Descobertos

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Acordo animado no outro dia, mais cedo até que o normal, quase uma hora. Júlia estava em cima de meu peito, dormindo. Com cuidado, tirei ela de cima de mim para poder fazer café para nós. Ponho um shorts e camiseta, e saio comprar algumas coisas em uma padaria que fica próxima à casa dela. Compro pão, leite e uma barra de chocolate, percebi que ela ama chocolate. Pago a moça que operava o caixa, ponho as sacolas em meu pulso, e volto para a casa de Júlia. 

Entro silenciosamente, ponho água para ferver na cafeteira junto com o pó de café, preparo o pão com margarina, suco de laranja e ponho umas flores bonitas do ipê amarelo, que fica do lado de fora da casa, eu um copo, para fazê-lo de vaso. Pego uma bandeja, ponho uma toalha de tricô que achei no armário da pia. Ponho o copo de suco, o prato com o pão com margarina, presunto, o queijo e aperto um botão na academia para passar o café. 

Quando o café fica pronto, ponho em uma xícara e ponho o açucareiro do lado da xícara, afinal, não sei como ela gosta do café. Esquento leite e ponho em uma garrafa menor, que tinha do lado. Levo a bandeja para cima, e quando eu entro no quarto ela acorda, mas meio desorientada, com preguiça. Ela coça os olhos, não percebe que eu trouxe algo pra ela, logo de início.

-Bom dia, Jú!

Quando ela vê a bandeja na minha mão, ela sorri e diz:

-Owwn que amor! Eu ia fazer café pra gente, mas pelo jeito você cuidou de tudo, até pegou umas flores do ipê, eu amo ipê. 

Ela me beija, retribuo seu beijo e pergunto como ela gosta seu café. Ponho um pouco de leite em sua xícara, que já tem café e ponho e ponho duas colheres de açúcar, já que a colher é relativamente grande. Ela toma e aprova o café. Sorrio observando ela comer, por alguns segundos.

-Anjo, come algo também! Vai precisar de energia pra aula. As primeiras semanas na faculdade, apesar de serem marcantes de forma positiva, não são fáceis, elas mudam completamente nossa rotina. Concordo com ela, desço para pegar uma xícara para mim e pego mais um pão. Quando volto, ela está fazendo mais uma xícara de café. Ela sorri quando volto, põe as duas colheres de café e, quando eu vou pegar a garrafa térmica de café, ela diz:

-Agora minha vez de fazer seu café. - Diz com autoridade, mas, ao mesmo tempo, em um tom brincalhão. Obedeço, e digo a ela que pode fazer o meu como eu fiz pra ela, que, coincidentemente, é a maneira que estou acostumado a tomar café. 

Enquanto ela faz  o café, abro o pão e passo margarina. Fecho e dou uma mordida. Ela me entrega a xícara e diz:

-Se quisermos que tudo entre nós dê certo, não podemos ser vistos juntos, no início. Precisaremos tomar muito cuidado. Peço a você que cuide do olhar. Sei que é difícil, porque eu quase te devoro com o olhar, mas precisamos nos controlar. Mais pra frente, podemos nos assumir. Eu sou nova na faculdade, comecei a trabalhar lá ano passado, me formei lá. Posso perder meu emprego se o reitor Marcos descobre que estou me relacionando com um acadêmico. Aos poucos, construímos a base, para que, se estivermos firmes nessa, possamos assumir. Não valeria a pena também nos assumirmos sem ter a certeza de que daremos certo, apesar de que nós dois queremos. - Ela diz essas palavras em meio a alguns goles longos de seu café. Presto atenção em todas as suas palavras.

-Concordo com você, preciso controlar meu olhar, me desculpa por isso. - Quando ia continuar a falar, ela me interrompe diz:

-Não precisa se desculpar, na verdade, amo a forma como você me olha. Seu olhar de desejo, me excita. E, além disso, é muito perceptível no seu olhar, que você não pensa apenas em sexo ao me ver. Isso me excita muito mais!

-Obrigado por notar isso. Realmente, não quero apenas sexo. Estou de acordo com você, sobre tomarmos cuidado. Vou evitar ao máximo não querer te beijar, quando estivermos na rua. Ou também, passar a mão em seu corpo. Evitar ao máximo, contato físico. 

Uma Professora Apaixonante (+18) (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora