Parte XIV - Novas responsabilidades

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O dia está quase amanhecendo e eu mal dormi. Levantei-me, tomei um banho e me arrumei. Lembrei do telefone novo e o pego, mas não leio as mensagens. Desço as escadas e vou direto a cozinha. Chegando lá, Akira já estava pronto e tomando uma xícara de café.
- Bom dia, srta Ryu.
- Bom dia, Akira.
- Dormiu bem?
- Com certeza, não. Estou um tanto preocupada.
- Srta, creio que se sairá muito bem. Hoje estarei a sua disposição para fazer o que quiser.
- Está bem. Sairemos daqui a pouco.
- Prefere ir de moto?
- Pelo visto gosta de motos... Mas não, hoje temos que chegar lá de carro.
- Está certo, srta.
Ele sorri pra mim. Sinto meu rosto corar, mas sorri de volta para ele.
Akira sai da cozinha em direção à garagem, enquanto eu tomo um pouco de café.
Enquanto sento com a minha xícara, leio as mensagens recebidas no "segundo celular":

" Observe os carregamentos das entregas das mercadorias. Os produtos número 5 tem que estar correto. Nao assine contratos hoje. Temos que primeiro realizar as compras dos estaleiros do sul. Pergunte sobre isso."

Pelas palavras usadas, era mensagem escrita por meu pai. Eu não sei o que significa os produtos 5, mas com certeza é muito sério. Como eu entendo de administração de empresas, meu pai me confiou esse assunto.
Fui para o carro e Akira prontamente abriu a porta pra mim. Eu me sentei no carro. Akira entra em seguida e dá a partida no carro, quando de repente recebo mais uma mensagem.

"Leia essa mensagem e apague imediatamente: Sinto sua falta. Espero que Takeda Akira não tenha tentado nenhuma gracinha. Caso tente, me avise. KN".

Eu tomei um susto com a mensagem.

- Algum problema, srta Ryu?
- Não, Akira. Estou bem.
- Está certo. Vamos?
- Sim. Vamos.
Durante a viagem até o centro, eu fiquei pensando em como NamJoon sabe do Akira.
**********
Entro no prédio e Akira me conduz até o elevador. Assim que chego no andar, t9dos estavam à minha espera.
- Bom dia, srta Ryu. Com imenso prazer que a recebemos hoje.
- Obrigada, Sr Mitsubasa.
Sento na cadeira principal e Akira está  em pé atrás de mim.
- Senhores, eu estou hoje aqui representando meu pai, Ryu Kwan. Como já sabem, sou Ryu Clare e tenho já em vista o que faremos hoje em reunião.
- E seu pai, srta Ryu? Como estão as coisas pela Coréia? Soubemos dos atentados.
- Sr. Mitsubasa, Meu pai está trabalhando duramente em cada detalhe para resolver tudo. Enquanto isso, fui indicada a estes negócios.
Falando nisso, vamos a ele.
************
A reunião foi bem, fiz tudo que meu pai mandou. Agilizei alguns outros negócios que papai comentou e acionei outros serviços.
Peguei o segundo telefone e passei mensagem pro meu pai:

"REUNIÃO CONCLUÍDA. Produtos 5 em produção. O 7 e o 9 estão em andamento. Estaleiros do sul estão sendo negociados. Nenhum contrato foi apresentado. As planilhas de negócios estão sendo enviadas pelos sócios.

"Muito bem. Já recebi. Excelente trabalho."

Uma mensagem fria. Talvez seja do meu pai pelo fato de não dar muitos detalhes. Se bem que quando se trata de seus negócios, papai é completamente diferente, mas estou tentando fazer o trabalho corretamente. Acho que estou agindo como ele. Ele nunca quis que eu me metesse nisso, mas com essas circunstâncias parece que ele mudou. Aliás, a família Ryu mudou.
Fiquei pensando nisso enquanto descia no elevador.
- a senhorita está bem? - perguntou Akira.
- Acho que sim.
- Creio que seu pai ficará orgulhoso e satisfeito com o que fez na reunião de hoje.
- Sim, ele ficará.
- Nao se preocupe. Tenho certeza que ele está bem, afinal ele tem Kim NamJoon trabalhando ao seu lado.
- Como conhece o NamJoon?!
- Srta., Já trabalhei na Coreia. O tio dele me ensinou bastante. Assim como ensinou ao NamJoon. O tio dele contou a minha família sobre ele estar trabalhando com o Sr Ryu.
- Ele treinou vocês?
- Pode-se dizer que sim. Nossas famílias já se ajudaram no passado.
- Entendo. Isso explica muita coisa.
- O que, srta?
- Nada. É melhor ir direto pra casa. Não quero me expor muito.
- Tem razão. Vamos indo.
Para entrar no carro, Akira segura a minha mão direita e com seu braço esquerdo ele envolve a minha cintura delicadamente. Rapidamente eu entro. Ele dá a volta no carro e entra. Eu fiquei com o rosto corado e baixei a cabeça. O segundo celular toca e eu atendo. Akira me olha pelo retrovisor:
- Alô... Sim... Para casa... Está certo. Assim que eu chegar.
- Algum problema, srta?
- Não. Apenas meu pai com mais instruções.
- Está certo. Vamos para casa.
**********
Cheguei. Akira estacionou no lado de fora da garagem. Eu fui descer do carro e tropecei na porta, obviamente caí feio no chão.
- Ai...
Minha bolsa caiu no chão, incluindo meu celular, Por sorte não caiu o outro. Akira escutou e rapidamente veio me ajudar.
- Srta Ryu... Está bem? Consegue levantar?
- Acho que sim.
- Eu a levo para dentro.
Ele me abraça e me ajuda a levantar.
- Akira, calma... Eu preciso pegar minha bolsa.
- Eu pego.
Ele pega minha bolsa e me abraça como apoio para que eu possa andar e me leva pra dentro de casa. Como eu já tinha discutido com minha mãe ontem, simplesmente quis subir pro quarto.
- Obrigada, Akira. Foi muito gentil.
- É o meu trabalho, srta Ryu. Eu Cuidarei da senhorita como se deve.
- Agradeço novamente, mas eu subo sozinha.
- Prefiro não arriscar.
Akira me pega no colo e me leva até o quarto.
- Akira!
- Desculpe, senhorita, mas quero que esteja bem.
Ele me leva até a minha cama e me coloca delicadamente.
- Akira, não precisava.
- Agora tenho certeza que está bem. Vou pedir a cozinheira para trazer comida.
- Akira, você não é minha babá. Você não tem que cuidar de mim desse jeito.
- Posso não ser sua babá, mas gosto de cuidar da senhorita. Não posso falhar em mantê-la a salvo. Eu já volto com sua comida. Fique confortável. Prometo não demorar.
- Está bem, Akira. Eu não vou mais discutir.
Ele bateu a porta do quarto e pego o telefone rapidamente.
Liguei de volta. Mais cedo, o telefone tocou e disse pro Akira que era meu pai. Porém, eu menti. Na verdade era NamJoon. Ele disse para que eu me mantivesse fria e respondesse como se fosse meu pai. Assim que chegasse às casa, que eu retornasse. Assim o fiz.
- Sou eu.
- Vocês estão sendo vigiados.
- Como sabe?
Logo em seguida recebo uma mensagem com foto de NamJoon.
- Olhe você mesma.
Eu olhei as imagens e eram fotos minhas e de Akira de hoje. No momento em que ele me levou até o carro depois da reunião e quando Akira me levou para dentro de casa.
- Mas isso foi há meia hora. Como tem essas imagens.
- Como eu disse. Vocês estão sendo vigiados. Eu falei para que me avisasse quando Akira tentasse alguma gracinha.
- Mas eu caí no chão e ele me trouxe pro quarto.
- O que? Quarto?!
- Sim.
- Inacreditável. Ele ...
De repente entra Akira no quarto com uma bandeja de comida.
- Minha comida chegou.
- Voce não está em casa?
- Akira trouxe.
NamJoon ficou mudo na linha. Akira colocou a bandeja na minha frente.
- Aqui, senhorita.
- Obrigada, Akira.
NamJoon fala sério na linha:
- Passe esse maldito telefone pra ele. Agora.
- Akira, atenda por favor.
- Ahn? Mas...
- Só atenda.
- Está bem.
Akira pega o telefone da minha mão e atende:
- Takeda Akira... Então é você. Em que posso ajuda-lo?... Está certo... Farei isso.
Ele desliga o telefone e olha pra mim.
- Era NamJoon. Ele disse que estamos sendo vigiados e pra eu tomar muito cuidado com a maneira que eu trabalho e ainda me deu recomendações de como cuidar da senhorita. Parece que tem mais uma babá para que cuide da senhorita.
- só isso que ele disse?
- Sim. Agora coma alguma coisa. Precisa se alimentar. Com licença.
Eu sabia. NamJoon deve ter ficado uma fera com ele. Mas como ele tem imagens nossas quase que em tempo real? Ele não quis me dizer. Terminei de comer e tentei descansar um pouco, afinal meu pé esquerdo está doendo um pouco devido à queda.

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