Acordei sentindo meu corpo pesar e doer, olhei ao redor notando que estava no quarto, sentei com dificuldade sentindo minha cabeça latejar.
- O que aconteceu...? - falei forçando minha mente a lembrar.
Não sabia quanto tempo tinha passado desacordado, comecei a lembrar e meu coração se aqueceu, agora eu tinha certeza do que sentia, sim ele é um demônio, mas eu o amo.
Levantei sentindo tudo girar, comecei a andar apoiando-me nas paredes procurando pelo mais velho, senti meu corpo pesar mas antes que eu pudesse cair seus braços me envolverem colocando-me no colo.
- Sebastian?! - exclamei surpreso.
Ele me olhou e me abraçou escondendo o rosto em mim.
- Porque não me chamou pequeno mestre? Está fraco precisa descansar. - falou olhando-me preocupado.
- E-Eu queria fazer uma surpresa... - falei envergonhado.
Ele riu e começou a voltar pelo corredor, beijou minha testa e sentou-me na cama ficando de joelhos na minha frente.
- Lembra de alguma coisa pequeno mestre? - perguntou.
- Sim, lembro do demônio que encontramos e de você me trazer para casa, lembro do veneno e do que me disse... - dei uma pausa. - É verdade? Você sente amor? - perguntei tentando manter a voz firme.
- Perdoe-me mestre, mas sim, eu posso sentir amor, e agora eu amo você, esta além do nosso contrato.
Senti meu rosto esquenta e virei o rosto.
- Eu... eu também amor você... mas achei que só quisesse minha alma, por isso reprimir esse sentimento... - o olhei.
Seus lábios finos foram de encontro aos meus em um beijo quente, o deixei guiar o ato enquanto acariciava seus cabelos negros, nos separamos pela falta de ar e um sorriso nada comum veio do mais velho.
- Pequeno mestre precisa se recuperar agora, perdeu muito sangue e talvez ainda aja resquícios do veneno. - falou levantando-se.
Acenei positivo e voltei a deitar, me anhinhei nas cobertas levando um leve selar do mais velho que logo saiu, sorri feito um bobo ao perceber que o amava, era um sentimento diferente, quente, envolvente e que me fazia sentir bem, não importava o fato de ele ser um demônio ou de que um dia ele vai devorar minha alma, eu só quero está ao seu lado.
Acordei sentindo meu estômago arder, nem lembrava a última vez que havia comido, levantei ainda sentindo as coisas girarem e sai em direção a cozinha, incrivelmente Sebastian não estava em casa, fiquei intrigado mas comecei a mexer na geladeira atrás de algo para comer, sentei na bancada da cozinha e comecei a comer torradas com geleia e um copo de leite, estava quase terminando meu lanche quando escuto a porta dos fundos ser aberta, sorri e corri desajeitado até a mesma, meu sorriso se desfez quando vi Sebastian coberto de sangue, "dele ou de algum inimigo?"
- Sebastian! O que aconteceu?! Onde você estava?! - corri ao seu encontro encostando as mãos em seu peito.
- Perdoe-me por preocupa-lo pequeno mestre, eu estava verificando os arredores da casa, infelizmente temos problemas. - falou me olhando sério.
Meu coração apertou, voltamos para a cozinha e o mais velho sentou em uma cadeira e eu em outra, perto dele, o olhei curioso esperando a explicação, que não demorou a vir.
- Lembra-te daquele demônio que veio ameaça-lo uma vez? - acenei positivo. - Bem, ele anda mandando outros demônios para atacar essa casa e leva-lo até ele, quer vinga-se de mim fazendo você sofrer, ele não sabe o quanto eu o amo, pensa apenas que você é so mais um contratante qualquer, se Griffin ferir você... Ciel... - ele parou.
Estava processando a notícia e aquele pausa nada comum de Sebastian, aquilo era ruim, muito, muito ruim, fiquei calado um tempo pensando, não queria deixar essa casa, era uma lembrança de Alois e não tinha mais para onde ir, para minha família eu estou morto, então não posso aparecer de repente com Sebastian dizendo: "Ah, eu não morri e esse é o demônio dono da minha alma." Lógico que não rola, eu ja havia sacado todo o dinheiro da minha poupança, ainda tinha no meu quarto, mas não daria para sobreviver por muito tempo... minhas opções estão acabando, perdido em meus pensamentos não percebi o olhar atencioso de Sebastian sobre mim, como se tentasse ler todos os meus pensamentos.
- Pequeno mestre? - chamou encostando em meu ombro.
- An? Ah! Sebastian! Desculpe eu estava pensando demais, escute aquele demônio vai continuar mandando os outros demônios até conseguir o que ele quer, não temos muitas opções, primeiro se ficarmos aqui vai ser uma incansável luta todo dia, e eu não quero você ferido por minha causa, segundo se deixarmos a casa não sei para onde podemos ir, eu não tenho muito dinheiro comigo então não sei bem o que podemos fazer... - falei botando a mão no queixo ainda pensando em uma solução.
O mais velho parecia adimirado comigo, ele sorriu e acariciou meus cabelos.
- Não tema pequeno mestre, vivi muito entre os humanos e pode-se dizer que eu tenho muito do que vocês tem, não há contratantes todos os dias então demônios que vivem no mundo humano tem que se virar para sobreviver, conta em um banco? Casa? Carro? Bem eu tenho isso. - sorriu vitorioso.
Fiquei boquiaberto com aquela fala, eu não fazia ideia de que Sebastian levava um vida humana.
- Ashi passei um bom tempo aqui tentanto achar solução para nós e você ai já tinha tudo em mente. - falei levemente irritado mostrando a língua para o mais velho.
Uma risada seguida de um beijo roubado me fez corar.
- Pare está me sujando de sangue. - falei tentando empurra-lo.
Ele selou os lábios em minha bochecha me apertando em um abraço, ri devolvendo o abraço já não me importando mais de está sujo ou não.
- Então temos um plano? - perguntei segurando seu rosto.
- Temos um plano... Ciel. - falou sorrindo.
⭐Como eles estavam, porémera Ciel que segurava o rosto de Sebastian.
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Hello minna-san!!! Obrigada por ler este capítulo! E vamo que vamo! To com altos planos para esses dois e não sei ainda se terá um final feliz ou triste, to pensando kkkkkk Não esqueça de deixar sua ⭐ e seu comentário! Até o próximo capítulo! Bjus! 🧡
