XVI - De volta à Coreia

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Voltei para Coréia com NamJoon. Mas ao invés de ir para Seul, fomos diretamente para Busan. A nossa casa estava intacta como nada tivesse acontecido, porém eu não poderia ficar lá. Havia muitos repórteres por ali, querendo saber mais sobre o que aconteceu com meu pai e, para todos os efeitos, os Ryu não foram localizados.
Chegamos no aeroporto e fomos direto para o carro que estava no aguardando. NamJoon carregou nossas coisas junto com o motorista, que por sinal não era o que eu conhecia.
- Srta Ryu, bem-vinda à Busan novamente. Sou Lee Hanguk. Estarei prestando serviços hoje a mando do senhor Kang.
- Obrigada, senhor Lee.
- A Senhorita ficará na casa de praia do senhor Kang.
- Está certo.
Entramos no carro e fomos direto para lá. Quando chegamos à casa, havia alguns carros próximos a entrada principal. Fiquei um pouco assustada, mas NamJoon me acalma.
- Como você está chegando hoje, terá reunião aqui mesmo. Seu pai me treinou para que eu mantivesse você informada de tudo.
- Está bem. Vamos logo ao que interessa.
Entrei em casa, NamJoon logo atrás de mim.
- Bom dia, senhores.
- Ryu Clare, lamentamos o acontecido. Foi uma emboscada contra a Sociedade.
- Sim. Fatalidade eu perder meu pai. Mas eu, Ryu Clare, em nome dele, assumirei daqui por diante. Estarei a frente dos negócios aqui na Coreia. Ryu Carola, minha mãe, cuidará pessoalmente dos negócios estrangeiros. Vou fazer tudo que meu pai faria e o que ele me confiou em fazer.
- Muito bem, Senhorita Ryu. Deve ficar a par de tudo hoje mesmo. Seu pai instruiu o senhor Kim NamJoon para a sua chegada. E, em nome da gratidão que tenho por seu pai nos momentos em que precisei, inclusive no atentado em minha casa em Seul, cedo minha casa em Busan para que você more o tempo que precisar.
- Obrigada, senhor Kang. Sou muito grata por isso.
Todos se encaminharam a sala de reuniões da casa. Eu fiquei por último, pois não sabia o caminho e a casa é enorme. NamJoon segura meu braço.
- Clare...
- O que?
- Voce está bem?
- Sim. Agora preciso trabalhar e não deixar a tristeza me abalar.
- Voce não está sozinha, meu amor.
- Eu sei, meu amor. Eu tenho você. Eu preciso de você, NamJoon.
- Eu te beijaria, mas não podemos.
- Sim. Eu entendo. Vamos trabalhar.
Segui para a sala de reuniões e todos já me esperavam. Sentei na cadeira que seria do meu pai, respirei fundo e começamos as transações.
Duas horas depois terminamos e todos se encaminharam aos seus carros e eu finalmente estava sozinha com NamJoon.
Estávamos perto da porta principal e eu não pude conter as lágrimas.
- NamJoon?
- Sim?
- Me abraça forte, por favor...
Sem nem piscar, ele me abraça. Ele acaricia meu cabelo enquanto eu choro em seu peito.
- Meu amor...
- NamJoon... Mal comecei nisso e acho que vou enlouquecer. Sinto a falta do meu pai.
- Eu sei, meu amor... Você precisa tomar banho e descansar.
- Está bem, mas onde fica o quarto?
Nós dois rimos por um instante.
- Entre vários trabalhos que fiz com seu pai, eu já conheci um pouco da casa do senhor Kang. Ele reservou uma suíte lá em cima pra você.
- Me leva até lá?
- Claro... Vamos...
Ele segura a minha mão e me leva pelas escadas. Logo ele me guia até o quarto. Minhas coisas já estavam lá.
- Lugar lindo.
- O banheiro é ali, Clare. Tome banho, tente relaxar um pouco. Amanhã temos muito o que fazer. Vou providenciar algo pra você comer. Já volto.
- Está bem.
NamJoon saiu do quarto, eu fui para o banheiro. Tomei um banho quente e demorado. Quando saí do banheiro, NamJoon já estava de volta, sentado na cama com uma caixa em suas mãos.
- NamJoon, já voltou?
- Sim. Já pedi para que preparassem algo para comer. Você está incrível.
- Uma toalha?
- Só o que preciso para achar você linda...
Ele vem em minha direção e me beija sutilmente.
- O que tem nessa caixa?
- Clare, eu preciso entregar uma coisa que seu pai pediu.
- O que?
Ele me entrega a caixa e rapidamente eu abro. Eu tomo um susto.
- Uma pistola?
- Parece ser a pistola de seu próprio pai.
- Eu percebi pelo que está escrito : RK.
- Mas como ele pediu para que eu entregasse isso?
- Bem... No dia em que seu pai se foi, ele me entregou essa caixa e disse que só você poderia abrir.
- Ele saiu de casa desarmado?
- Não. Ele saiu com uma outra pistola no coldre.
- Nao acredito que nem o funeral podemos fazer.
- Ele tomou medidas para isso. O mais importante era que os negócios não fossem deixados de lado. Foi isso que ele disse enquanto me instruía para cuidar de você.
- Está bem.
Eu fechei a caixa e coloquei no closet.
- Clare... A partir de hoje você vai ter que andar com isso. Gostando ou não...
- Eu sei, meu amor...mas no momento eu preciso comer e me deitar.
- Ta certo, mas não vai descer de toalha, né?
- Acho que vou sim... - eu ri.
- Não pode estar de falando sério.
- Com certeza não... - eu ri.
- Ainda bem. Senão a segurança teria que ser reforçada.
- Voce ia me proteger?
- Mais ainda. Você é minha, entendeu? - disse ele se aproximando e agarrando a minha cintura.
- E você é meu...
NamJoon me beija profundamente, apertando minha bunda. Sinto meu corpo arrepiar pelo seu toque. Mas de repente toca o telefone da casa. Ele me solta e atende o telefone.
- Sim. Ela será avisada.
- O que foi?
- Voce vai ter que ir a um encontro com o chefe da Aliança.
- Aliança?! Mas eles não são inimigos?!
- Sim. Mas nós últimos tempos, eles também sofreram atentados em seus territórios. Eles propuseram uma reunião para esclarecimentos. Confesso que não estou confiante.
- Eu também não. Quem mais estará lá?
- A maioria da Sociedade e creio que a maioria da Aliança.
- Isso está me assustando. Temos que estar seguros. Vou ligar para o senhor Kang e agilizar isso para amanhã.
- Está certo. - ele me olha de um jeito diferente e sorri.
- O que foi?
- Está tomando decisões, parecendo seu pai.
Eu sorri.
- Eu sei... Enfim, vou fazer as ligações e já desço pra jantar.
- Está certo. Mas só uma coisa:
- O que?
- Esteja vestida. Não quero nenhum empregado olhando pra você de um jeito que só eu posso.
Eu ri.
- Tá bom. Veja o que temos pra jantar.
- Te espero lá embaixo.
- ok.
Liguei para o senhor Kang e esclareci tudo. Ele estava de comum acordo comigo e decidimos estar bem precavidos para o encontro com a Aliança.
Me vesti, desci as escadas e me encontrei com NamJoon. Me sentei a mesa mas NamJoon, não. Eu o olhei, sem entender.
- Senhorita Ryu, eu devo passar alguma ordem os seguranças? - disse ele.
- Sim. Amanhã a segurança é reforçada para o compromisso amanhã. Toda a Sociedade está em alerta.
- Está certo. Eu os avisarei.
Finalmente eu entendi: Para todos os efeitos, ele é me segurança e meu braço direito nos negócios.
Depois do jantar, eu vou para o quarto. Me troço, apago a luz e me deito. Depois  de algum tempo, alguém bate na porta. Eu levanto e abro:
- NamJoon?
- Oi
- Por que não entrou logo de uma vez?
- Trabalhando para amanhã. Vim ver se você está bem.
- Estou. Estou indo dormir.
- Tá bem.
Ele se aproxima da minha orelha e fala:
- Eu já volto para cuidar de você.
- Ok. Como sempre cuidou, não é?
Ele sorri e desce de novo.
Voltei pra cama e não demorou muito, NamJoon estava de volta. Usando aquele moletom cinza e short preto. Me lembra a primeira vez que ficamos juntos.
Ele deita ao meu lado me abraça forte e eu adormeço em seus braços, depois de tanto tempo.

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