Capítulo três.

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Eu não sei como reagir. Até porque eu nunca sei como é amar alguém. Já me esqueci...
-Mas... Eu entendo se você não gostar de mim. Alem do mais, você tem tempo pra pensar. Eu... Não sou exigente.
Não respondo.
Você gostar de mim... Não precisa ser exigente mesmo.
Eu sou tão... Argh... Eu não presto pra a vida.
Mas fazer o que?
Não sei se alguém já me amou... Não. Definitivamente não.
Eu me sentia tão só. Até porque eu era.
Me sinto um lixo... A menina não me fez nada e eu já estou atacando...
Eu não sei como me sinto em relação à isso... Não sei organizar meus setimentos. Mas não posso negar... Eu gostei.
Olho para ela. Que está parecendo um pimentão.
Seguro o seu rosto e a beijo de novo.
O que eu digo...? Fala alguma coisa Wendy... Fala algo! Fala!!
-Eu gosto de você também. - eu disse.
Só? Foi só isso? Isso é o seu melhor? Pelo amor.
Sei que não foi grande coisa. Mas ainda tenho que saber ao certo... A minha sexualidade... E se eu a amo também.
Argh. Ela está me fitando. Evito olhar diretamente para seus olhos.
Ela se deita na cama.
-Sabe... Eu sempre tive medo de me assumir. Mas agora que não tenho minha mãe nem meu pai... Não ligo para a opinião alheia. - ela diz
Fico pensando nisso. Até que faz sentido.
Eu me deito ao seu lado.
Começamos a assistir "Your Name" na Netflix.
Passo todo momento sentada. Com Alicia abraçada em mim.
Aposto que ela colocou esse filme só para amolecer meu coração.
Bem... Animes podem ser emocionantes sim. Mas, particularmente... Aquele não é tanto.
Ou é.
Quando o filme finalmente acaba, já está de noite. Olho para Alicia.
Dormindo. Tão linda, mas tão abandonada. Tão fofa... Mas tão... Argh...
Não quero atrapalhar seu sono. Então me deito devagar, ainda com ela em minha cintura. E acabo adormecendo.
Acordo... Sozinha.
Me levanto. Vou até o banheiro. E....
-A...Alicia?
Alicia estava deitada no chão. Remédios... Facas... Sangue...
Ela havia se matado.
-ALICIA!!! ALICIA NÃO!!
Me deito perto dela. Começo a balança-la. Nada.
-ALICIA ACORDA!
Vejo seu coração...
Nada.
Ela se matou.
-ALGUÉM ME AJUDA...!!!! ALICIIAAAAA!!! - grito por ajuda.
Uma enfermeira aparece. Vê o que está acontecendo, me empurra para longe e leva a Alicia.
Tudo minha culpa. Tudo minha culpa. Tudo minha culpa. Tudo minha culpa!!!!!!
Vou até o quarto. Vejo um papel.

Wendy,
Sei que agora que está lendo essa merda de carta já vou ter morrido. Mas fazer o que? Não há nada a se fazer.
Seja forte, sua vadia.
                                                           Alicia.

Porra... Eu matei uma menina...
Eu matei.... Eu matei.
Começo a ter um ataque de pânico.
Perco a respiração. Só escuto vozes me dizendo "ASSASISINA." "INÚTIL"
Até que tudo fica escuro.

Acordo em uma cama.
-Acordou. Finalmente, não aguentava mais olhar você dormindo. - disse uma voz familiar.
Quem é?
Me levanto.
Johnny.
-Merda ... - me lembro do ocorrido. E começo a chorar.
-Ei... É brincadeira... Não queria te fazer... - ele para de falar.
Ele se sentou na cama.
-Vai ficar tudo bem. E se não ficar... - ele levantou meu rosto para eu conseguir vê-lo. -... Eu vou ficar junto de você. Até o fim.
Eu olho para ele, que faz o mesmo.
E adivinha.
Ele também me beija.
Nós paramos por falta de ar.
Ele me colocou encostada na parede.
O moreno pega alguma coisa em sua gaveta. E me entrega.
-Toma... Eu comprei pra você hoje... Mas não sabia como entregar. Mas ta aí. - ele sorri docemente.
Abro a pequena caixa.

-Eu acho que você é minha melhor amiga

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-Eu acho que você é minha melhor amiga... Eu gosto muito mais de você do que de qualquer outra pessoa. - disse ele sorridente
-Ah... Johnny... Eu .... Eu amei... - eu disse abraçando ele.
Depois do abraço, ele segurou meus ombros e me beijou.
-Eu te amo. - disse Johnny.

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