Fly: Sinta-se

Capítulo 17

   O seu abraço era como um dia de frio, como ficar deitada assistindo um filme de comédia em um dia chuvoso e dar gargalhadas, era como se eu fosse ao céu e voltasse, era reconfortante.

   - Me perdoa, meu amor.

Abro um sorriso e não digo uma palavra sequer, apenas o olho nos olhos e o puxo para um beijo cheio de desejo, meu corpo o queria, minha alma e a sua se tornavam apenas em uma.

- Parece que os pombinhos vão longe. - risada nasal

   O susto que levei foi na proporção da minha raiva no momento. Tobias, entretanto, pareceu não se importar  muito e apenas revirou os olhos. Era o loiro bonito e extremamente branco que estava ao lado de Theliel hoje mais cedo...

- Vini, inconveniente como sempre. - diz Tobias

   Mas quem diabos é Vini, e por que está na minha casa (novamente)?

- Theliel tem novidades. -Diz

- Onde ele está?

- Na cabana com Alice e...bom, um convidado. - Diz Vini com ar de mistério

- Convidado? Mas quem? - perguntou Tobias

- Você  vai ter que ir ver.

   Eles falavam como se eu nem estivesse naquela sala, as pessoas igonrarem minha presença me irrita, e por algum motivo esse Vini me irritava mais ainda.

- Desculpa, interromper os dois mas, alguém pode me explicar...??

Vini andou até mim, parou em minha frente, e com uma mexa de meus cabelos em sua mão disse:

- Por quê  nao vem com a gente e descobre, princesa? - enfatizou na ultima palavra e deu uma leve puxada.

Princesa? Quem ele acha que é para poder me chamar assim? Eu já estava extremamente irritada, Tobias, invés  de estar furioso estava sorrindo como se achasse graça nisso tudo, mas com certeza iria junto, já estava farta de ficar de fora, de nunca saber nada ou não ajudar em nada.

- Sem chances.

Já nao sorria mais e seu semblante havia fechado.

- Não adianta, Ellen. É perigoso, chega de aventuras, não acha? - Disse enquanto me olhava sem expressão alguma, ele estava sério.

- Vamos, Tobias, Alice e Theliel estão nos esperando.

Sem me dizer mais nada, Tobias ja estava na porta indo embora.

Vini caminhou até  a porta, e mesmo de costa para mim pude ver seu sorriso extremamente irritante.

- Até logo, princesa.

   Sua beleza era muita, mas seu dom de me irrirar era maior ainda.

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   Eram quase 22:00 da noite de uma sexta-feira, eu não conseguia parar de pensar em como o dia foi horrível, nunca aconteceram tantas coisas em um só dia na minha vida, a não ser quando eu tinha 13 anos e estava no fundamental, Lúcia e eu éramos grandes amigas, andávamos para todos os lugares juntas. Um dia ( justo no meu aniversário ) decidimos ir até uma cachoeira mergulhar sem a permissão de nossos pais, a cachoeira era perto de nossa escola e muitos alunos iam lá depois da aula,Lúcia decidiu subir em algumas pedras altas para pular na água e me chamou, o problema era que até chegar  nas pedras tínhamos que subir um barranco. Havia chovido na madrugada daquele dia, vários fatores indicavam que aquilo nao era uma boa idéia  mas nós não nos importavamos. Subimos metade do barranco e quando estávamos quase no topo, tudo começou a deslizar e nós duas caímos de uma bela altura.

Isso resultou em: duas garotas com um braço quebrado e vários  dias de castigo.