O Pai da Minha Melhor Amiga

Grávida (outra vez)

Lucas Arriaga

Um ano e seis meses depois

— Breno vem cá —  chamo meu filho, que com quatro anos já está muito sapeca.

— Vem cá por favor — ele corre por toda sala, e eu tenho que ir atrás. Ele não quer tomar banho.

Sophia está na faculdade, ela está a quatro meses do final, e isso é tão bom.
Ela ficou grávida muito nova, e de alguma forma eu me sentia culpado por ter interrompido os sonhos dela, mas finalmente está tudo se encaixando. Em breve ela irá terminar a faculdade e logo em seguida trabalhar no que tanto sonhou.

— Finalmente — falo quando consigo alcançar o Breno. Carrego ele no colo até o banheiro do quarto dele.

Estou completamente molhado. Dar banho nesse garoto é uma missão é tanto. Ele consegue me deixar ainda mais molhado que ele que está tomando o bendito babo.
Sinto um Flash e me viro para a porta do banheiro. Sophia está rindo da cena.

— Graças a Deus você chegou — falo para ela que termina de dar banho nele.

Vou para cozinha e bebo um pouco de água, fico por aqui mesmo e depois de alguns minutos Sophia desce

— Ele dormiu — fala sorrindo, e que sorriso lindo.

— Você imaginava? — pergunta.

— O quê?

— Que nós dois teríamos algo sério, que nos casaríamos, teríamos um filho. Sabe, eu imaginava uma vida perfeita, um marido da minha idade — nesse momento rimos — Filhos, um status incomparável, mas nunca imaginei que te conheceria, que teríamos uma relação conturbada, um casamento imprevisível e um bebé lindo.

— Você tem razão, depois que me separei da mãe da Cris só tive casinhos com mulheres que eu nem sequer lembro, eu fazia aquilo para me sentir bem, ou para me satisfazer, não imaginava que um dia iria encontrar uma mulher linda, admirável, que eu amaria até o último dia da minha vida — falo e a abraço.

— Eu te amo — falo.

— Eu também te amo, muito.
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Estou terminando de me arrumar, são oitos horas e Sophia já saiu para a faculdade e Breno para o Centro Infantil.
Aqui estão apenas a empregada e a babá do Breno, ambas senhoras com mais ou menos 45 anos. Minha esposa super ciumenta escolheu sabe cuidar dos seus interesses.

Termino e desço as escadas sem muita pressa, me dirijo a garagem e entro no carro, quando coloco minha pasta de documentos no banco da carona vejo uma caixa branca que eu tenho a certeza que não é minha.

Abro a caixa um tanto que receoso.
Ela contém sapatinhos de bebê e um macacão pequeno branco com as escritas New baby coming em amarelo, nesse momento percebo o que está acontecendo, eu vou ser papai mais uma vez.

Fico tão emocionado que minha única vontade é abraçar e beijar a Sophia e agradecer por ser tão maravilhosa.
Não posso esperar até ao final do dia, então mudo o meu destino, dirijo até a faculdade da Sophia.
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Estou na sala de espera, por sorte, a primeira pessoa a quem perguntei disse que conhecia ela e que ia chamá-la para mim.

Finalmente a vejo caminhar em minha direção, não aguento esperar e vou até ela. Nos abraçamos forte por alguns minutos sem dizer nada.

— Eu te amo — falo.

— Eu também te amo.

— Obrigado por isso meu, eu agradeço a Deus todos os dias por tê-la. Eu acho até que não mereço, mas muito obrigado Sophia. Eu não vejo a hora de pegar no colo nosso segundo bebê. Estou tão feliz. Você é tão perfeita. Eu te amo tanto.

— Eu também te amo mais que tudo meu bem. Você e nossos filhos são a minha família.