Capítulo 4 - Poneglifo

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As ruas não têm pedestres, talvez por causa do que acabou de acontecer, mas há movimentação na parte da feira, repleta de lojas e mercadores

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As ruas não têm pedestres, talvez por causa do que acabou de acontecer, mas há movimentação na parte da feira, repleta de lojas e mercadores. Alguns jogadores saíram da cidade para enfrentar criaturas mais fortes, outros descobriram um mapa secreto, levando até o subsolo e desceram para explorar. A maioria estava na feira comprando ou apenas conversando.

Lúcio não encontrou muitas coisas interessantes. Ficou pensativo entre uma barraca de uma NPC cigana, oferecendo cinco poções simples ou uma mais elaborada de recuperação de vida e outra de acessórios, onde o idoso oferecia colar, anel e brinco, cada um somando algum ponto de atributo para o personagem.

Alan perguntou:

— O que você vai comprar?

— Estou lendo a descrição das duas poções. A mais barata, Poção de vida, enche cerca de cento e cinquenta de vida ao longo de dez segundos e depois desaparece. Seu limite em estoque é de até cinco unidades. A segunda poção, a Refil de HP, preenche cento e vinte de vida ao longo de doze segundos, mas se recarrega duas vezes e permanece em minha sacola, sendo recarregada totalmente ao passar por checkpoints. Acho mais vantajoso comprar dela, mesmo pagando três vezes mais caro.

— Concordo com você. Também irei comprar uma!

— O dinheiro ainda dá para mais uma coisa...

— Ali tem um mercador de couros! – apontou Alan.

Eles viram vários tipos de botas diferentes e leram as descrições. Em questão de preços, as mais baratas eram: Bota simples conferem vinte e cinco por cento de velocidade adicional; Botas da mobilidade acrescentam quarenta e cinco por cento e Botas da Rapidez aumentam para cinquenta e cinco por cento. As botas mais caras ainda elevam outros atributos ou conferem vantagens contra determinados tipos de ataques recebidos.

Os dois compraram a última opção e correram, literalmente, para a parte externa da cidade para ganharem mais pontos de experiência. Passando por um portão lateral e saindo da feira, Lúcio, Alan e mais alguns chegam à parte externa e veem a entrada de uma caverna. Ao entrarem lá, deparam-se com monstros neutros, estirges. Esses insetos são estranhos, possuindo um par de braços com um grande espinho em cada ponta.

Lúcio pergunta:

— O que são essas coisas?

Uma mulher que os acompanha, Silvia, responde:

— Estirges são pequenas criaturas (do tamanho de morcegos) com bico longo, ferrão. Vivem em cavernas e ruínas. Têm como característica o ataque em enxame e, uma vez mordendo o alvo, se prendem ali, sugando seu sangue.

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O rei renegado 3Onde histórias criam vida. Descubra agora