu conta de que minha mãe não estava com ele.

-Cadê minha mãe e o que você fez com ela? – falei já pensando em todas as coisas que ele poderia ter feito.

- minha princesa fiz com ela o que tenho feito a 17 anos, comi ela bem gostoso, acho que ela vai ter um pouco de dificuldade para andar hoje, com o passar dos anos ela está ficando mole, nem aguenta mais meu ritmo, mais logo ela se recupera- disse isso com um sorriso convencido no rosto.

Me deu nojo de pensar tudo que ele pode ter feito com minha mãe, ainda por cima ela estando gravida de 4 meses, minha vontade era sair dali e ir socorre-la, porem aquele monstro estava estaqueado no batente da porta, frustrando todas as formas de fuga daquele quarto

-Minha filha, minha visita aqui não e para te contar como foi foder a sua mãe, quero saber sua resposta e saber qual dos meus filhos devo levar – fez uma pausa, depois continuou. - você ou aquele pirralho.

O silencio que se estendeu no quarto, um silencio que poderia ser cortado com uma faca, após alguns minutos aquele monstro se exaltou e deu um soco na porta do quarto, deixando um buraco na mesma – estou esperando sua resposta.

-e.e.e.eu vou com você, eu me caso. – disse essas palavras aos prantos, mesmo assim consegui forças para continuar falando – mais tenho duas condições.

Meu pai me olha como se eu tivesse duas cabeças, joga a cabeça para trás e dá um gargalhada, que faz os pelos da minha nuca se arrepiarem.

-Minha filha isso em nenhum momento foi uma negociação, te dei duas opções, e elas não estão abertas a mudanças, porém você me deixou curioso, me diga que suas exigências? – disse com um ar de divertimento

- primeiro quero que você se separe da minha mãe, e a deixe em paz, para ela seguir a vida sem ter medo de você. – fiz uma pausa para criar coragem e continuar. - A segunda que você comece a pagar uma pensão para ela não precisar trabalhar tanto, já que pelo visto dinheiro não é problema para você.

Assim que terminei de falar ele veio se aproximando de mim, a cada passo que ele dava em minha direção eu dava um para trás, até que encostei na parede, ele agarrou meus braços e me sacodiu com força.

- eu nunca, NUNCA está me ouvindo – balancei a cabeça concordando, com medo de que ele possa me bater de novo. – vou me separar de sua mãe, se ela pensar em chegar perto de outro homem, eu mato ela e seus irmãos- fiquei com mais medo pois sabia que ele tinha coragem de cumprir sua ameaça – e se ela quer dinheiro que vá pedir nos semáforos ou nas portas da igrejas, como a imprestável ne morta de fome que sempre foi.

Assim que acabou de falar me empurrou, bati no espelho do guarda roupa, que se estilhaçou no chão.

- agora sua imprestável arruma uma muda de roupa, que já estamos de saída. – disse e saiu do quarto trancando a porta

Assim que vi a porta fechada me deitei no chão, encima dos cacos de vidro e chorei. Agora não tinha mais volta, minha vida tinha acabado.

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Vendida à um DesconhecidoOnde histórias criam vida. Descubra agora