Capítulo 5

1.4K 133 5
                                    

Mônica

Eu não sabia onde a gente estava, mas sabia que não sairia daqui facilmente.

Eu estava a dois dias dentro desse quarto com a Júlia, no quarto há uma janela pequena na parte superior da parede, ele é coberta por grades e não consigo nem ver lá fora direito.

Júlia tem sido forte por nós duas, enquanto eu me acabo de chorar, ela se mantém calma.

Ela reza a todo momento e eu a acompanho orando do jeito que sei.

Ninguém vem aqui a algum tempo, abre a janelinha da porta e jogam uma sacola com biscoito de água e sal e garrafinhas de água. É isso que tem nos mantido viva.

Há um vaso sanitário no canto da sala, não há chuveiro e eu me sinto suja.

Não tomo banho desde que fui sequestrada, meu corpo fede e meu cabelo está ensebado.

Júlia está do mesmo jeito, nossas roupas estão sujas e fica a cada dia mais difícil conviver desse jeito.

Estou encostada na parede ao lado da Júlia que reza o pai nosso mais uma vez, minha cabeça está apoiada na parede e olho para o teto do quarto.

A porta se abre e dois homens jogam uma menina no chão do quarto.

A menina está desmaiada e eu e a Júlia levantamos rápido para ajudá-la.

Um corte na cabeça da menina sangra e Júlia se assusta com a quantidade de sangue que saí.

— O supercílio dela rasgou, preciso de um pano e álcool para esterilizar a ferida. - falo assumindo o que estou sendo treinada para fazer.

— É muito sangue, Môni... - Júlia fala e cobre a boca evitando vomitar.

— Peguem alguns coisa antes que ela tenha uma hemorragia e além de sequestro, vocês sejam acusados de homicídio.

Oa dois se entre olham e saem da sala e eu bufo, olho em volta para o que pode ajudar e aponto o lençol de um dos colchões.

— Rasga um pedaço do lençol e me dá rápido. - minha blusa, que eu tinha usado para estancar o sangue, está encharcada e eu troco pelo lençol que Júlia me dá.

A porta se abre e os dois caras me dão o que eu pedi, começo a estancar o sangue e limpo a ferida.

— Ela precisa de pontos, pelo menos sete pontos. - falo mas eles não parecem entender — Ela não vai parar de sangrar se não fechar a ferida.

Eles levantam e saem do quarto, uso o álcool para tentar acordar a menina e ela acorda meio tonta.

— Shiii, calma, tá tudo sobre controle. - sigo quando ela tenta levantar — Você abriu o supercílio, mas eu já estou cuidando disso.

Os dois rapazes entram no quarto acompanhados do Gustavo, que olha com nojo para a situação.

— Que merda, hein. Vocês precisavam jogar a menina? - os caras abaixam a cabeça e Gustavo me olha — O que precisa pra fechar o corte?

Eu digo o nome de todos os materiais que vou precisar e aonde comprar.

Os caras saem e Gustavo nos olha, enruga o nariz e encara meus olhos.

— Depois que resolver isso, vocês vão tomar um banho. Estão fedendo e parecendo que acabaram de sair do lixo.

— Nossa, me desculpa! Eu deveria parecer uma princesinha estando a dias sem banho? - soou mais irônica possível e Gustavo me sorri

Amor Por Sorte - Série Loucas Para Amar #2Onde histórias criam vida. Descubra agora