XXI - O meu maior medo

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O meu maior medo pode acontecer se eu não for cauteloso: perdê-la.
A Aliança conseguiu capturar alguns capangas desse grupo antes do vídeo do Takeda Akira estar online. Eles tentaram obter informações sobre seus esconderijos e conseguiram as coordenadas as quais eu já tinha descoberto. A Aliança e a Sociedade se reuniram mais uma vez no centro da cidade. A minha intenção era só ter Clare de volta, as dos outros já sabemos: matar todo mundo.
Durante essa reunião houveram muitos atritos mas, de repente entra alguém pela sala fazendo todos se calarem.
- Ryu Kwan... vivo? O vídeo então era verdadeiro... - algumas vozes cochichavam.
- Senhores... Boa noite. Estou aqui pois minha filha está em jogo. Não é somente os negócios. Kim NamJoon? - falou ele olhando pra mim.
- Sim, senhor Ryu?
- Estarei reassumindo o plano. Você já sabe o que fazer.
- Sim. Com licença.
Saí da sala e fui direto pro carro. No porta malas, havia um arsenal de armas e até uns coletes. Claro que me preparei o máximo possível e fui atrás dela. Não sou louco o suficiente para entrar no lugar sozinho. Eu estava seguindo os planos do senhor Ryu: me aproximar e detalhar.
Saí com carro até o mais próximo possível das coordenadas que ela me enviou, para ser mais preciso, no prédio vizinho. Takeda Akira pode ser burro o suficiente de não vigiar tudo e eu estou contando com a estupidez dele. Só de pensar no que ele falou no vídeo e só de pensar que ele encontrou um dedo nela só faz eu querer cumprir minha promessa a ele: matar esse desgraçado.
Subi até o último andar do prédio vizinho. Pude observar o máximo que pude com binóculos que também estavam no porta malas. Não havia muitos capangas. Dois na frente. Deve ter bem mais no hall de entrada. O sexto andar estava com algumas luzes acesas. Provavelmente é lá que estão mantendo a Clare.
Ligo pro senhor Ryu.
- Pode falar.
- Senhor, estou no prédio e observei alguns capangas na entrada e no sexto andar está com as luzes acesas.
- Muito bem, NamJoon. O plano está em ação. Saia daí e prepare-se para entrar e buscar minha filha. Mas antes, derrube os dois da entrada com a arma silenciadora.
Desliguei o telefone. Dentro de minutos, pude notar que se aproximava um carro. Rapidamente eu derrubei os dois da entrada. Eles nem perceberam. Desci logo e vi alguns da Sociedade e da Aliança entrarem. O tiroteio começou. Assim que cessou fogo, eu entrei. A Sociedade não brincou em serviço. Nem a Aliança brincou em serviço. Somente os inimigos caíram. Eles foram abrindo caminho até uma sala devidamente trancada. Eu chego em seguida:
- O que houve?! Abra isso!!!
Abriram a porta e eu entro na frente dessa vez. O meu maior medo está prestes a acontecer. Eu vejo Clare amarrada na cadeira, machucada. Takeda Akira atrás dela com uma arma apontada pra ela.
- Muito bem, Kim NamJoon... Parece que nos encontrou rapidamente.
- Solta ela, Akira!- eu digo apontando a arma pra ele.
- O que eu ganho com isso, NamJoon? Você perdeu... Ela é minha... Onde está meu futuro sogro com os negócios que me pertencem?
De repente entra o senhor Ryu atrás de mim.
- Estou aqui, Akira. Como pode fazer isso com Clare? Eu confiei em você!
- Eu também confiei no senhor, sr Ryu. Quando me deu a oportunidade de crescer nos negócios e fui limitado.
- Você era ambicioso demais. E fiz o que foi necessário.
- O que foi necessário?! - Akira grita e aponta a arma pro senhor Ryu.
Nesse momento eu não exito e atirou na mão dele. Ele deixa a arma cair e eu avanço pra cima dele. Dou um soco na cara dele, ele tenta revidar mas eu dou um tiro no ombro dele. Ele cai no chão.
- Bom tiro, NamJoon, seu idiota.
- Eu disse que eu te dar um tiro. Eu disse que eu ia te matar por tocar nela.
Uma voz fraca me chama. Era Clare.
- NamJoon... Me tira daqui...
- NamJoon, tire minha filha daqui. Eu terminarei isso. Em breve conversaremos seriamente. - disse o senhor Ryu colocando a mão sobre meu ombro.
Eu abaixo a arma. Desamarro Clare e a abraço, ajudando ela a andar. Saímos da sala e escuto um tiro vindo de lá de dentro. Era o fim de Takeda Akira. Sem olhar para trás, continuamos a caminho do carro e vamos direto para casa. Ela precisa de cuidados e eu cuidarei dela. Finalmente ela estava a salvo em meus braços.

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