Capítulo 10

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T&C

Capítulo 10

Pov's Toni


- Você está bem? - Cheryl volta a apertar meus dedos, mas eu os puxo.

Lanço um olhar em sua direção, e nem eu mesma sei identificar que tipo de olhar eu lhe dei.

- Toni maravilha, o que aconteceu aqui? - Kevin volta com os olhos abertos em surpresa. Eu o ignoro, e saio o mais rápido possível de perto dos dois.

Quando já estava no meio do estacionamento, eu pude ouvir o barulho de saltos ecoando.

- Toni? Espera, por favor. - Eu jamais teria parado se não fosse por sua voz quebrada.

- O que você quer, Cheryl? - Me viro em sua direção, cruzo os braços, e espero ela estar perto o suficiente.

- Quero conversar.

- Agora você quer conversar? Há dias que eu tento conversar, mas você sempre foge, tem sempre essa maldita fuga. - Paro por um minuto para recuperar o fôlego. - Eu disse que não desistiria de você, mas eu ainda sou humana, eu quebro todas as malditas vezes que você foge e me rejeita. - Mas que droga, eu sentia os olhos enchendo d'água, e eu nunca havia chorado, não seria agora que eu o faria.

Ela se aproxima, e sem que eu espere, segura meu rosto entre suas mãos.

- Me perdoa, eu não quis fugir, não dessa vez. - a ruiva morde os lábios trêmulos.

Seus olhos eram sinceros, e eu queria acreditar. Solto um longo suspiro.

- Você me tem tão fácil. - Confesso me rendendo.

- Você também me tem. - Ela exibe um pequeno sorriso.

Tiro suas mãos do meu rosto, e então balanço a cabeça ainda em duvida.

- Eu vou te contar tudo, só por favor, converse comigo? - Ela pede ainda próxima o bastante.

Aceno minimamente em sinal de positivo.

- Podemos ir para outro lugar?

- Claro.

Andei até minha moto e esperei ela me seguir. Ela o fez com uma careta adorável, tentei segurar o riso, eu ainda tinha que manter minha expressão séria.

Eu acabei nos levando para minha casa, não era exatamente uma casa, estava mais para um trailer antigo, e ficava ao lado do meu avô, a única família que eu ainda possuía.

- Não consegui pensar em outro lugar, desculpe por não ser do seu nível. - Digo após abrir a porta estreita.

- Não tem problema... - Abro espaço para que ela entre primeiro. - Eu gostei. - Dá de ombros enquanto olha em volta.

Me aproximo para olhar em seus olhos, e vejo que ela está sendo sincera.

- Fica a vontade. - Indico o pequeno sofá no canto. Enfio as mãos nos bolsos traseiros da calça, eu não fazia a menor ideia do que fazer ou falar.

Toni Topaz & Cheryl BlossomOnde histórias criam vida. Descubra agora