Capítulo 48 ( Amanda

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 Estou em um lugar muito bonito com imensas arvores e coloridas flores, que de onde estou sentada consigo sentir o cheiro delas, o canto dos pássaros nas copas da arvores deixa o ambiente mais calmo, estou sentada em um balanço, olho em volta e vejo crianças brincando em uma roda outras em uma gangorra.

Logo sinto braços me apertando, olho para o lado e vejo minha mãe. A emoção é tanta que uma represa se rompe em meus olhos, e a abraço com tanta força que meus braços até doem.

- Ah minha menina – sua voz me acalma

Minha vontade é de nunca mais sair desse aperto

- você tem que ser forte – ela diz afrouxando seu aperto – um dia isso vai passar e você ainda vai ser muito feliz

- feliz como mãe, não quero mais voltar para lá, quero ficar aqui onde não tem dor nem sofrimento – ela me abraça de novo

- tudo isso passa filha e só o amor vai prevalecer

Sinto uma brisa suave balançar meus cabelos, com o passar do tempo o vento vai se intensificando até De repente começa uma ventania vejo as coisas começarem a voar, as crianças saem voando pelo céu, os brinquedos, as flores e as arvores. Abraço minha mãe apertado porem sinto uma força muito grande a puxando de meus braços, e antes de ela ser levada pelo vento escuto ela me dizer – te amo

Quando o vento para vejo que estou em um deserto, uma sede grande começa a dominar meu corpo, caio no chão porem vejo que meus joelhos estão machucados, olho para minhas mãos e vejo sangue, logo outra ventania começa, diferente da outra essa me atinge fazendo com que a areia bata em mim, me fazendo sentir dor, não consigo abrir os olhos pois os mesmo estão cheios de areia, sinto ardência em meu rosto pois o contato do vento está me esfolando. Escuto meu nome ser chamado, mais não vejo de qual direção.

Escuto novamente e dessa vez mais nítido, sou arremessada de um lado para o outro, fazendo com que meu corpo doa mais

Logo tudo acaba, o vento para e estou em um lugar escuro, abro os olhos com cuidado, e a luz me ofusca, fecho os olhos com força, e os tento abrir de novo, porém somente um olho me obedece, viro a cabeça com cuidado e vejo que estou em uma sala branca, em algum hospital ou algo assim.

Logo a visão de Cíntia entra em meu campo de visão. Ela se levanta da cadeira no canto da sala e vem até meu encontro

- que bom que você acordou – vejo seus olhos vermelhos, provavelmente ela esteve chorando

- onde estou – digo com dificuldade por conta da boca seca

- calma você está bem vou pegar água para você

Vejo a mesma sair do quarto, olho em volta e vejo que estou em um quarto branco, porém não parece um hospital, olho para a parede oposta de onde estou e vejo o símbolo da máfia

Sinto algo no meu braço, olho para meu pulso que esta enfaixado e logo acima um acesso para o soro, tento ler o que está escrito porem não consigo abrir o outro olho para ver melhor.

Levanto a outra mão e passo sobre minha boca, logo franzo a testa de dor, meu rosto inteiro doe

- não faz isso – assusto com a voz de Cíntia

- o que aconteceu – digo enquanto a vejo colocar água em um copo

- O Blancy, você lembra o que fez para ele? – pergunta me dando água

Balanço a cabeça em negativa

- ele te bateu, porque você o acertou no meio das pernas, se não fosse os seguranças ele teria te matado. – vejo tristeza em seu olhar

Vendida à um DesconhecidoOnde histórias criam vida. Descubra agora