Parte XV - O pior acontece.

298 15 2
                                    

Dia seguinte. Já raiou o dia. Dormi bastante. Levantei, já me sentindo melhor. Tomo um banho, me troço e pego o celular. Desço as escadas e fui tomar café. Mamãe estava sentada à mesa, ao telefone com uma xícara de café em mãos.
Decidi preparar alguma coisa para comer, mas a cozinheira já estava preparando algo.
- Bom dia, srta Ryu. Estou preparando seu café. E se me lembro bem desde pequena gosta de ovos fritos e bacon e um copo de suco bem gelado.
- Sra Tanaka, a senhora me conhece bem. Começo a lembrar de como foi bom aqueles tempos no Japão.
- Que bom que tenha boas lembranças... Sua mãe está preocupada com você. Akira contou a ela que você se machucou.
- Akira exagerou com relação a isso. Esto bem agora. Foi só um descuido e acabei tropeçando e caindo.
- srta Ryu, Akira se preocupou bastante com você. Ontem ele me pediu para que eu preparasse alguma coisa para srta.
- Sra Tanaka, ele se preocupou demais.
Akira entra na cozinha.
- Bom dia, srta Ryu. Bom dia, Sra Tanaka.
- Bom dia, Akira. Tome seu café. - disse senhora Tanaka.
- Bom dia, Akira. Não precisa exagerar sobre mim. Estou bem, como pode ver.
- Desculpe, senhorita. Eu apenas me preocupo. Assim como Kim NamJoon.
Eu olhei diretamente pra ele e ele baixou a cabeça.
De repente ouvimos um grito da sala de estar:
- Não!!!! Kwan!!!!
Eu levanto e vou correndo até lá. Akira me segue.
- O que aconteceu?!
Ela estava chorando de joelhos na frente da TV. Eu olho pra TV e está no noticiário:
"Mais um atentado na Coreia: morre Ryu Kwan no tiroteio entre facções."
Eu fiquei paralisada, sentindo lágrimas correrem de meus olhos. Falei em voz baixa:
- papai... Namjoon...
O apresentador do noticiário começou a falar como foi:
"No estaleiro da cidade de Busan, um tiroteio no armazém terminou em morte de muitos, como de Ryu Kwan, empresário coreano, mas com suspeitas de tráfico de mercadorias piratas, muniçõesentre outros. Também é suspeito de assassinatos de alguns traficantes de drogas e de integrantes de facções rivais. Sua família não foi localizada."
Peguei o telefone e liguei. Ninguém me atendia. Nem mensagens, nada. Eu entrei em desespero. Corro para fora, chorando desesperadamente. Akira, corre atrás de mim.
- Senhorita...
- Meu pai, Akira... Perdi meu pai...
Sem pensar duas vezes ele me abraça forte. Me aperta em seu peito, tentando me acalmar.
- Senhorita Ryu, estou aqui para cuidar de você...
Ele segura meu rosto com as duas mãos e me olha nos olhos, se aproximando cada vez mais e me beija. Eu o empurrei.
- Akira, o que está fazendo?!
Um carro totalmente escuro entra na garagem e para na minha frente. Dele sai um homem de casaco, boné e capuz cinza escuro, óculos escuros.
- Clare...
Eu olho em direção a ele e não acredito no que vejo:
- NamJoon?! Meus Deus!!! NamJoon!!!!
Eu corro em direção a ele e o abraço. Ele me aperta forte. Akira está olhando o momento e falou:
- Kim NamJoon?
NamJoon me solta e vai em direção a ele. Sem mesmo dizer uma palavra, ele socou a cara do Akira, segurou pela gola da camisa com a mão esquerda e apontou a arma para cara dele com a mão direita.
- Eu vi o que você fez, imbecil... - disse NamJoon em voz baixa.
- O que está fazendo, NamJoon? O que te incomoda tanto?
- NamJoon, não!!!! - eu gritei
- Eu vou matar você por tocar nela.
- Voces estão juntos? Você e a senhorita Ryu?-
Eu segurei o braço do dele.
- NamJoon, por favor... Não faz isso...
Ele está olhando nos olhos de Akira e fala:
- Você está com muita sorte por ela se intrometer nisso, Takeda Akira. Eu ainda vou te dar um tiro.
NamJoon solta Akira e esse, com a boca sangrando, pega o lenço no bolso para se limpar enquanto NamJoon pega meu braço e me afasta dele.
- NamJoon... Meu pai...
- Tenho ordens expressas dele, caso acontecesse alguma coisa. Vamos entrar. Preciso falar com sua mãe também.
Akira da a volta e entra pela garagem e eu e NamJoon entramos pela porta principal. Minha mãe estava na sala, dessa vez sentada no sofá sem saber o que fazer.
- Sra Ryu.
- O que está fazendo aqui, NamJoon?! Você deveria ter protegido meu Kwan! Pra isso que ele te levou com ele! Não era pra você estar se relacionando com Clare! - minha mãe gritava.
- Mãe, para!!!!
NamJoon se manteve firme e encarou minha mãe e entregou um envelope.
- O que é isso?
- ordens que recebi do senhor Ryu caso acontecesse alguma coisa.
Ela abre o envelope e tinha um Pen drive. Ela coloca no laptop. Havia inúmeros arquivos, mas um calor atenção por ser um vídeo. O título era para Carola e Clare.
Ela abre o vídeo. Logo de imediato é imagem do meu pai no seu escritório em Busan.
"Carola, Clare... Se estão assistindo isso, aconteceu alguma coisa comigo. Já prevendo isso, estou encaminhando vocês para as responsabilidades da família. Carola, você assumirá a posição nos negócios de Tóquio, Hong Kong e Shangai. Nas Américas, Thomas cuidará e se reportará diretamente a você. Todos os arquivos contidos nesse Pen drive são o suficiente para que você consiga fazer isso como se deve. Eu confio em você todos os nossos esforços. Clare, minha filha, você voltará para Coréia. Já de imediato você vai para Busan e assumirá tudo na Coréia. NamJoon foi treinado e estará ao seu lado. Eu o mandei para Tóquio caso isso acontecesse. Filha, sei que está preparada para tudo, Mesmo que você pense que não esteja, você é especial e muito inteligente. Eu acredito em você. Amo vocês e sejam fortes."
O vídeo acaba.
- NamJoon? Enquanto ao funeral do meu pai?
- Todas as medidas já foram tomadas. Não se preocupem. As ordens do Senhor Ryu são imediatas. Sra Ryu, o carro já está lá fora. A senhora terá que se mudar para o centro de Tóquio, em algumas semanas, a senhora terá que ir a Hong Kong e Shangai. Clare, você volta comigo agora. Pegue suas coisas.
- NamJoon, se meu Kwan estivesse aqui ele não permitiria que você se aproximasse da filha dele desse jeito. Ele se foi e sem saber as suas verdadeiras intenções. - minha mãe falou alto.
- Sra Ryu. Lamento pela sua dor, mas estou fazendo o meu trabalho. Enquanto a sua filha, fique bem ciente que eu a amo e farei de tudo para protegê-la. A senhora deve se apressar com a mudança.
Ele segura a minha mão e me leva até o quarto para pegar minhas coisas. Depois de alguns minutos, ele me ajuda com as malas.
Minha mãe já está indo para o carro que NamJoon falou. Olhou em meus olhos e disse:
- Adeus, minha filha. Não nos veremos por um bom tempo. Faça o que tiver que ser feito.
- Está certo, mamãe. Cuide-se.
Ela entra no carro e vai embora. Nós voltamos para a garagem e notei que a moto não estava ali. Logo imaginei que Akira saiu com a moto. NamJoon coloca minhas coisas na mala do carro.
- Clare, essa casa ficará vazia. Todos já sabem o que fazer. Incluindo o idiota do Akira. Vamos embora. Não se preocupe. Temos muito o que fazer.
Ele falou friamente.
Eu entrei no carro e ele logo da a partida em direção ao aeroporto.
- NamJoon, sobre o que aconteceu hoje.
- Clare. Não precisa me explicar nada. Eu conheço bem o Akira e sei que ele estava a fim de você. Pelo menos você comigo, ele não tentará nenhuma gracinha. Aquelas fotos foram enviadas por inimigos da família. Por isso eu sabia mais ainda sobre o que ele estava fazendo.
- Por que está falando tão friamente comigo?
- Sua mãe me ofendeu hoje.
- Desculpe, meu amor.
- Eu amo você. Estarei do seu lado até o fim. Seu pai me confiou o trabalho e esse trabalho é cuidar de você custe o que custar.
- Tambem te amo, NamJoon...
Depois de um determinado tempo, nós chegamos no aeroporto e entramos direto para o jatinho que nos esperava. Ele guardou minhas malas e logo nos alojamos no avião.
Em minutos o avião partiu de volta para Coréia.
Realmente a família Ryu mudou e além de tudo se separou. Agora, só tenho NamJoon ao meu lado. O que será daqui para frente, ainda não sei. Mas a única certeza que tenho é o medo, muito medo do que possa acontecer conosco.

Meu segurançaOnde histórias criam vida. Descubra agora