Capítulo 11

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Robocop

Paro meu carro freando com tudo na frente da boca e já saio gritando.

-Vagabunda! Puta! Desgraçada!Porque não meti logo um tiro na cabeça daquela piranha?

-Qual é patrão?Ta boladão assim porque? - pergunta raposão assustado.

-Não te mete nos meus assuntos! - eu grito logo e sento no sofá.

-Xii...to vazando,não quero confusão pro meu lado. -Raposão sai me deixando sozinho.

Peço pro vapor buscar um uísque,fico ali fumando minha maconha e bebendo uísque no gargalo mesmo,não entra na minha cabeça o motivo dessa garota me atormentar,porque simplesmente não deixo de lado,mulher odeia ser ignorada,mas eu não consigo,quando vejo simplesmente não dá pra não dizer nada,e ela só mete o louco,ta aqui faz 3 dias e já invadiu meu espeço,porra de garota insuportável.

Onze horas da manhã e eu aqui me drogando e bebendo uísque,que merda mano,mas amanhã isso acaba.Vou pra casa, tomo um banho e deito só de cueca box branca,ligo o ar condicionado e me jogo na cama.Preciso apagar,depois volto a rotina.Caio no sono profundo.

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Marina

Chegamos em casa,agradeço o Menor pela carona,levo mamãe pro quarto,dona Dirce a ajuda tomar banho,enquanto isso vou até o restaurante enfrente e compro três marmitex, arrumo a mesa e espero elas voltarem do quarto,minha cabeça esta explodindo,to perdida,não sei o que fazer,e aquele idiota ainda me mandou embora daqui,preciso resolver isso,não posso deixar ela agora,limpo os olhos rapidamente quando percebo elas entrando na cozinha.

-Mari,conseguiu a sopa pra sua mãe? - dona Dirce pergunta,porque ela só pode dieta liquida agora.

-Sim,consegui uma sopa que mamãe vai adorar,eu ia fazer mas estamos com tanta fome,a partir de amanha será só sopinha caseira.-falo tentando alegrar ela um pouquinho.

-Deixa comigo,sou especialista em sopas.-diz dona Dirce,brincando junto.

-Sei que estão tentando me animar,mas o problema é que não consigo pensar em outra coisa que não o que Robocop disse mais cedo,preciso tentar falar com ele,talvez agora ele tenha se acalmado e mude de ideia,caso contrario teremos que ir embora hoje ainda,e pra onde iremos?- mamãe diz já com lágrimas nos olhos.

-Não se preocupe mamãe,vai dar tudo certo,se tivermos que ir,iremos pra um hotel até arrumarmos uma casa,converso com papai e sei que ele vai ajudar financeiramente,agora tome seu remédio e descansar,seu dia foi muito agitado.Até a noite teremos resolvido tudo. -tento acalma la,mas confesso que não sei o que fazer,ela neste estado e menos de doze horas pra sumir daqui.

Deixo ela na cama e volto pra sala,peço a dona Dirce pra ficar com ela,precisava tomar um ar,respirar pra tentar pensar numa solução.Saio de casa sem rumo,nem presto atenção,mas to subindo aquele morro,vejo a minha frente um beco,com muitos garotos sentados em suas motos,fumando e conversando,todos me olham quando peço licença.

-Com licença,por favor posso falar com seu patrão? O Robocop.

-Ja é morena,mas o chefe não ta aqui não,ele até gostaria da visita,mas ta la na goma dele. - um garoto armado até os dentes me responde.

Me viro pra ir embora e alguém me chama.

-Ei morena! Chega aqui,bora me passar a situação ,posso desenrolar pra tu? -diz o Menor,fico aliviada em ver um rosto conhecido e vou até ele,falo minha intenção de pedir desculpas,me humilhar,o que precisar eu faço pra ele me deixar ficar,peço ao Menor pra me levar na casa dele,afinal eu não tinha mais tempo pra esperar,ou ele reconsiderava ou eu estava perdida.

-Segura aí,vou passar um radio pro patrão!-sai dali e logo volta com um sorriso.

-Bora morena vou te levar la.Mas vou mandar a real pra tu,ele vai te humilhar,vai xingar,mas baixa tua bola,senão seu problema vai ser muito maior que ter que apenas ir embora,ele pode acabar com tu no momento que ele quiser. Copiou?

-Sim,vamos,não sou burra de repetir os mesmos erros. - subo na moto com ele e em minutos estou enfrente a um portão enorme,todo fechado,branco,com muros enormes em volta,tudo pintado de branco.Desço da moto e ele me diz pra aguardar,logo volta abre o portão e se afasta dando passagem pra eu entrar,percebo que ele não me segue,vou subindo uma rampa que no final tinha uma porta bem grande,bato na porta e ouço.

-Entra logo porra!

Destinos traçados no morro- CONCLUÍDOOnde histórias criam vida. Descubra agora