Demônio?

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Acordei com a vista ainda escurecida, meu corpo inteiro doía como se eu tivesse feito um dia todo de exercícios, gemi de dor e tentei sentar na cama.

Onde estou? O que aconteceu?

Tudo voltou como um flash em minha mente, corri para um espelho que havia na parede daquele quarto e fitei meu reflexo. Estava horrível sem contar aquele símbolo estranho que estava em meu olho esquerdo, meu corpo estava com várias faixas cobrindo os arranhões e ferimentos do acidente.

Continuei a ver meu reflexo no espelho em especial aquele símbolo, o que significava? Porque estava em meu olho? Aquele homem onde ele está?

Voltei para a cama e lembrei do rosto de Alois.

- Alois... Você se foi... Mesmo...? - falei.

- Olá. - era aquela voz. - Como se sente?

Levantei o rosto e olhei melhor para aquela figura, como um demônio pode ser tão lindo?

- Pedi meu amigo, estou todo machucado, não sei o que você fez comigo, como acha que estou? - falei.

- Relaxe pequeno mestre seus ferimentos vão se curar, seu amigo esta no céu e eu fiz de você meu mestre. - falou despreocupado.

- O que? Mestre? Eu não sou seu mestre, tire esse símbolo do meu olho não posso andar com isso na rua. - falei.

- Não posso tirar o nosso contrato, você aceitou de bom grado me dar sua alma pela salvação de seu amigo, agora você é meu. - falou arisco.

- Tcs, eu lembro do acordo, mas e agora? O que devo fazer? - falei.

- Você ficara aqui comigo, será tanto meu servo como meu mestre. - falou com um sorriso de dar arrepios.

- O que? Não posso voltar para casa? Eu tenho família. - levantei encarando-o.

- Isso não me interessa, agora sua alma é minha sendo assim você é minha propriedade. - sibilou.

- Eu não sou um objeto! Você não pode me tratar assim! - odeio quem me trata como qualquer coisa.

Em um movimento rápido aquele homem me derrubou na cama ficando por cima, prendeu meus pulsos com as mãos e chegou bem perto do meu ouvido.

- Quieto pequeno mestre, para o resto do mundo você morreu carbonizado em um acidente. - arregalei os olhos com aquelas palavras. - E agora você é posse do pior demônio possível. - sorriu de forma gentil. - Você morrera as poucos estando ao meu lado e você não vera seu amigo no céu.

- Você... É um... Monstro. - tentei falar.

- Não, eu sou o dono da sua alma. - lambeu o lóbulo da minha orelha.

Que diabos esse demônio esta fazendo? Tentei me mexer inutilmente, ele tinha uma força incomparável, me rendi a força dele e tentei aceitar a situação.

- Ta. O que deve fazer para cancelar essa contrato com você? - senti o maior estremece.

- Você não pode cancelar o contrato. - falou firma.

- Todo contrato tem um brecha, eu não sou burro seu demônio nojento. - sibilei.

Ele riu, saiu de cima de mim e foi para o meio do quarto.

- Há um jeito, mas terá que descobrir por si só, me chamo Sebastian Michaellis. - curvou-se.

- Ciel Phantomhive. Escreva minhas palavras eu vou quebrar esse contrato e a sua cara. - fechei o punho.

- Adoraria ver você tentar.

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