Capítulo 26 - 2 cats... one boy...

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Finalmente! Natal! Véspera de Natal. 24 de Dezembro. Sonhos, bolo rei, aletria, tudo invade o ar da casa. As luzes coloridas piscam nas molduras das portas e da janela. A neve cobre toda a superfície londrina. É Natal.

A mãe está atarefada na cozinha, a fazer o jantar. Só três mulheres a festejar o Natal. A minha madrinha não pode ficar cá por causa da minha avó, que está doente. Eu estou a tratar de enfeitar a mesa, a mãe está na cozinha e a Daisy... bem... a Daisy está a ver "Sozinho em casa 3" na televisão. A ajuda dela é muito preciosa. 

Às onze da noite, a Daisy vai festejar o vigésimo segundo aniversário do seu namorado parvo. A mãe vai deitar-se, porque amanhã vai trabalhar. Por sorte, hoje conseguiu passar umas horas em casa. 

Como não quero ficar sozinha, sem fazer nada, vou ter com o Niall. Ele disse que por volta das onze e meia estava em casa. 

***

O Niall já está em casa quando lá chego. Ele está completamente adorável. Uma camisola branca, com a gola verde. Um casaco cinzento, calças de ganga escuras e uns ténis cinza e brancos. O seu cabelo está completamente despenteado e os olhos azuis brilham.

- Feliz Natal... - ele adianta-se e chega-se a mim, beijando os meus lábios - Sabes como é, azevinho. - Niall aponta com os olhos para o cimo da porta, onde cinco folhas verdes com pequenas bolinhas vermelhas estavam presas sobre a moldura da porta.

- Tenho uma coisa para ti... Duas coisas. - ele avisa.

- Oh, eu só tenho uma coisa. - fiquei triste.

- E já tens muito. - ele garante - Anda, anda ver.

A minha mão é agarrada pela dele e Niall puxa-me para a sala. Debaixo da árvore estavam quatro embrulhos. Um dos embrulhos dizia "Harry", o outro "Zayn" e o terceiro "Melissa". O Liam disse que já cá tinha vindo buscar a sua prenda. Como é que o Niall terá comprado as coisas?

- Este é para ti. - Niall oferece-me uma embrulho com quatro buracos na tampa e que se mexe. Ok?

Depois de abrir, o meu coração enche-se de ternura ao ver o pequeno gatinho preto deitado no meio de um cobertor já esfarrapado com as pequenas unhas do gatinho. Não perco tempo em sentar-me no cadeirão, com a caixa no meu colo.

O gatinho cabe-me nas duas mãos juntas e o seu miado baixo e curto é das coisas mais fofas que eu já vi. Oh! Ele lambe a ponta do meu dedo enquanto eu acaricio o pequeno nariz cor-de-rosa do gato.

- É fêmea. - Niall informa - Anda um gato a ronda o jardim da minha mãe e soube há dias que ele teve uma ninhada. Lembrei-me logo de ti. - ele explica - Ah, e houve outra coisa que trouxe do jardim da minha mãe.

Por segundos, ignoro a pequena gata na minha mão e presto atenção à mão que o Niall tirou de trás das costas com uma rosa. Eu devia ter adivinhado.

- Eu sei que gostas de rosas. Dá para ver pela cor do teu quarto, do teu diário, do teu telemóvel, do vestido que tens agora, do teu computador, dos teus cadernos... - Niall enumera parte das coisas que tenho com a cor rosa.

- Niall. - só consigo gesticular esta palavra - Já sei que nome vou dar à gata! - exclamo e ele senta-se no puff ao lado do cadeirão.

- Pink? - ele pergunta, retoricamente.

- Sou assim tão transparente!? - rio. Tinha pensado mesmo nesse nome.

- És. - ele concorda - Por isso dei-me ao trabalho de comprar uma coleira com esse nome. Está na caixa... ou pelo menos estava. 

Niall procura por entre as dobras do cobertor e encontra uma coleira cor-de-rosa com brilhantes. Uma pequena medalha dourada tinha escrito a letras pretas "Pink" e estava pendurada na coleira. Ele prende-a ao pescoço fino da Pink e ela logo começa a ronronar.

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