20th • SHARING

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— Vou te mostrar a casa — Noah disse, me tirando dos meus pensamentos ansiosos sobre como seria o fim dessa noite.

— Ok — eu o segui pelo tour.

O andar de baixo eu só não conhecia o escritório – a porta trancada na sala –, o quarto de Crystal e Iza – que era a cozinheira – e os dois banheiros que tinham. Subindo as escadas havia um corredor enorme.

— Inicialmente a casa tinha oito suítes, mas meu pai botou tudo abaixo e fez quatro quartos maiores, um para ele, um para o meu avô, um para o Mike e um para mim — Noah explicou.

— Hum... — o que eu podia dizer? O meu amigo era podre de rico e eu e os outros não fazíamos ideia.

— Aqui também tem uma sala de jogos e uma pequena biblioteca particular — ele coçou a nuca.

— Por que nunca falou que morava aqui? Esse lugar é incrível...

— Não gosto de contar vantagens sobre minhas posses... — ele deu de ombros, com um meio sorriso —  e eu não moro aqui, meu pai mora.

— Onde você mora? — perguntei enquanto andávamos pelo corredor.

— Do outro lado da rua — olhei pra ele com cara de tédio.

— Não mudou muita coisa...

— Tá certo... Não é um grande segredo, não me incomodo de saberem, mas o assunto nunca surge e eu nunca comento sobre, não quero passar a impressão errada. Só o Nick sabe.

— E agora eu.

— Agora você — ficamos em silêncio por um tempo — quer ver o jardim dos fundos?

— Quero, mas não estamos em alerta de tempestade?

— Sim, mas o jardim é coberto — ele explicou — como uma estufa — e assim fomos para lá.

Era um jardim cheio de plantas e flores lindas, era belo até demais, a grama era perfeitamente aparada e tinha uma árvore no fundo que saia pelo teto. As paredes de vidro possibilitavam a vista para o jardim externo, mas mal dava para ver, já que a chuva batia com força no vidro.

Noah nos arrastou para dois balanços que tinha no canto

— Seus pais são divorciados? — perguntei.

— Sim. Quando o Mike tinha três anos. Agora ela mora na Groenlândia.

— Ah, você já morou com sua mãe?

— Lilly... Eu confio muito em você, então aqui vai: minha mãe traiu meu pai, era absolutamente horrível comigo e... já bateu no meu irmão — ele falou baixo com os olhos fixos no chão — não estamos nos melhores termos, e, dependendo de mim, nunca mais vamos nos falar.

— Aí meu Deus! Me perdoa, eu não sabia...

— Nada não, ela não me afeta. Não mais. Sempre foi péssima — nós dois sabíamos que aquilo era mentira. Ele parecia ainda muito magoado.

— O que mais tem pra fazer? — tentei mudar de assunto e deixar o clima mais leve.

— Podemos comer algo, na verdade foi até meio chato não oferecer nada.

— Não tô com muita fome, mas vamos.

— Não tô com muita fome, mas vamos

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[2/3] - mini maratona

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xx, izzy

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