Capítulo 20

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- Não acredito que terei um bebê. - Digo olhando para o segundo teste em minhas mãos.

- Não acredito que serei vovô. - Diz meu pai. - Até que enfim graças a Deus.

Um bebê? Não sei o que sentir nesse momento. Estou tão apavorada, quanto surpresa.

Até ontem eu achava ser estéril. Hoje, cai essa bomba sobre mim. Serei mãe.

-  Estou com medo. - Assumo.

- É normal meu bem. - Diz papai sentando ao meu lado. - Quando sua mãe me contou que estava grávida, fiquei louco. Me veio tantas coisas em mente.

- O que por exemplo?

- Eu seria um bom pai? Saberia cuidar de um ser tão pequenino? E se eu te deixasse cair? Se engasgar com comida, o que faço? - Questiona. - Essas são apenas algumas perguntas, irão surgir várias outras.

- Passei tanto tempo sonhando em ser mãe. - Digo. - Mas achava que não poderia, agora que meu sonho se tornou realidade, estou com tanto medo.

Papai me abraça forte, e beija meu rosto.

- Você não enfrentará isso sozinha. - Diz. - Você tem muitas pessoas que se importam com você, e que estarão ao seu lado para qualquer coisa.

- Philip ficará louco quando ficar sabendo. - Digo suspirando.

- Graças a Deus não é de Vincent.

- Pai! - Reviro os olhos com irritação.

- O quê? - Pergunta. - Você está tão próxima a ele que achei que era dele.

- Vincent é apenas meu amigo. - Digo. - Não o amo.

- Mas ama Philip. - Balbucia.

- Não. - Retruco.

Papai sorri abertamente, enquanto me estuda.

- Pode se enganar por quanto tempo quiser Khate. - Diz. - Mas não irá mudar o que está estampado em sua cara.

- Eu me recuso a amar aquele cretino! - Me levanto exaltada.

- Khate, você ainda não percebeu que o amor acontece quando você menos espera? - Pergunta.

- Ele não merece nada vindo de mim. - Digo. - Muito menos meu amor.

- Mas ele já tem isso. - Retruca. - Você apenas não aceitou isso.

Papai tem que estar errado sobre isso. Não posso e não quero amar Philip idiota cretino Clark.

- Ainda estou bravo com você. - Diz.

- Por quê? - Pergunto.

- Você escondeu uma coisa muito importante de mim Khaterine.

- Me desculpe Pai. - Peço. - Eu só não queria ser um estorvo em sua vida.

Papai me olha bravo, mas ao mesmo tempo com ternura.

- Khate, você é minha pequena que amo mais que tudo. - Diz apertando minhas mãos de leve. - Você nunca será um estorvo para mim. Você não deveria ter passado por tudo aquilo sozinha.

- Agora eu sei disso. - Digo. - Mas naquele momento eu queria ficar só, sem ter que dar explicações a ninguém. Apenas me tranquei em meu mundo de dor, e não compartilhei ela com ninguém.

- Eu deveria te dar umas palmadas mocinha. - Diz fingindo irritação. - Tão cabeça dura quanto a mãe. Nunca mais esconda nada de mim, por mais difícil que seja, compartilhe para que eu possa te ajudar de alguma forma.

Uma Secretária Irresistível (Livro 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora