Parte XII - Novo lar provisório

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Fomos de carro até Incheon. De lá, pegamos um jatinho até Ulsan, uma cidade não tão distante de Busan. Durante a viagem de carro, papai mandou instruções para NamJoon para sabermos o que fazer. Por mais tenso que estava a situação, estávamos só eu e NamJoon. Ele sempre atencioso, cuidando de mim o tempo todo.
Chegamos ao nosso destino. Uma casa menor, tranquila e afastada. Ja havia seguranças do meu pai no local.
Entramos na casa e meus pais já me esperavam na porta.
- Pai, mãe...
Minha mãe logo me abraçou. Mas meu pai, já foi direto em direção a NamJoon.
- Bom trabalho, garoto. Mas precisamos conversar.
Os dois vão para a sala íntima e eu minha mãe fomos para o segundo andar.
- Querida, as coisas não estão fáceis para nós.
- Eu sei, mãe.
- Seu pai quer que nós saiamos do país. Lá estaríamos mais incógnitas. Não precisaríamos de tantos seguranças.
- Mas e NamJoon?
- Acho que ficará com seu pai na Coreia.
- O que?! Não! NamJoon, não! - gritei.
- Clare, que tanta revolta é essa? - minha mãe pergunta assustada.
Senti meu rosto corar.
- Clare, me responda.
- Porque... Ele me protegeu do tiroteio da festa. Ele toma conta de mim... É isso.
- Ah, meu Deus...- minha mãe colocou a mão no rosto, indicando preocupação e não acreditando muito no que disse.
- Clare, eu não vou falar nada. Eu já estou nervosa demais com tudo isso. Você que se entenda com seu pai com relação ao seu segurança.
Meu pai e NamJoon saem da sala e eu escuto a voz do meu pai vinda de lá de baixo. Sem piscar, eu já desço as escadas correndo.
- Pai!
- Clare, ainda bem que já veio logo. Sua mãe já lhe falou o que vai acontecer?
- Nao pode estar falando sério, pai...
- Clare, por favor, sem discussões. Já decidi. NamJoon voltará comigo pra Busan, ele terminará as investigações dos atentados junto com os outros sócios que estão indo a Busan. Você e sua mãe vão para Tóquio por algumas semanas.
- Por que ele, pai?
- Porque ele é o melhor nisso. E acabou! Você vai ficar aqui por mais uns dias e sairá daqui direto para o jatinho. Estamos despistando e apagando os rastros da nossa família até que consigamos acabar com esses inimigos.
Eu olho pra meu pai, meus olhos transborda lágrimas. Meu pai simplesmente ignora. NamJoon está atrás dele e de cabeça baixa. Eu o olho, mas ele não me retribuiu o olhar.
- Eu vou pro meu quarto. Preciso dormir. Pra mim, já chega disso.
Eu subo as escadas e vou para o quarto. Tranco a porta, me jogo na cama, ainda sem acreditar.
- Tanta mudança, tanto atentado, no meio de tudo isso eu ainda tinha ele. Agora, não tenho mais. - falo comigo em voz baixa.

Alguns momentos depois, eu escuto alguém bater na porta.
- Quem é?
- Srta Ryu, sou eu.
Eu conheço essa voz. Até pra me chamar de srta é diferente. Eu levanto, abro a porta e é NamJoon, já com as coisas dele. Pronto pra me deixar.
- NamJoon... - eu falo baixo.
- Posso entrar?
- Entra.
Ele entra e fecha a porta com cuidado pra não fazer barulho.
- Estou indo com seu pai daqui a pouco. Eu não queria deixar você, mas eu tenho que ir.
- Eu não quero perder você.
- Nem eu. Estou morrendo por dentro em pensar que você estará em Tóquio ao invés de estar nos meus braços.
- E eu estou morrendo por você estar no meio dessa confusão, podendo até morrer.
- Eu sei, Clare. Antes de ir, quero lhe dar uma coisa. Ele tira do bolso um colar.

 Ele tira do bolso um colar

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- É lindo, meu amor.
- É da família Kim. Só poderia dar pra mulher da minha vida.
- NamJoon... Obrigada
Eu choro e o abraço forte.
Ele o coloca em minhas mãos e as segura.
- Clare, você só pode abrir esse pingente quando chegar em Tóquio. Entendeu? Você vai entender.
- Ta bom.
- Eu tenho que ir. Fique segura. Eu não poderei cuidar de você por um tempo...
- Está bem. E você, meu amor, cuide de minha família e principalmente cuide de você mesmo. Eu te amo.
- Eu também te amo.
NamJoon me beija profundamente.
- Nao vou lhe dizer adeus. Eu prefiro dizer que nos encontraremos logo.
- Tome cuidado, NamJoon.
- Voce também, Clare.
Ele pega suas coisas e sai do meu quarto.
Pela janela, eu vejo ele entrar no carro com meu pai e mais alguns seguranças e vão embora.

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