Penúltimo Capítulo.

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— Senhores passageiros,tenho péssimas notícias para informar. Uma das asas do avião foi danificada e infelizmente não poderei fazer um pouso forçado. Há paraquedas para todos,eu tentarei deixar o avião planando antes de que atinja o chão. — Disse Carlos.

Todo mundo entra em pânico quando o avião começa ir lentamente em direção ao chão.

— Eu não acredito que isso esteja acontecendo. — Disse Carolina indignada.

Cada um pega um paraquedas e vai para uma saída de emergência. Ficamos sem saber o que fazer.

— Vamos pessoal,não é tão difícil,basta apenas pular e puxar essa cordinha quando estiver próximo ao chão. — Falou Rebeca.

— Para você é fácil,nós não somos treinados pelo exército. — Falou Rodrigo examinado a altitude através do pequeno vidro na porta de emergência.

— E o que vamos fazer quando chegar lá em baixo?. — Perguntou Andrew.

Infelizmente ninguém soube responder pois estavam desesperados e sobre pressão. Rebeca abre a porta e uma ventania intensa invade todo o ambiente.

— Indo naquela direção encontraremos a fronteira,com certeza quando chegarmos lá alguém poderá nós ajudar... — Sem dizer mais nada ela se joga como uma verdadeira profissional deixando todos nós surpresos.

Carolina retorna para o seu lugar e permanece olhando para o vazio...

— O que houve?. — Perguntei.

— Já não encontro sentido a tudo isso,ficaremos todos em paz. — Respondeu ela.

— A senhora tem razão,acredito que serei mais feliz indo para o mesmo lugar que a minha família. — Falou Rodrigo sentando ao lado dela.

Eu não podia acreditar que eles iam entregar suas vidas de bandejas,assim,tão facilmente.

— Mas...

Antes que eu pudesse terminar de falar Andrew segura em meu ombro...

— Eles vão...eu não posso deixar que isso aconteça.

— Israel...eu sinto muito mas,ninguém aqui aguenta levar tanta surra da vida.

Vendo que o avião ia se aproximando do chão e eu não reagia Andrew me abraça...

— Me desculpe por isso...os mais fortes precisam sobreviver. — De repente ele me empurra para fora do avião e eu logo caio diante da grande imensidão...

...

Abro os olhos e quando percebi que estava caindo,involuntariamente puxo a pequena cordinha e logo o paraquedas se abre suavizando minha decida. Ao longe eu podia ver a fronteira que Rebeca mencionou,me pergunto onde ela está agora...

Ainda do alto vejo o avião colidindo com o chão acompanhado de uma grande explosão,infelizmente não vi mais ninguém sair de lá...

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(Continua No Próximo Capítulo)

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