Marina
Levantei cedo,tomei banho e depois fui tomar café,mamãe e dona Dirce estavam na cozinha conversando animadamente,entrei,dei um beijo em cada uma e tomei meu café interagindo com elas.
Peguei meu celular e fui sentar la fora na pequena área,liguei pro meu pai e contei tudo que havia acontecido com minha mãe,ele ficou preocupado comigo mas o acalmei dizendo que estava bem e tals. Desliguei e comecei a olhar o movimento,era um sobe e desce de moto que me deixava até tonta.
Do outro lado da rua tinha um bar bem grande que também servia refeições,e ja estava bem cheio,percebi que tinha muitas motos paradas enfrente..dona Dirce me viu olhando pra lá e me alertou que não encarasse o local pois era hora de almoço e o dono do morro e seus vapores comiam la.Abaixei a cabeça e comecei a olhar meu celular.
-Aí...como é que ta a dona Marta?-Me assustei com aquela voz grossa e levantei com tudo.
-Calma aí morena,só fiz uma pergunta porra!
-Ooo..i..seu Robocop,minha mãe esta bem.-não pude fingir que não me assustei.
-Aqui não tem seu não,é só Robocop. Já é então.
Fiquei ali em pé vendo ele virar a moto e sair em disparada sendo seguido por muitas outras motos.
Meu Deus que lindooooo...preciso parar de pensar nesse cara.Ele deve ser muito perigoso e também deve ter muitas mulheres.
-Fala aí gata,na tranquilidade?
-Oi.
-Sou Raposão,colei aqui pra dar um salve na dona Marta,me falaram que tu é filha dela,mas não falaram como é linda.
-Ah,obrigado-agradeci envergonhada-entre minha mãe esta na sala.
Ele entrou e cumprimentou minha mãe,tirou um envelope do bolso e colocou na mesinha da sala.
-Taí dona Marta a grana pra consulta e remédios da semana,se faltar avisa um dos vapor,já é?
-Obrigado Raposão,nem sei como agradecer.
-A senhora ja fez muito pelo patrão,por isso ele não quer que falte nada.
-Então muito obrigado,e agradeça a ele também por mim.
-Já é dona Marta,to indo.
Ele saiu e minha mãe ficou ali elogiando o tal Robocop,mas ele não é um bandido muito perigoso?Me arrepio toda vez que lembro dele olhando pra mim.
-Mari,hoje tem baile na quadra,você não quer ir pra conhecer o lugar?-disse dona Dirce.
-Não...jamais sairia de casa sozinha e não deixaria minha mãe aqui sozinha também.
-Minha filha ja esta chegando da faculdade,pedi pra ela vir aqui pra se conhecerem,ela vai ao baile,se quiser ir fico aqui com a Marta.
-Vou pensar.
Luma - filha de dona Dirce
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Destinos traçados no morro- CONCLUÍDO
RomanceMarina é uma garota brasileira,mas morou fora do pais desde os cinco anos de idade,agora voltou as pressas para cuidar de sua mãe que estava muito doente.Educada num país de primeiro mundo ela se choca com a realidade que bate em sua porta. Leonardo...