Capítulo 6

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Eu estava em um bar, sozinha. Eu estava decidida a sair dali com algum cara, eu bebia e bebia tentando afogar todas minhas angústias e mágoas, minhas tristezas e insegurança.
Um homem sentou ao meu lado e começamos a conversar, eu já havia bebido tanto que nem sequer lembrava o nome dele, ele me chamou para irmos até a casa dele. Eu estava jogando tudo para o ar, queria que o mundo todo fosse se foder. Eu estava no meu limite para conseguir continuar como a santinha, como a garota correta que eu sonhava em ser desde pequena, e de fato consegui ser ao decorrer dos anos. Ele me chamou para ir até sua casa e eu de imediato aceitei sem pensar e pelo efeito da bebida.
Estávamos saindo do bar, ele colocou seu braço e volta da minha cintura e me levou para um beco, me encostou na parede e tentou me beijar. Eu negava as suas tentativas de beijos.

- Olha, acho melhor eu ir para casa, não estou me sentindo muito bem e... - digo já com a voz trêmula

Ele me olha e dá risada.

- Olha gatinha, estamos aqui então vamos aproveitar, eu vou.- me disse enquanto tentava enfiar a mão por dentro do meu short.

Estou apavorada, com medo e não consigo conter as lágrimas que logo escorrem por meu rosto, e ele me olha no rosto e diz:

- calma bebê, não vai doer nadinha. Prometo ser cuidadoso com você. Mas se você gritar, vou te machucar. MUITO.

Aquilo me apavorou muito, e eu só queria sair dali, eu tentava afasta-lo mas ele tinha mais força que eu. De repente vejo alguém entrando no beco com todo ódio dentro de si, era ele, era tobías.

- Ellen? - ele pergunta e quando vê que realmente sou eu e que estou apavorada e chorando, grita- O que você está fazendo com ela seu verme? Largue-a agora, a menos que queira morrer.
O homem logo me larga e caminha devagar em direção de tobías, começa a dar risadas e mais risadas.
Tobías, tira de seu casaco um tipo de Adaga prateada. O homem se afasta e diz para eu ir embora dali, diz que estava apenas brincando comigo e que não me faria mal algum.
Saio correndo para os braços de tobías, o abraço e lhe peço para que me tire dali. Ele não me larga nem por um segundo , se mantém perto de mim todo o tempo e diz:

- Me perdoe, Ellen. Eu não devia ter te deixado sozinha, meu erro podia ter custado caro, você podia ter ser machucado, me perdoe. - disse à mim

Ele me diz isso e fico sem entender bem, mas relevo, como ele poderia ter me deixado sozinha se não estava junto a mim? Na verdade faziam dias que não o via. Eu relevei o que ele tinha dito, e perguntei:

- Como você sabia que eu estava ?

- senti uma angústia enorme, apenas segui meus instintos, e graças aos céus os segui. Ellen, prometo não te deixar sozinha, não posso cometer o mesmo erro novamente. - ele franziu a testa e pôs a mão no rosto.

- O que você quer dizer com " cometer o mesmo erro novamente", Tobías? - pergunto sem entender nada

- Deixe isso pra mais tarde, preciso te levar para casa, você precisa estar em segurança.

Ele disse enquanto abria a porta de um carro, o dele. Eu entrei sem dizer nada, apenas o obedeci, afinal, ele havia me salvado.

Chegamos em frente de minha casa, e ele disse:

- Precisamos conversar amanhã, às 20hrs eu venho te buscar, certo?

- certo...Tobías, obrigado...Eu fui burra e...- respiro fundo e tento segurar minhas lágrimas novamente.

- Ellen, não se preocupe, apenas entre e descanse, e por favor não faça mais besteiras. - ele disse com um ar sério.

Saio do carro e fico em frente da porta do prédio, o olho por alguns segundos dentro do carro, ele dá um pequeno sorriso meia boca, eu retribuo e entro.

Fly: Sinta-seOnde histórias criam vida. Descubra agora