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              A saúde mental é tão importante quanto a saúde física

Taehyung POV

     Seria verdade o que eu estou sentindo no momento? Acabei de encostar meus lábios na boca mais linda e carnuda da face da Terra. Sintomas de paixão? Talvez, seja isso que deixou meu coração palpitando por mais que ela não tenha sentido nada por estar dopada de remédios. Meu deus, eu realmente fiz isso.

     Acho que eu estou sorrindo igual a um bobo no corredor desse hospital por apenas ter dado um singelo beijo na (S/n), porque eu gosto dela. Só pode ser isso! Estou parecendo um bobo apaixonado falando com o meu próprio subconsciente, porém eu tenho a certeza que o motivo de eu estar tão ligado nas coisas que acontecem com ela é porque a amo.

     Isso explica meu "pequeno" nervosismo ao estar sozinho com ela, minha timidez que eu não tenho, minha fofura ao extremo, minha lerdeza ao ficar admirando seus pequenos detalhes ou até ficar vendo ela dormindo como naquele dia. Amor que chama, né?

     Assim que me toquei do quão tarde estava e que eu tinha que trabalhar no dia seguinte, saí dos meus devaneios momentâneos e saí do hospital indo em direção ao carro que eu mesmo emprestei do meu amigo e fui para casa.

     No caminho de volta, fiquei pensando comigo mesmo enquanto dirigia, se ela sentia o mesmo por mim. Nos conhecemos não faz tanto tempo assim, mas esse tempo foi o suficiente para eu, nos meus pensamentos lentos e ocultos, perceber que eu fui deixando uma semente crescer no fundo do meu peito, mais conhecido pelo amor que eu não quero mais esconder por ela.

     A minha vontade é de protegê-la de todo mal desse mundo da mesma forma que elas protege e cuida das suas flores. É tão bonito a maneira como ela trata os girassóis, como se fossem suas amigas. Queria ter ela pra mim mais do que nunca, e a sensação que tive ao beijá-la, só confirmou o que eu sabia e não queria admitir.

(S/n) POV

     Minha vontade era de voltar pra casa, mas depois desse show de horrores que eu presenciei, a única coisa que eu quero fazer é tentar ver minha amada e querida, Unnie. As horas foram passando e com elas a minha impaciência só aumentando com aqueles parentes desgraçados.

     Eu sei que não da minha real natureza ficar desse jeito, porém as circunstâncias da vida não me deixam mais ser aquela (S/n) toda sorridente de antes. Aquela garota que adorava pegar os girassóis do final do expediente e os dar para fazer o dia de alguém mais feliz. Eu não estava feliz, o que isso adiantaria afinal?

     Como uma pessoa tão jovem, já tem tantas coisas para se preocupar? Se eu continuar vivendo nessas circunstâncias, vou acabar enlouquecendo. Primeiro: a pessoa que eu mais considero mesmo não sendo da família está doente e precisando de medula óssea; segundo: meu primo devendo dinheiro pra gente de grande importância e terceiro: eu não sei como eu me tornei desejada pelo Yoongi e me sinto toda tímida e corada perto do Taehyung. Ora, ora vemos aqui um dilema!

     Passei um bom tempo nessa sala de esperas pensando em todos esses problemas que em sua maioria eu não sabia resolver, na verdade, não sei nem por onde começar para sair dessa crise interna dentro de mim.

     Assim que deu uma brecha pra mim, pude notar que a moça que eu conhecia aqui no hospital fez um sinal indicando para eu ir até o quarto da D. Bong, já que seus parentes estavam distraídos demais pensando com quem a herança da minha chefe vai ficar, isso se ela tiver uma.

     Avisei a Hoseok que iria lá para o mesmo não se preocupar comigo, saí de fininho de onde estava e caminhei até o quarto dela que eu já sabia onde era. Peguei um elevador, esperei ele parar no terceiro andar, andei sem pressa até o seu quarto e vi que uma enfermeira tinha acabado de sair de lá, provavelmente por conta dos seus remédios com horário regulado.

Sunflower → Kim Taehyung [Finalizada]Onde histórias criam vida. Descubra agora