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                                                                                Surpresa ou nem?

Taehyung POV


     Esperei as horas passarem sem nada para fazer, assisti televisão, olhei pro teto e pensei se seria bom dar esse presente pra ela hoje. Ah, quer saber? Vou entregar antes que eu esqueça e as canecas fiquem mofando no meu armário. O que custa presenteá-la, já que duas vezes sem querer ela já me deu coisas que alegraram o meu dia, ainda deixo elas bem cuidadas no vaso aqui de casa.

     Pensei bastante no que ia fazer, porém tinha um problema nisso tudo. Eu não sei o endereço dela pra poder ir lá, como vou entregar? Pensa Taehyung! Vamos, não é tão difícil assim. Estalou uma ideia nesse caixote. Vou ligar pra ela, assim fica mais fácil perguntar onde ela mora exatamente. Peguei meu celular que estava em outro cômodo da casa e esperei que a mesma me atendesse.

Ligação on (gif a cima)

- Alô?

- Taehyung? 

- Eu mesmo!

- Por quê me ligou e logo de facetime? Que susto.

- Eu queria ver o seu rosto e consegui!

- Aish! Pra que eu fui atender sem ver antes?

- Ala a lerda!

- Eu sou mesmo, mas afinal por que ligou?

- Queria saber seu endereço.

- Hmm...

- É pra eu já saber onde você mora, caso a gente saia com os meus amigos. -falei esperando que a desculpa colasse-

- Pega um papel pra anotar aí.

- Pera aí. -peguei um bloquinho de notas que estava perto da minha cama e logo voltei meu olhar pra (S/n)-

- Meu endereço é xxxxxxxxxxxxx.

- Valeu, (S/n)! Quando eles puderem eu te aviso.

- Tudo bem, vou desligar.

- Vai lá, tchau!! -acenei pra mesma que estava acenando pra mim antes de encerrar a ligação-

Ligação off

     Desliguei o facetime logo depois que ela saiu dele, fui tomar um outro banho para me refrescar e só assim ir para a casa dela. Vesti uma calça jeans, um moletom listrado e um vans preto pra combinar com o preto do meu moletom. Arrumei o cabelo, escovei os dentes, passei um perfume pra não chegar lá fedendo e finalmente terminei de me ajeitar.

     Quando vi que a tinta já tinha secado, peguei a caixa com as canecas, a tampei com cuidado e deixei um bilhete colado na parte de fora do objeto com uma pequena mensagem dentro dele. Saí de casa indo em direção ao metrô, caminhei longos minutos e chegando lá, comprei meu bilhete de ida para a cidade vizinha. Caminho longo. Tempo frio. Paisagens diferentes. Novas cores. Casas distantes. Muitos tons de verde. Esse foi o meu caminho até a casa de (S/n).


                                                                                   [...]


     Andei um chão até chegar na rua de (S/n). Encontrei no caminho um ponto de referência que o Google Maps me mostrou no celular e concluí que estava no lugar certo. Sem andar com muita pressa, fiquei meio que admirando aquele outro lado da cidade que eu não tive a oportunidade de ver antes. Deparo-me com uma casa não muito grande, de dois andares e com um uma decoração externa bem interessante. Quando finalmente cheguei na porta, toquei na campainha e fiquei esperando até alguém abrir, porém como passou um tempo esperável de ficar na porta criando raiz, resolvi deixar o presente lá e ir embora. No entanto, quando ouvi passos vindo em direção a porta, me escondi numa pilastra da parte da frente e vi alguém pegar meu presente.

     Observei o objeto sendo pego com um certo cuidado pela pessoa que eu não reconheci muito bem e que não era familiar para mim. Vi que esse ser pegou a caixa, testou pra ver se não tinha nada de quebrar e levou pra dentro de casa, me deixando com uma cara de "o que tá acontecendo?". Não tive coragem de chegar assim de cara na casa dela já que a gente se conhece a pouco tempo então, voltei para minha casa esperando que meu presente chegasse na (S/n) e que ela gostasse também.


(S/n) POV

     

     Estava em casa sem fazer nada já que meu trabalho era só amanhã, então aproveitei para dar aquela famosa arrumada no quarto que estava uma bagunça completa, tanto que eu nem conseguia achar certas roupas para ir trabalhar. Varre pra lá, varre pra cá e nada daquele inferno acabar. Decidi colocar meus fones com uma música bem agitada pra ver se dava um ânimo pra faxina. Um tempo depois, quando terminei tudo, coloquei minhas tralhas sem utilidade no meu quarto dentro de uma sacola e fui jogar o lixo fora.

     Fui até a parte de fora da casa jogar o lixo e senti um frio tão grande, que tive que voltar pra pegar uma manta que havia no cabideiro atrás da porta da sala de estar. Esse foi o tempo que eu tive de voltar em casa, jogar o lixo e quando voltei lá estava meu primo sentado admirando uma caixa que era muito bonita por sinal. Já que não era meu aniversário nem nada, descartei a possibilidade de ser meu e ignorei meu primo voltando pro meu quarto.

     Aquela hora, bem final de tarde eu senti a rua tão deserta que quase que desisto de ir jogar o lixo fora. Tudo estava tão vazio que nem dá aquele conforto de sair e talvez dar um oi pro seu vizinho do lado, sabe? Porém, algo que me intrigava era o fato de que toda vez que eu encontro meu primo ele sempre está sem fazer nada. Afinal, por quê meus pais mandaram ele vir morar aqui se até agora não vi ele falando de emprego ou de procurar um?

     Bom, amanhã eu vou pro meu trabalho na paz do senhor, porém vou observar meu primo de longe. Se ele não me ajudar pelo menos nas tarefas de casa, eu corto o malaquias dele. Enfim, vou comer alguma para não ter que ficar fazendo lanchinho noturno depois. Até que esse final de semana não foi nada mal para quem acabou de estar numa merda profunda e bem recente. Tantas coisas aconteceram nesse curto período de tempo. O que será que essa vinda do meu primo vai causar? Aqui estou eu perdida nos meus pensamentos novamente.

Sunflower → Kim Taehyung [Finalizada]Onde histórias criam vida. Descubra agora