Capítulo 35

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Marina

-Você esta bem,foi somente pelo nervoso que passou,o bebe esta bem,só vou pedir que passe a noite aqui pra ficar em observação,de manhã já poderá ir pra casa.-diz o médico.

-Mas doutor a criança esta bem mesmo,ela não corre risco?-Luma pergunta preocupada.

-Mulheres grávidas ficam mais frágeis emocionalmente,por isso tendem a passar mal com nervoso,não é bom para o bebe que ela passe sempre por isso,mas os exames mostram que esta tudo bem,podem ficar tranquilos e pelo ultrassom você esta aproximadamente de um mês e meio,é só se cuidar que esse bebe vai crescer forte e saudável,ok?-o Dr diz nos tranquilizando e se retira do quarto.

-Luma,e agora?Porque você foi contar pra ele?Tenho medo do que ele possa fazer!E se ele quiser tomar meu filho,pior,e se ele mandar eu abortar?Eu quero sair daqui,vou fugir pra bem longe,não vou tirar meu filho!-me desespero.

-Calma Mari,você não pode ficar tão nervosa,lembre se do bebe.Vou conversar com o Robocop,vou implorar pra ele não te fazer mal,vou cuidar de você,se preciso te escondo em outro lugar,agora descanse,vou ficar aqui com tu.-Luma tenta me acalmar,mas estou com muito medo e começo a chorar.

Alguém entra sem pedir licença e eu começo a tremer quando vejo ele ali de pé olhando pra mim.

-Sai fora Luma,quero trocar uma ideia com ela!-ele manda.

-Eu não vou deixa la sozinha com você,nem fudendo,você não vai fazer mal pra ela.-Luma grita com ele.

Ele avança nela e pega ele pelo braço e sai arrastando pra fora do quarto.

-Você num ta falando com otário aqui não porra,eu mandei tu vai e pronto,não to a fim de treta com tu,mas se quiser nois resolve agora! O que vai ser?-ele fala pra ela e encara com raiva.

-Me desculpe Robocop,mas por favor não faça nada com ela,se quiser levo ela embora do morro,mas não a machuque-ouço a Luma pedindo.

-Fica de boa,só vou conversar porra!-ele diz e entra fechando a porta atras dele.

Me encara e vem pro meu lado,minha vontade é de sair correndo,mas apenas abraço meu corpo e me encolho esperando o pior.Encosta na beira da cama.

-Olha pra mim porra!Melhor me explicar direito essa história,se esta querendo me enganar é melhor pensar bem,eu te mato se isso for mentira,ta ouvindo?-continua me encarando.

-Eu vou explicar,mas não me toque por favor,eu imploro!-peço desesperada.

-Fala logo,se for te matar,vai ser depois que por a criança no mundo,não mato mulher grávida!

-Eu não sabia que tinha engravidado,acredito que foi na ultima noite que tivemos antes da minha mãe falecer,o filho é seu,não tenho nenhuma duvida porque não tive outro homem,você foi o primeiro e único,tem que acreditar em mim,mas se quiser também posso fazer exame de DNA,eu descobri depois de passar mal onde eu estava trabalhando.-Digo chorando,morrendo de medo.

-Porque voltou tão rápido?E se já sabia porque não foi falar pra mim?

Expliquei o motivo da minha volta e disse que só não falei porque percebi ao encontra lo no dia que eu cheguei que ele estava com ódio de mim e então resolvi ficar de boa e cuidaria de tudo sozinha.

-O seu pai foi um grande filho da puta.-ele diz e aperta a arma que esta na cintura.-Mas vamos resolver isso,acredito que você não voltaria aqui e diria isso caso não fosse verdade,afinal eu te mataria,vou arrumar uma casa pra tu,não vai faltar nada pra vocês dois,o que precisar me liga que resolvo.-eu fico surpresa com o que ele fala.

-Eu só vim pra cá porque eu não tinha pra onde ir,mas já arrumei emprego e logo vou arrumar um lugar pra morar,não vou ficar no morro,eu agradeço,mas não quero nada de você,não vou proibir de ter contato com a criança,mas não vou aqui.-digo tentando mostrar que não voltei por ele.

-Acho que você não entendeu morena!To pedindo não porra,to mandando mesmo,vai ser por bem ou vai ser a força,você escolhe,filho meu não sai do morro,vai ficar e não reclama!Melhor não provocar minha ira!-os olhos arregalados e cheio de raiva.

-No momento não quero discutir,não posso passar nervoso,quero ter uma gravidez tranquila pelo bebe,mas prefiro ficar com a Luma por enquanto,depois procuro um canto pra mim.-ele tem que entender que não vai mandar em mim.

-Você vai sair daqui e vai pra casa da Luma sim,mas depois vai fazer o que eu quiser,quando estiver tudo pronto te busco..-tento cortar ele mas ouço um grito.-Cala sua boca,falei pra não me contrariar,minha paciência sempre foi muito curta.-ele abre a porta e chama a Luma que vem correndo perguntando se estou bem.

-Ela esta ótima,conversa com ela e diz o que eu falei,não tente me fazer de besta,muito menos tente fugir do morro,já vou avisar pra geral ficar de olho.-sai batendo a porta.

Luma olha pra mim e faz uma cara de surpresa.

-O que vocês conversaram?Me conta!Ele não relou em tu não,né?-Luma esta desesperada.

Explico a ela tudo que foi dito...

-Amiga,vamos fazer o que ele disse,melhor ele querendo ajudar do querendo te matar,não acha?Assim eu tenho certeza que vai ficar tudo bem.Agora que sei que esta tudo bem,vou subir pra casa,amanhã cedo venho te buscar.-Me da um beijo na testa e se vai.

Fico ali com meus pensamentos,vou tentar fazer o que ele pediu,talvez possamos viver em paz,e vou mesmo ficar feliz por meu filho ter um pai que se preocupe,mas será que ele será capaz de amar o próprio filho?Sacudo a cabeça e deito me cobrindo,melhor dormir.



Destinos traçados no morro- CONCLUÍDOOnde histórias criam vida. Descubra agora