Lobisomem Ômega - Cap 1

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Era outono, mas já podia se sentir um terrível frio, sinal de que o inverno estava por vim. Jon caminhava pelos campos calmamente como sempre fazia todas as manhãs, a fim de observar a natureza, de algum modo observa-la era sempre agradável. A leve luz passava levemente pelos cabelos prateados de Jon como se estivesse o acariciando e em seus olhos azuis era possível observar o reflexo das nuvens a passear pelo céu.

Seus pensamentos estavam todos desordenados, não conseguia se concentrar, algo o estava chamando e ele sentia isso dentro de si, mas não sabia explicar o porquê dessa sensação, ouvia sussurros e por puro extinto correu em direção a eles. Correu o mais rápido que pode, mas parecia que o caminho não teria fim, mas quando decidiu se aproximar ouviu alguém gritando ao seu lado:

Marina: Acorde! O que você ainda faz aí deitado, lembre se que hoje será a sua coroação!

Jon: Que horas são? Tive um sonho estranho, gostaria de saber como foi?

Marina: Não é hora para isso, vá logo se vestir! Todos estão te esperando.

Marina mal acabará de sair e ele já estava a se arrumar rapidamente, ela era como uma irmã para Jon e também uma grande conselheira. Já estava quase pronto, vestiu se com uma roupa social e na sua cintura carregava duas espadas, aqueles poderiam parecer simples trajes para uma grande cerimônia, mas eram os seus preferidos.

Com muita pressa desses as escadarias do palácio com um pedaço de pão ainda na boca, não teve tempo de tomar o seu café devidamente e a cerimônia já estava prestes a começar, todos olhavam para ele, alguns pareciam horrorizados com aquela cena e outros apenas davam leves risadas. 

Simon: Por que demorou tanto? Saiba que muitos já diziam que você havia desistido e foi embora com medo.

Jon: Sinto muito! Esses que dizem coisas desse tipo não sabem do que falam, eu enfrentarei tudo a minha frente, não importa o que quer que seja.

Ambos caíram em risos suaves, não podiam causar um alvoroço ali. Jon ainda estava um pouco confuso com o sonho que teve, "aquilo poderia ser uma lembrança?" pensou. O Frade já estava com o rosto um pouco suado a sua espera, logo a cerimônia começou:

Frade: Você, Jon, a partir de agora firmará um contrato com todos aqui presentes, a partir de agora você não será mais o que apenas um jovem, mas aquele que irá reinar sobre toda essa nação.

Ajoelhado e com a cabeça levemente abaixada, ali se encontrava Jon, o Frade pegou uma coroa rodeada de ornamentos em uma acolchoado vermelho e a colocou sobre a cabeça do jovem ali presente. Ion se levantou e com um rosto sério e com um olhar mais calmo disse:

Jon: Eu! A partir desse momento me declaro como o legítimo rei e como tal juro em meu nome que irei dar tudo de mim por essa nação e por aqueles que aqui vivem até o meu último suspiro.
Mais tarde ele estava caminhando pelas muralhas como se aquele fosse apenas um dia comum e consigo mesmo pensou sobre o que poderia ser o sonho e se tinha alguma relação com sua coroação, mas de uma coisa tinha certeza, as suas palavras não seriam em vão.

Alguns dias depois

Bom dia Alfred! Por que está com essa cara logo pela manhã, vamos me mostre um sorriso! exclamou Jon. Talvez não seja um bom dia, meu lorde respondeu Alfred com um rosto preocupado no rosto.

O que aconteceu? dessa vez com um olhar frio ele lhe perguntou.

Alguém tentou roubar todo o nosso tesouro e feriu os soldados enquanto estávamos descansando, infelizmente eu o deixei escapar, não tenho como me desculpar po... 

Jon não esperou o final da frase, ele conhecia cada lugar naquele palácio e saiu correndo as pressas para onde se encontrava uma energia violenta. Um homem de meia idade com um braço mecânico estava em sua frente e carregava consigo uma enorme espada.

Quem é você? Saiba que á enfrentei pessoas mais fortes do que você, mas não espere que terei piedade moleque! falou o homem com arrogância.

Mal acabou de falar, o homem percebeu que suas pernas estavam tremulas e seu coração estava quase a saltar do peito, mal observou a sombra de Jon e o mesmo já se encontrava em sua frente. Jon puxou uma leve espada de titânio e em simples instantes já havia cortado a cabeça do invasor em sua frente.

Não sou um homem piedoso, tão pouco paciente falou Jon com um olhar frio e calmo, já não se via a mesma pessoa de alguns minutos atrás levem o daqui, não quero que fique nem uma gota de sangue desse homem.

Todos que observaram a cena fingiram não a ver e logo se dispensaram...

A Batalha da Existência (Volume 01)Onde histórias criam vida. Descubra agora