Capítulo 3.

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De noite tudo estava em total escuridão,o que dava um pouco de iluminação era a lareira acesa e para passar o tempo Andrew me contava histórias de terror...é,a gente não tinha nada melhor para fazer.

— Então a criatura sem cabeça foi andando de fininho até que de repente atacou o porteiro do prédio com suas garras enormes...

— Isso não é uma história de terror,aconteceu de verdade. — Falei interrompendo.

— O que estamos vivendo é digno de filme,sabia?. — Disse ele.

— Já existem milhares de filmes com esse tipo de tema. — Digo revirando os olhos.

— Ah...é verdade...

Nós ficamos conversando até o sono bater,logo em seguida Andrew vai para o quarto de hóspedes e eu vou para o meu...

...

No meio da madrugada acordo com um barulho vindo do lado de fora da casa,a escuridão era iluminada apenas com o brilho da lua. A porta do meu quarto se abre devagar,pego um taco de golfe que estava de baixo da cama e de repente...

— Andrew,você me deu um susto,que me matar?. — Falei nervoso.

— Desculpe Israel,você está ouvindo esse barulho?. — Perguntou ele.

— Sim... — Respondi.

Andrew olha pela janela e rapidamente se abaixa...

— O que foi?. — Perguntei.

— Há um infectado parado em frente a casa. — Respondeu ele.

— E agora?...

Ficamos sem saber o que fazer,a única coisa era esperar que ele saísse dai e fosse para outro lugar.

— Eu vou ficar de vigia caso ele queira entrar.

— Tem certeza?. — Perguntei.

— Claro que sim. Será que você pode me emprestar isso?. — Ele aponta para o objeto em minhas mãos.

Meio constrangido por quase te-lo golpeado lhe entrego o taco de golfe,logo em seguida ele sai do quarto.

...

De manhã eu levantei bem cedo como de costume,olho pela janela e o infectado não estava mais em frente a casa. Vou em direção a sala e encontro meu amigo dormindo esparramado no sofá,a vigia que ele fez durante a madrugada deve ter sido trabalhosa.

— Socorro Andrew,estão invadindo a casa. — Gritei.

Desesperadamente ele acorda quase caindo do sofá...

— Devia ter visto a sua cara. — Falei enquanto ria.

— Isso não tem graça nenhuma. — Disse ele furioso.

— Esqueceu?...hoje vamos ao aeroporto verificar se há alguma coisa ou alguém que possa nos ajudar.

— É,mas isso não significa que você pode me acordar dessa maneira.

— Nossa,eu só quis descontrair um pouco o clima. — Falei coçando a parte de trás da cabeça.

As vezes esqueço que ele não é mais o mesmo de antes,o palhaço da turma que fazia todo mundo rir.

Depois do mal entendido decidimos organizar nossas mochilas dividindo igualmente os mantimentos para cada um,vestimos nossos casacos e logo a gente estava em frente a minha casa planejando uma rota segura até o aeroporto.

— A caminhada vai ser um pouco longa,mas acredito que vamos chegar lá em menos de 3 dias. — Falou Andrew.

Eu ainda estava meio inseguro com essa ideia...

— E se algo der errado? e se não tiver ninguém lá?. — Digo confuso.

— Tranquilo Israel,eu tenho certeza de que há pessoas lá.

— A gente só não sabe que tipo de pessoas...

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(Continua No Próximo Capítulo)

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