Parte XIII - Em Tóquio

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Passaram-se 4 dias desde que meu pai e NamJoon foram para Busan. Já estamos prontas para a viagem.
O jatinho partiu logo ao amanhecer. Chegamos a Tóquio em algumas horas.
A nossa casa é um tanto distante do centro da cidade é bastante confortável. Meu pai mantém essa casa em sociedade de negócios que ele tem no Japão também.
Entramos pela sala, mamãe logo fala:
- Realmente é um belo lugar. Clare, seu quarto estará no segundo andar a direita.
- Como sabe, mãe?
- Eu decorei esta casa, à pedido do seu pai.
- Entendi.
Eu subo e carrego minhas coisas para meu quarto e deito na cama. De repente lembro de NamJoon e o presente que me deu. Abro a minha mala e pego o colar e coloco no meu pescoço. Lembro da instrução dele de "só abrir quando estiver em Tóquio". Eu abro.
- Um chip? E um papel?- pergunto a mim mesma.
Eu abro o papel:
"Coloque em outro aparelho. Espere."

- preciso de outro telefone.
Pego umas roupas largas, óculos escuros para me disfarçar um pouco. Desço as escadas e vou direto pra garagem. Um segurança está lá.
- Bom dia, srta Ryu. Precisa de algo?
- Sim, preciso ir ao centro de Tóquio comprar algo pessoal que preciso.
- A srta vai se expor desta forma.
- Nao há como eu disfarçar mais. O que eu preciso é urgente.
- Ok. Vamos rápido e de moto. Eu a acompanho.
- Obrigada... Qual o seu nome?
- Akira, srta. Takeda Akira. Presto serviços à sociedade a qual seu pai pertence.
- Obrigada, Akira. Prometo que serei rápida.
Ele me leva rapidamente e me deixa perto de uma loja de telefones.
Entro na loja. Boa oportunidade para por em prática o pouco do japonês que sei falar. Escolhi um modelo rapidamente e paguei em dinheiro e sai logo da loja.
Akira estava me esperando, perto da moto.
- A srta precisava de um celular?
- O meu quebrou durante a viagem. Não posso perder o contato com meu pai. - eu menti.
- Está certo. Vamos embora.
Chegamos em casa. Akira estacionou a moto.
- Obrigada, Akira. Você me ajudou muito.
- De nada, srta Ryu. Vou voltar ao meu posto. Se precisar de mim, só me chamar.
- Obrigada mais uma vez.
Cumprimentamo-nos, curvando-se.
Entrei em casa pela garagem. Minha mãe nem percebeu. Que sorte. Fui direto pro quarto e peguei o pingente que NamJoon me deu.
Coloquei o chip e liguei o telefone. De acordo com o bilhete, eu tinha que "esperar".
O sistema operacional do telefone ligou. O chip está funcionando. E logo veio uma mensagen de um número que não conheço e a data é de ontem de manhã:

"SE ESTÁ LENDO ESSA MENSAGEM, SIGNIFICA QUE ENTENDEU AS INSTRUÇÕES. ESPERE POR MAIS INSTRUÇÕES. KN"
Óbvio. A mensagem é de NamJoon. Eu fiquei admirando aquela mensagem por um tempo. Andei pelo quarto olhando para o telefone, até que parei perto da janela. De repente sinto que estou sendo observada. Olho pela janela e está Akira me olhando, apoiado na moto. Ele sorriu para mim e eu o retribuí.
Desisti de esperar mais mensagens dele e guardei o telefone na gaveta.
Passaram os dias. Sem notícia do meu pai para mim. Sem notícia de NamJoon. A minha vida está limitada a ajudar minha mãe. Acompanhá-la em algumas reuniões da sociedade, pois além de estarmos sobre proteção da sociedade, minha mãe representanta meu pai nisso. Akira está sempre nos acompanhando, sempre por perto.
Depois de uma reunião no centro da cidade, estávamos saindo da sala de reuniões e o telefone de minha mãe toca. Ela atende:
- Carola... - diz ela séria. - sim. Tudo acertado. Estamos no centro da cidade... Ok. Tome cuidado... Eu também...
- Meu pai?
- Sim, Clare. Ele só.ligou pra saber como estamos. Ele está indo para a reunião de decisões de ações ainda em Busan esta noite. E antes que me pergunte, seu segurança está com ele.
- Tá bem. Eu não vou falar nada.
Akira já nos esperava perto do elevador. Minha mãe já falou diretamente com ele.
- Akira, por favor, nos leve ao restaurante da família.
- Sim, Sra Ryu. Imediatamente.
Descemos e já entramos no carro da família. Minha mãe muito séria.
- Mãe, o que está havendo?
- Nada. Essa responsabilidade que seu pai me incumbiu, isso me deixa em pânico.
- Nao vejo a hora disso acabar e pudermos voltar pra casa.
- Penso o mesmo.
- Papai está ligando pra você e você nem conta.
- Clare. Não começa.
- É por causa do NamJoon?
- Não começa!
- Então é verdade?
- Que saco, Clare! - minha mãe grita - se seu pai souber desse seu envolvimento com seu segurança, seu pai acaba com ele! Ele pediu para não falar por que o assunto era da Sociedade!
Eu me calo e baixo a cabeça.
O telefone da minha mãe toca novamente.
- Carola... Sim... Avisarei a ela.
Desliga o telefone.
- Você vai a uma reunião sozinha amanhã. Akira irá levá-la.
Eu não respondo.
- Seu pai vai transmitir algumas responsabilidades para você.
Chegamos ao restaurante. Minha mãe sai rapidamente e eu sou a última e saio devagar. Akira me ajuda a sair.
- Srta Ryu, está bem?
- Acho que sim.
- Nao fique triste. Estou aqui para cuidar da senhorita.
- O que?- eu olho para ele e lembro que essas foram as palavras do NamJoon. Do meu NamJoon.
- Cuidarei da senhorita. Venha.
Ele me estende a mão e me guia até o hall do restaurante.
Jantamos ali e Akira perto da porta principal, sem tirar o olho de mim. Até me senti constrangida.
Fomos para casa depois de jantar. Fui direto para o quarto sem dizer uma palavra. Peguei o telefone na gaveta. Tinha mensagem:
"REUNIÃO AMANHÃ. LEVE ESTE TEPEFONE. SEU PAI PASSARÁ INSTRUÇÕES PRA VOCÊ POR AQUI. MANDE MENSAGEM SOBRE A REUNIÃO POR AQUI. KN"
Eu tenho tanto pra falar com ele e simplesmente não posso responder. Estou me sentindo perdida.
Escuto alguém bater na porta do quartoEu me assusto e abro a porta. Era Akira.
- Srta Ryu, estarei pronto para levá-la ao amanhecer. Mas caso precise de mim, pode me chamar.
- Está certo, Akira. Boa noite e obrigada.
Fecho a porta e volto pra cama. Não consigo para de pensar em NamJoon, mas tenho que me focar no que vem amanhã.

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