Capítulo 15.

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Enquanto dormia tive um sonho muito estranho,claro,a maioria dos sonhos que nós temos são assim...mas...

Era como se eu caminhasse por um lugar com o céu totalmente cinza,o ambiente que mais parecia uma rua qualquer emanava tristeza por todos os lugares onde olhava. Ao longe uma pessoa totalmente escura como uma sombra me observava,não dava para ver suas características,a única coisa que destacava eram os enormes olhos brancos.

Sussuros indecifráveis,risadas,choro,gritos e gemidos de lamentações ecoavam nos meus ouvidos enquanto aquela criatura negra com olhos brancos continuava a me encarar.

De repente eu acordo no meio da madrugada com a respiração bastante acelerada,ao redor vejo que todos ainda dormiam em suas camas...menos Andrew. Saio do hangar para procura-lo e o encontro parado olhando fixamente para a grade de ferro que protegia o refúgio.

— O que você está fazendo aqui?. — Perguntei me aproximando.

Ele faz um gesto de silêncio e aponta para frente. Do outro lado uma criatura sem rosto batia com a cabeça diversas vezes na grade,aquela coisa queria entrar de qualquer jeito,mas por não ter olhos a sua ação chega a ser deprimente.

— Eu tinha ido ao banheiro e quando voltei ele estava ai. Estou um pouco preocupado Israel.

— Essa é só mais uma dessas criaturas bizarras. Vê,ela não tem olhos,boca,orelhas ou qualquer outra coisa para atacar alguém. — Respondi.

— Mas ela pode estar chamando a atenções de infectados e de outras criaturas. — Disse ele.

— Acho melhor a gente sair daqui.

Andrew concordou e junto nós voltamos para o hangar...

...

Na manhã seguinte,como de costume,todos acordaram bem cedo. Carolina nos serve um delicioso café da manhã...

— Hoje é o dia em que vamos sair dessa maldita cidade,como vai ser uma viagem um pouco longa precisamos levar o máximo de alimento possível. — Disse Carlos.

— Sem problemas,podemos fazer isso numa boa. — Falou Rodrigo.

Depois do café todos ajudaram a levar as caixas de comida para o avião,quando finalizamos tivemos que organizar nossas coisas e levar o necessário.

— É melhor eu parar por um momento. — Falou Rebeca.

— O que houve?. — Perguntei.

— Me sinto um pouco tonta. — Respondeu ela — Irei descansar um pouco.

— Bom,qualquer coisa é só avisar.

Ela faz um sinal positivo com a cabeça e volta para o hangar. Enquanto vejo Rebeca caminhar tudo em minha volta começa a escurecer,olho para os lados bastante atordoado até a estranha escuridão me levar ao mesmo lugar do sonho.

Ao longe a criatura negra novamente me observava sem expressar nenhuma reação. Em minha cabeça se passa alguns flashbacks da cidade antes do caos começar.

— O que está acontecendo? quem é você?. — Perguntei.

Antes que algo pudesse acontecer tudo volta ao normal. Ouço Andrew estralar os dedos na minha frente para chamar minha atenção.

— Terra chamando Israel...está ai?. — Disse ele.

— Sim,estou... — Respondi.

— Há alguma coisa errada com Rebeca,ela não para de falar coisas sem sentido.

Sem entender muito bem do que se tratava Andrew me leva até onde ela estava,assim que chego no hangar vejo Rebeca deitada em sua cama com o corpo trêmulo,seu modo de agir começa preocupar todo mundo...

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(Continua No Próximo Capítulo)

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